A brasileira BRF, uma das maiores companhias de alimentos do mundo, tem buscado oportunidades de crescer localmente no mercado da China, o principal da empresa na Ásia, disse o presidente-executivo em evento sobre sustentabilidade agrícola Brasil-China.
Segundo Lorival Luz, a China representa mais de 30% das exportações da BRF (BOV:BRFS3) para a Ásia, e é um dos principais mercados.
“Estamos continuamente olhando para novas oportunidades para crescer nosso negócio localmente, produzindo nossos produtos também localmente na China, mas também de forma sustentável e competitiva”, declarou ele, ao falar durante o evento online, sem dar detalhes.
Ele ressaltou que a relação comercial com os chineses tem sido fortalecida nos últimos anos.
“Estamos operando na China com fortes objetivos para estabelecer relação de longo prazo e sempre ofertando alimentos de qualidade”, declarou, lembrando que o escritório em Xangai cresceu bastante nos últimos anos.
A BRF conta com dois centros de distribuição e seis escritórios comerciais na Ásia, segundo informação de seu site.
Ele disse ainda que, em meio ao grande rigor da China com produtos importados, em meio a preocupações com contaminação pela Covid-19, a BRF introduziu protocolos adicionais para o país asiático, visando eliminar quaisquer riscos.
Os contêineres são submetidos a processos de desinfecção reconhecidos internacionalmente.
Como “player” global, a BRF tem a chance colaborar para alimentar a crescente população global, mas sempre de forma sustentável, frisou o executivo, citando compromissos ambientais, sociais e de governança.
Lucro líquido de R$ 22 milhões no 1T21, revertendo prejuízo
A BRF, dona de Sadia e Perdigão, Saiba mais…, mas os indicadores demonstraram os desafios de repassar o aumento de custos para o consumidor final. Nos três primeiros meses de 2020, a empresa divulgou prejuízo de R$ 38 milhões.
A disparada do preço dos grãos começou a afetar os resultados da BRF de modo mais notável, pressionando as margens da empresa.
Segundo a companhia, o trimestre ainda foi impactado por gastos associados ao combate dos efeitos da covid-19, que foram de R$ 80 milhões. Excluindo-se esses impactos, haveria um lucro líquido de R$ 103 milhões.