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Retrospectiva Março: primeiro trimestre fecha com 20 empresas em destaque

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O mês de março de 2020 foi oficialmente o início do enfrentamento da pandemia no Brasil. Agora, passado um ano desde então, a crise de saúde ainda é uma constante no país, tanto que este foi considerado o mês mais letal, batendo recorde de 3.950 mortes por Covid em 24 horas. Há ainda muitos outros problemas que vieram como reflexo da pandemia, e tantos outros que surgiram no meio desse caminho tortuoso, porém, como sabemos, é na Bolsa de Valores que tudo culmina, afinal ela não mente, desconta as preocupações econômicas, políticas e sociais no preço dos papéis, no bolso dos investidores, das empresas e, claro, nos índices que as incorporam.

Só para se ter uma ideia disso, em março de 2020 nosso Índice Bovespa (Ibov ou Ibovespa) marcava queda de 30%, o pior desempenho mensal em 20 anos, maior até do que o visto durante a crise de 2007-2008, a qual assolou a economia global. Agora, um ano depois, no mês o Ibov fecha com uma alta de 6%.

Vale dizer que março também encerra o primeiro trimestre do ano e, nesse período, em 2020 o Ibovespa teve queda de 37%, enquanto em pleno 2021 o desempenho acumulado nos três primeiros meses ainda é negativo, em 2%. Segundo estudo feito pela Economatica, no 1T20 um grupo de 279 empresas de capital aberto somou perda de R$ 1,5 trilhão em valor de mercado. Passado um ano, ou seja, no 1T21, a queda é de R$ 91,7 bilhões.

=> Veja o estudo completo: empresas de capital aberto perdem R$ 91,7 bilhões em valor de mercado no 1T21.

 O que mudou

Diferentemente do primeiro trimestre do ano passado, em que as maiores perguntas eram “o que é o Covid?” e “como enfrentar a pandemia?”, dessa vez muito já se sabe sobre a doença e inclusive há pelo menos oito vacinas já aprovadas para uso no mundo, algumas ainda seguem em processo de aprovação e existem mais de 250 em desenvolvimento. Agora, as novas perguntas são “quando toda a população será vacinada?” e “como lidar com o novo normal?”.

Estimativas existem. No caso da vacinação, os países mais ricos lideram em quantidade e velocidade, como podemos ver a seguir:

Capturar

Estados Unidos têm um terço dos norte-americanos já vacinados e o Reino Unido possui 45% de sua população total imunizada nesse primeiro trimestre do ano. Considerando a América Latina, Chile lidera, com 30% dos chilenos vacinados. O Brasil, no mesmo período, vacinou mais de 16,9 milhão de pessoas, o que representa 8% da população – lembrando que já passamos por quatro Ministros da Saúde desde que a pandemia começou.

Já em se tratando do “novo normal”, primeiramente nos desculpe o clichê, mas a expressão inclui uma infinidade de mudanças ocorridas durante esse tempo todo pandêmico e acaba sendo inevitável não usá-la. As empresas tiveram um ano de adaptação e muitas se transformaram completamente. O resultado, é claro, veio estampado nos balanços divulgados no decorrer desses primeiros meses, ajudando as empresas a colherem bons frutos no mercado de ações, mesmo em meio às conturbações.

Portanto, vamos agora ver quais foram aquelas que conseguiram apresentar performances positivas em março e também aquelas que, ao contrário, amargaram as maiores quedas. Mais do que isso, vamos entender melhor sobre os drivers de desempenho das líderes desses rankings. Acompanhe.

Retrospectiva Small Caps março/2021

Os holofotes do mercado de ações geralmente ficam virados para as grandiosas Blue Chips, porém é nas Small Caps que também se encontram grandes oportunidades e ótimos retornos. Para conferir esse ranking, é preciso acessar o Índice Small Caps. Vamos ver como ele ficou neste mês de março.

=> Você pode acessar o desempenho do Índice Small Caps clicando aqui. 

=> Para ver a performance das empresas que compõem o Índice Small Caps, acesse aqui. 

Vale dizer que, muitas vezes, você vai ver nomes lá do Ibovespa também no Índice Small Caps. Isso ocorre porque não existe uma definição fixa de o que seja uma Small Cap, embora o mercado entenda como aquelas que estão em crescimento e que possuem menor liquidez. Apesar disso, a grandiosa PetroRio (PETR3), por exemplo, além da Gol (GOLL4), Smiles (SMLS3) e muitas outras também figuram nesse índice.

TOP 5 MAIORES ALTAS NO MÊS:

  1. Mahle Metal Leve (LEVE3): +29%
  2. Taesa (TAEE11): +29%
  3. IMC (MEAL3): + 24%
  4. Unipar (UNIP6): +23%
  5. CVC Brasil (CVCB3): +23%

As líderes de alta nas ações do ranking Small Caps são a Mahle Metal Leve e a Taesa. A primeira, no meio deste mês revelou um balanço robusto do quarto trimestre de 2020. A fabricante de autopeças teve lucro líquido de R$ 100,8 milhões no 4T20, resultado 52,3% maior que o alcançado em igual período de 2019. A receita líquida de vendas, por sua vez, teve alta de 30,4%, a R$ 776,7 milhões. O Ebtida – lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização – foi de R$ 131,4 milhões entre outubro e dezembro, o que representa alta de 71,5% sobre o mesmo período de 2019. A margem Ebitda trimestral avançou 4 pontos percentuais, para 16,9%.

=> Veja ainda o resultado do acumulado dos 12 meses de 2020. 

No caso da Taesa, beneficiaram a empresa duas informações importantes: seu primeiro balanço divulgado pela nova diretoria da companhia, que assumiu em novembro do ano passado, e também uma possível saída da Cemig do capital social da Taesa.

=> Confira a notícia completa: Taesa (TAEE11): crescimento de 104,6% no lucro em relação ao ano anterior, num total de R$ 2,26 bilhões.

=> Veja também: Cemig estuda vender sua participação na Taesa. 

Agora, vamos ver quais foram as ações Small Caps mais desvalorizadas nos últimos 31 dias:

TOP 5 MAIORES QUEDAS NO MÊS:

  1. Banco Pan (BPAN4): -25%
  2. JSL (JSLG3): -14%
  3. LOG Commercial (LOGG3): -8%
  4. ABC Brasil (ABCB4): -7%
  5. Qualicorp (QUAL3): -6%

O Banco Pan inverteu completamente sua posição de fevereiro para agora. No mês passado, a empresa estava como líder absoluta de alta, registrando um acumulado de 52% positivos nas ações. Agora, ela continua líder, porém de queda na performance dos papéis. O que justifica essa virada de curva brusca é o desinvestimento que a controladora Caixa tem feito no Banco. Em agosto do ano passado, a estatal vendeu as ações preferenciais que detinha do banco; neste mês de março, ela já abriu pedido para fazer oferta das ações ordinárias.

=> Saiba mais sobre o desinvestimento da Caixa no Banco Pan clicando aqui. 

=> Confira a retrospectiva de fevereiro. 

Após termos visto o top 5 das mais e menos valorizadas em termos de Small Caps, chegou o momento de conhecer os mesmos grupos de desempenho, porém agora das empresas que compõem o Ibovespa.

Retrospectiva Ibovespa março/2021

Agora, falando das empresas mais badaladas do mercado de ações, o ranking chama atenção porque traz como destaque positivo uma empresa que andava um tanto quanto esquecida, o Pão de Açúcar (PCAR3). Porém, mais do que isso, uma varejista, e dado o atual cenário desfavorável para companhias desse setor, isso também pode surpreender em um primeiro momento. Até porque, olhando para as maiores quedas do mês, temos justamente companhias do varejo figurando pesado com os piores desempenhos. Mas calma, a gente explica isso. Vamos ao ranking:

TOP 5 MAIORES ALTAS NO MÊS

  1. Pão de Açúcar (PCAR3): +46%
  2. Braskem (BRKM5): +30%
  3. Taesa (TAEE11): +28%
  4. CVC Brasil (CVCB3): +26%
  5. Multiplan (MULT3): +25%

No comecinho do mês de março as ações do Grupo Pão de Açúcar (GPA) não estavam tão doces assim, bem ao contrário, amargando queda de mais de 70%. Isso depois de esse pão perder uma fatia chamada Assaí Atacadista (ASAI3), companhia até então controlada pelo GPA, mas que, após uma cisão, tornou-se independente e até abriu capital na Bolsa.

De um momento para outro, no entanto, as ações PCAR3 começaram a subir dia após dia. A B3, é claro, teve de pedir explicações para a empresa. Em comunicado enviado à CVM, o GPA revelou que “não tem conhecimento de nenhum fato ou ato relevante que justifique as últimas oscilações registradas com as ações de emissão da companhia, o número de negócios e quantidade negociada, bem como de qualquer fato que não tenha sido devidamente divulgado ao mercado ou não seja de conhecimento público”.

Realmente, ela pode não ter revelado nada de novo, mas o mercado especulativo tinha muito a celebrar. A informação era de que o Casino, controlador do GPA, poderia realizar uma re-IPO da Cnova (atualmente listada na Euronext), que é o braço de e-commerce do grupo francês. Isso, é claro, acarretaria em uma maior liquidez para os papéis do grupo, já que o GPA tem 34% de participação na Cnova. O próprio GPA foi “negando as aparências, disfarçando as evidências” e desmentiu o boato, porém a trajetória de alta ainda se mantém e é o que coloca PCAR3 como destaque no mês de março.

TOP 5 MAIORES BAIXAS NO MÊS

  1. B2W Digital (BTOW3): -22%
  2. Magazine Luiza (MGLU3): -17%
  3. Hapvida (HAPV3): -8%
  4. Lojas Americanas (LAME3 e LAME4): -7%
  5. Klabin (KLBN11): -7%

Como comentamos antes, as varejistas ainda estão sendo penalizadas em meio ao recrudescimento da pandemia, embora, para quem olha o copo meio cheio, as ações delas pareçam estar bastante descontadas neste momento. No caso da B2W, podemos juntar com a sua controladora, a Lojas Americanas. As duas empresas anunciaram fazer em breve uma combinação de operações, dando origem ao “Universo Americanas”, porém nenhuma delas demonstrou bons resultados nos balanços e o retorno da mobilidade urbana, que pode auxiliar na retomada das receitas e margens, ainda parece um sonho distante ao se considerar a lentidão na vacinação brasileira e as pressões para os estabelecimentos seguirem fechados.

E aí, gostou dessa retrospectiva? Comenta aqui embaixo e não se esqueça de compartilhar o conteúdo! Aproveite também para conhecer o Monitor ADVFN e poder acompanhar todas as empresas e os rankings delas em tempo real!

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