A Petrobras assinou junto com suas controladas indiretas Breitener Tambaqui e Breitener Jaraqui acordo judicial para recebimento de valores por estas litigados em face da Amazonas Energia e Eletrobras (BOV:ELET3) (BOV:ELET6).
O comunicado foi feito pela petroleira (BOV:PETR3) (BOV:PETR4) nesta quarta-feira (07). Confira o documento na íntegra.
Também faz parte do acordo o pagamento pela Amazonas Energia à Petrobras de valores vencidos remanescentes de faturamentos oriundos de contratos térmicos.
O acordo envolve a recuperação de crédito pela Breitener Tambaqui e Breitener Jaraqui, em face da Amazonas Energia , no valor aproximado de R$ 436 milhões, atualizado até 18 de janeiro de 2021, referente a 7 ações judiciais, as quais ficarão suspensas até a liquidação integral dos créditos negociados.
O valor transacionado será liquidado pela devedora em 60 parcelas, calculadas pelo sistema de amortização constante – SAC, atualizadas com base em 124,75% do CDI, de 18/01/2021 até sua integral liquidação.
O acordo incluiu também a recuperação de crédito da Petrobras, no montante de cerca de R$ 3,2 milhões relativo a um faturamento emitido em setembro de 2019, que será liquidado, pela Amazonas Energia à vista, em até 15 dias, contados da assinatura do acordo.
A assinatura do acordo gerará um efeito positivo no resultado consolidado da Petrobras no 2º trimestre de 2021 de R$ 328 milhões, líquido dos efeitos fiscais.
As informações referentes aos valores a receber de partes relacionadas, que inclui recebíveis do grupo Eletrobras, estão apresentadas nas notas explicativas 14.1 das demonstrações financeiras da Petrobras de 2020.
A Petrobras entende que o presente acordo antecipará o recebimento do crédito, reduzirá os custos associados à continuidade dessas disputas e encerrará as controvérsias associadas.
A Petrobras detém 93,66% de participação na Breitener Energética, sendo esta última controladora integral da Breitener Tambaqui e Breitener Jaraqui.
Lucro líquido de R$ 7,1 bilhões em 2020, queda de 82,3%
A Petrobras registrou lucro de R$ 7,1 bilhões em 2020, queda de 82,3% em relação ao montante de 2019. A redução foi atribuída a alguns fatores como a queda de 35% do preço do petróleo, maiores perdas de valor de ativos, menores ganhos com desinvestimentos e desvalorização de 31% do dólar frente ao real.
O presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, afirmou em sua provável última Carta do Presidente na divulgação do resultado do exercício de 2020, que entregou a recuperação em “J” que havia prometido, e que a empresa teve um desempenho excepcional em 2020, apesar do ambiente desafiador da pandemia de covid-19.