dólar comercial encerrou o dia em baixa de -0,77% sendo cotado a R$ 5,585 para venda e a R$ 5,584 para compra, registrando o sétimo dia de desvalorização no mês.

O dólar fechou no menor patamar em uma semana, com o real entre os melhores desempenhos ao fim de um pregão de forma geral de alívio para os mercados brasileiros, conforme investidores acompanharam o ambiente externo benigno e o noticiário político local.

Operadores comentaram que a sexta-feira foi de mais desmonte de posições negativas nos ativos domésticos, diante de novas máximas históricas nos mercados externos por expectativas de rápida recuperação da economia global.

Endossando o otimismo, a economia da China cresceu a uma taxa recorde de 18,3% primeiro trimestre ante o mesmo período do ano anterior, sugerindo força na maior consumidora mundial de commodities –importante componente das exportações brasileiras.

Aqui, investidores também avaliaram as perspectivas para o impasse do Orçamento e a agenda de reformas. Comentou-se nas mesas sobre declarações do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) –feitas a profissionais do mercado financeiro em São Paulo–, a respeito de continuação da agenda de reformas e de união entre governo e Congresso.

De forma geral, porém, o persistente ruído político continua a limitar a confiança e manter os elevados prêmios de risco.

Gabriel Tenorio e Claudio Irigoyen, do Bank of America, estão neutros na moeda brasileira justamente pela deterioração dos fundamentos e pelo barulho do lado político, apesar de considerarem o real barato. Os profissionais elevaram para 5,40 reais a estimativa para o dólar ao fim do ano, ante 5,1 reais da projeção anterior.

“É difícil descartar o risco de novos desvios fiscais até que a pandemia esteja sob controle”, disseram em nota. “Na margem, taxas de juros mais altas ajudarão (o câmbio). Outros avanços na agenda de reformas podem também ajudar a moeda, mas medidas radicais parecem menos prováveis com a aproximação das eleições de 2022.”

Bruno Marques, sócio e gestor dos fundos multimercados macro da XP Asset, avaliou que o dólar, apesar dos patamares atuais, não parece tão distante dos níveis em que deveria estar e vê a moeda hoje como hedge de posições em bolsa, mesmo com a Selic em alta.

“Acho que (a alta de) juros afeta um pouco o real, os juros até pioraram mais que o câmbio no ano, mas não acho que vai ser uma Selic de 5% que vai resolver isso. Nosso problema não é só juros, até porque o mercado já precifica isso (alta da Selic). Já tem bastante coisa no preço”, disse.

Na mínima, o dólar chegou a R$ 5,567, e na máxima a R$ 5,678. No futuro, o contrato para maio estava sendo negociado em baixa de 0,6% a R$ 5,5837, por volta das 17h10.

Acompanhe as altas e baixas do dólar nos últimos dias:

Data Compra Venda Variação Variação
01/04/2021 5,609 5,7153 1,54% 0,0867
05/04/2021  5,6788 5,6798 -0,621% -0,0355
06/04/2021 5,5988 5,5998 -1,409% -0,08
07/04/2021  5,6429 5,6434  0,779%  0,0436
08/04/2021 5,5732 5,5742 -1,226% -0,0692
09/04/2021 5,6739 5,6749 1,807% 0,1007
12/04/2021 5,7214 5,7224 0,837% 0,0475
13/04/2021 5,7166 5,7176 -0,084% -0,0048
14/04/2021 5,6695  5,6705 -0,824% -0,824
15/04/2021 5,6276 5,6281 -0,748% -0,0424
16/04/2021  5,5838 5,5848 -0,769% -0,0433

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🇧🇷 – US$ 1 = R$ 5,58
🇪🇺 – US$ 1 = €$ 0,83
🇬🇧 – US$ 1 = £$ 0,72

Acompanhe como foi a evolução do dólar nos últimos três meses:

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(Com informações do Uol, BDM, Reuters)