A Via Varejo anunciou que mudou sua marca e agora passará a se chamar somente Via, com o intuito de ir além do varejo, o que se traduziu em mudanças no logo, cores e num novo posicionamento “que reforça a estratégia da empresa se ser conhecida como a melhor Via de compras”.

O comunicado foi feito pela empresa (BOV:VVAR3) manhã desta segunda-feira (26). Confira o documento na íntegra.

“Já estamos olhando para o futuro. A Via de hoje não é a mesma de ontem e também não será a Via de amanhã. Vamos buscar inovação o tempo todo. Esses movimentos pelos quais estamos passando na companhia reforçam todo esse comprometimento e trabalho”, disse o CEO da Via, Roberto Fulcherberguer.

A empresa ressalta que os resultados apresentados em março já mostram que a companhia não é mais uma empresa de varejo, mas uma empresa que tem “unificado barreiras físicas e digitais das lojas, sites e apps, se associando a startups que deram mais velocidade ao sistema logístico e tecnológico”, acelerando a entrada de novos vendedores diariamente.

Semana passada, a Via Varejo informou a mudança da marca ‘Pontofrio’ para ‘Ponto :>’.

Via divulga projeções e espera ter 20% de market share em 2025

A Via Varejo, que agora se chama apenas Via, divulgou hoje suas projeções para 2025, ano em que acredita que o mercado de varejo total alcance cerca de R$ 2,6 trilhões em vendas. Só para o e-commerce, a estimativa é de R$ 500 bilhões em vendas em 2025, quando a companhia espera ter no mínimo 20% de market share online. Veja o comunicado na íntegra.

Entre 2020 e 2025, a empresa espera que a Taxa de Crescimento Anual Composta (CAGR) do varejo total fique em 6% e nas vendas online chegue a 24% no período. A expectativa da Via é que sua base de clientes ativos aumente 2 vezes em 2025, saindo de 22 milhões em 2020 para 44 milhões em 2025.

Plataforma de pagamentos

A Via Varejo – agora Via – também informou que sua controlada Lake Niassa Empreendimentos e Participações adquiriu 100% das cotas de emissão da Celer Processamento Comércio e Serviço, plataforma proprietária de soluções de pagamentos. O valor da aquisição não foi informado.

A fintech oferece um pacote de “Bank-as-aService”(BaaS), permitindo que outras fintechs disponibilizem a seus clientes uma conta digital integrada a serviços de pagamentos, compreendendo alternativas de cash-in e cash-out, emissão e processamento de cartões, gestão de cobrança e transferências, incluindo ao tradicional portfólio o PIX.

Atualmente, a Celer conta com aproximadamente 200 fintechs integradas, que oferecem aos seus clientes, além de soluções próprias, soluções de adquirência e conta digital para mais de 24 mil estabelecimentos comerciais cadastrados.

Segundo comunicado da Via, a conclusão da operação e integração com a Celer permitirá a companhia ampliar os serviços financeiros disponibilizados aos vendedores do seu marketplace, tais como adquirência e gateway para vendas físicas e online, ampliação conta digital banQi completa e integrada ao PIX, plataforma de antecipação dos recebíveis e também uma gestão completa da agenda financeira, além de viabilizar a jornada omnicanal da companhia, facilitando a interação financeira entre o vendedor do marketplace e as lojas físicas da companhia, e parcerias com players relevantes do mercado para a concepção de mais inovações no setor.

A consumação da operação está sujeita ao cumprimento de condições previstas nos documentos definitivos, bem como a aprovação prévia do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

A Via Varejo pretende divulgar os resultados do 1T21 no dia 11 de maio.

⇒ Confira a agenda completa da divulgação dos resultados do 1T21

Lucro líquido de R$ 1 bilhão em 2020, revertendo prejuízo de R$ 1,4 bilhão

A Via Varejo, dona das Casas Bahia e do Ponto Frio, reverteu o prejuízo de R$ 1,4 bilhão registrado em 2019 e reportou um lucro líquido de R$ 1,4 bilhão em 2020.

Entre janeiro de dezembro, a receita líquida atingiu R$ 28,9 bilhões, um acréscimo de 12,7% frente ao ano anterior.

4T20

No 4T20, a Via Varejo registrou lucro líquido de R$ 336 milhões no quatro trimestre de 2020, revertendo o prejuízo de R$ 875 milhões visto no mesmo período do ano anterior. O desempenho foi impulsionado por uma “transformação digital” acelerada pela pandemia de coronavírus, segundo a companhia.