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CSN (CSNA3): Lucro de R$ 5,7 bilhões no primeiro trimestre, superando as expectativas

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A Companhia Siderúrgica Nacional registrou lucro líquido de R$5,7 bilhões no primeiro trimestre, impulsionado pela abertura de capital de sua área de mineração, recuperação de volumes de vendas, melhores preços em siderurgia e alta dos preços do minério.

A CSN (BOV:CSNA3) também informou que obteve um ganho extraordinário de R$2,472 bilhões com a venda de ações na oferta pública inicial da CSN Mineração, o que ajudou a impulsionar o lucro.

O EBITDA ajustado da companhia somou R$5,81 bilhões, 336% superior ao do mesmo trimestre de 2020.

As vendas de aço atingiram 1,317 milhão de toneladas, crescimento de 16% na base anual, enquanto as de minério de ferro somaram 8,225 milhões de toneladas, aumento de 47%.

A produção de aço, por sua vez, totalizou 1,007 mil toneladas, 11% superior/inferior na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior. Já a produção de minério de ferro foi de 8,4 milhões no período, alta de 7,3%.

A dívida ajustada da companhia fechou março em R$20,5 bilhões, quase R$5,0 bilhões, ou 20% a menos no trimestre. Na base anual, a dívida diminuiu R$12,3 bilhões, ou 37%. Com isso, a alavancagem da companhia, medida pela proporção entre dívida líquida e EBITDA, caiu para 1,29 vez no primeiro trimestre ante a proporção de 2,23 vezes registrada no quarto trimestre de 2020;

A CSN mineradora reportou lucro líquido de R$2,36 bilhões no período, em linha com os consensos, e atingiu recorde no EBITDA ajustado trimestral, de R$3,66 bilhões.

Teleconferência

A CSN vai concentrar esforços na oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) da CSN Cimentos, depois da bem-sucedida abertura de capital do negócio de mineração de ferro, em janeiro, outro negócio para o qual a companhia enxerga amplas oportunidades de crescimento.

“A nossa ideia é aproveitar o momento para fazer a oferta [de ações] e uma eventual M&A que apareça, no sentido de nos tornarmos um dos mais importantes ‘players’ nesse mercado no Brasil”, disse ontem o presidente da CSN, Benjamin Steinbruch, em teleconferência.

O colegiado autorizou a diretoria a prosseguir com o projeto, contratando assessores jurídicos e financeiros para elaborando estudos. A divisão de cimentos ganhou vida própria no início de fevereiro. O IPO da CSN Cimentos ganhou anteontem o aval do conselho de administração da controladora.

Segundo Edvaldo Rabelo, diretor de negócios de cimento, a empresa tem cinco projetos em desenvolvimento, sendo um deles “brownfield”, que prevê aumento de 30% do volume de produção de Arcos. Outros quatro são “greenfields” (novos) e envolvem sites no Paraná, Sergipe, Ceará e Pará.

Questionados na teleconferência sobre interesse na aquisição dos negócios da LafargeHolcim colocados à venda no Brasil, os executivos não comentaram diretamente a oportunidade.

“Estamos atentos a todas às oportunidades”, disse Rabelo, avaliando que a consolidação do mercado nacional de cimentos é um movimento “natural”.

Benjamin Steinbruch já contratou a butique Lazard como assessora financeira para abrir negociação pelos ativos do grupo franco-suíço no Brasil, segundo disseram duas fontes ao site Valor.

Terceira maior cimenteira no país, a LafargeHolcim colocaria em uma só tacada a CSN Cimentos bem perto do topo do ranking – hoje ocupado por Votorantim Cimentos e seguida pela InterCement – e ajudaria escalar o IPO da subsidiária, que ainda não empolga muito o mercado.

Além dos planos para a divisão de cimentos – que gera uma receita anualizada na faixa de R$ 1,1 bilhão e Ebitda em torno de R$ 410 milhões -, a companhia também está colocando esforços em atingir sua meta de desalavancagem, algo que deve acontecer “em breve”, segundo Marcelo Ribeiro, diretor executivo de relações com investidores.

A alavancagem financeira da CSN atingiu 1,29 vez a dívida líquida sobre Ebitda no primeiro trimestre e já está próxima do “guidance” de 1 vez para 2021.

Segundo Steinbruch, daqui para a frente a CSN deverá trabalhar desalavancada, com índice “eventualmente até abaixo de 0,5 vez”. “O segredo é trabalhar completamente desalavancados para poder eventualmente aproveitar as oportunidades orgânicas de crescimento e através de M&As”.

O empresário ressaltou ainda que a CSN não mudará suas prioridades de investimentos. Ele enfatizou que a companhia se concentrará nos setores em que já atua, “fazendo mais e melhor”. Além de aço, minério de ferro e cimento, a empresa atua em logística (ferrovia e porto) e na geração de energia.

A CSN informou que estima crescimento de 10% para o mercado brasileiro em 2021, projeção mais otimista dos que os 5,8% esperados pelo Instituto Aço Brasil (IABR), em relação às perspectivas para o mercado de aço, nesse cenário traçado, as vendas da CSN poderão atingir um “dígito duplo alto” no ano, segundo o diretor executivo comercial, Luis Fernando Martinez.

Os executivos da CSN avaliaram ainda que a cadeia siderúrgica está abastecida e que o comportamento dos preços reflete basicamente a alta dos custos. A CSN vai implementar mais um reajuste de preços do aço, de 16% a 18%, a partir de 1º de maio. “Acredito que a cadeia de valor vai acabar absorvendo esse preço, porque é questão de custo”, disse Martinez.

VISÃO DO MERCADO

Bank of America 

O Bank of America (BofA) elevou o preço-alvo das ações da CSN de R$ 53 para R$ 57, e dos ADRs de US$ 9,50 para US$ 10,70, mantendo a recomendação de compra, ao incorporar no modelo as novas projeções de resultados.

“Nosso Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) projetado para 2021 sobe de R$ 19,1 bilhões para R$ 20,9 bilhões, principalmente devido aos preços mais altos praticados pelo mercado”, diz o relatório.A recomendação de compra reflete a desalavancagem da empresa após a separação da unidade de mineração, do crescimento do minério de ferro e condições favoráveis de mercado para o minério de ferro e o aço.

“Embora os preços atuais pareçam insustentáveis, a CSN parece excepcionalmente bem posicionada para compensar as quedas nos preços das commodities com maiores volumes para atender à demanda regional de aço e um aumento planejado na capacidade de minério de ferro”, diz o relatório.

 XP Investimentos 

A CSN Mineração reportou fortes números no 1T21, com EBITDA de R$3,7 bilhões, -9% abaixo do nosso e -3% abaixo do consenso da Bloomberg (+15% na comparação trimestral e +302% no comparativo anual). Os volumes de minério de ferro acima do esperado no período (8,2 milhões toneladas, -5% T/T e +47% A/A) compensaram parcialmente as despesas operacionais por tonelada mais altas (US$41/t, +43% T/T). Esperamos uma reação neutra. Reiteramos nossa recomendação de Compra (preço-alvo de R$14/ação) com valuation atrativo, considerando seu crescimento para 60 milhões de toneladas em 2024E, em nossa visão, e um dividend yield de 11% para 2021E.

O fluxo de caixa livre de R$2,5 bilhões foi impulsionado pelo maior EBITDA e variação favorável do capital de giro (+R$166 milhões). Como resultado, a Dívida Líquida/EBITDA diminuiu para -0,34x (de -0,2x no 4T). Vemos a empresa com um forte balanço e bem posicionada para os projetos de expansão: produção de ~60 milhões de toneladas em 2024E, em nossa visão. A CMIN tem um caixa líquido de R$3,7 bilhões (R$1,3 bilhão do IPO) e uma estimativa de investimentos de R$14,0 bilhões entre 2021-2025 (R$1 bilhão em 2021E, sendo R$170 milhões já investidos no 1T21).Operacionalmente, os volumes de minério de ferro acima do esperado no período (8,2mt, -5% T/T e + 47% A/A), apesar de sazonalmente mais fracos por conta das chuvas, compensaram parcialmente as despesas operacionais por tonelada mais altas (US$41/t, +43% T/T) com mais compras de minério de terceiros, frete (média spot a US$18/t, +15,4% T/T) e maiores despesas portuárias. É importante destacar que a produção, incluindo compras de terceiros, ficou acima das vendas devido às fortes chuvas. A CMIN produziu 8,3 milhões de toneladas no 1T21, o que implica uma média de 10 milhões de toneladas por trimestre nos próximos trimestres de 2021, a fim de cumprir seu guidance de 38-40 milhões de toneladas. Além disso, a média dos preços realizados teve alta de +28% T/T como consequência dos preços spot mais fortes (US$167/t, +25% T/T).

Na frente ESG (Environmental, Social and Governance, na sigla em inglês), destacamos os esforços da CSN para melhorar a segurança das barragens. No 1T, a empresa concluiu a automatização do sistema de acionamento da sirene de emergência das barragens, que representa um alerta eficiente para a Zona de Autossalvamento ao complementar os sistemas de acionamento manual e remoto existentes. Além disso, a CSN está em vias de descaracterizar suas barragens, uma vez que a descaracterização da barragem B5 e da Barragem Auxiliar Vigia foi concluída em março de 2021, enquanto a descaracterização da barragem do Vigia está programada para ser concluída até 2021FY. Com isso, haverá apenas 2 barragens que continuarão em processo de descaracterização nos próximos anos.

Esperamos uma reação neutra aos resultados do primeiro trimestre. Vemos as ações da CMIN sendo negociadas a 4,2x EV/EBITDA 2021E contra suas pares australianas a 5,0-5,5x. Consideramos seu crescimento para 60 milhões de toneladas em 2024E, em nossa visão, e um retorno com dividendos (dividend yield) de 11% para 2021E (payout de 80% do lucro líquido).

XP mantém recomendação de compra com preço-alvo de R$ 14,00…

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