A Petrobras emitiu um comunicado, após a afirmação do presidente Jair Bolsonaro de que o novo presidente da estatal está finalizando estudos a respeito de uma fórmula para garantir previsibilidade aos reajustes dos combustíveis.
O comunicado foi feito pela empresa (BOV:PETR3) (BOV:PETR4) no sábado (29).
No comunicado, a petroleira informou que, na busca de executar sua política de preços, monitora permanentemente o mercado e, a partir de uma percepção de realinhamento de patamar, seja de câmbio, seja de cotações internacionais de petróleo e derivados, realiza reajustes de preço.
“Os estudos e monitoramentos elaborados pelas áreas técnicas de comercialização da Petrobras suportam a tomada de decisão e a proposição de reajustes de preço, sendo observado permanentemente o ambiente de negócios e o comportamento dos seus competidores, visando um posicionamento competitivo adequado”, destacou a estatal.
Na sexta-feira, 28, o presidente Jair Bolsonaro afirmou a apoiadores que interferiu na troca do presidente da Petrobras e ressaltou que a nova diretoria da estatal, presidida por Joaquim Silva e Luna, está finalizando estudos a respeito de uma fórmula para garantir previsibilidade aos reajustes dos combustíveis.
“Ele está ultimando aí estudos com o conselho novo também que foi colocado lá para ter previsibilidade no aumento de combustíveis”, disse Bolsonaro.
A declaração do presidente ocorreu no mesmo dia em que as ações preferenciais da estatal subiram mais de 4%.
Entre os motivos está a menor percepção de risco em relação à Petrobras. Os analistas do banco J.P.Morgan elevaram a recomendação das ações ON e PN da petroleira para “overweight”, fixando um preço-alvo de R$ 35,50 até o fim deste ano.
Para os recibos de ações (ADRs) o preço-alvo é de US$ 13 até dezembro deste ano.
O J.P.Morgan mencionou em relatório o compromisso do novo CEO da estatal, o general da reserva Joaquim Silva e Luna de manter o foco no pré-sal, controle de custos, gestão de portfólio e disciplina de capital.
Lucro líquido de R$ 1,17 bilhão no 1T21, revertendo prejuízo
O lucro líquido aos acionistas da Petrobras somou R$ 1,17 bilhão no primeiro trimestre, após prejuízo um ano antes. O resultado foi R$ 58,7 bilhões inferior ao quarto trimestre do ano passado, refletindo o impacto da variação cambial no resultado financeiro devido à desvalorização do real frente ao dólar e às reversões de impairment e dos gastos passados com o plano de saúde, ambos ocorridos no trimestre anterior.
A receita líquida cresceu 14,2%, para R$ 86,17 bilhões, em base de comparação anual e foi 4,9% superior ao quarto trimestre, devido, principalmente, à valorização de 38% nos preços do Brent.
O lucro recorrente, que desconta dos resultados eventos que melhoraram ou pioraram o resultado da empresa e não devem se repetir em outros períodos, somou R$ 1,45 bilhão, impactado pelo efeito da depreciação do real sobre a dívida.
O ebitda – lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização – somou R$ 49,53 bilhões, após resultado negativo de R$ 29,682 bilhões no primeiro trimestre de 2020. Em termos ajustados – que excluem da conta participações em investimentos, reavaliações nos preços de ativos, resultados com desinvestimentos e realização dos resultados por venda de participação societária -, o ebitda aumentou 30,5%, para R$ 48,949 bilhões.
Informações Finance News