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‘Efeito Musk': Grandes gestores de investimentos pregam cautela, mas apostam em posições de longo prazo para o BTC

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As reações às novas declarações do empresário sul-africano dono da Tesla, Elon Musk, sobre o Bitcoin, atingiram também os grandes gestores de investimentos, que no último ano têm aportado no mercado de criptomoedas.

Elon Musk anunciou na semana passada que a Tesla deixaria de aceitar Bitcoin como pagamento por conta do impacto ambiental da mineração da criptomoeda, o que gerou reações contra e a favor do bilionário, acusado por muitos de manipulação de mercado. Mais tarde, o investidor confirmou que os Bitcoins não haviam sido vendidos.

Desde então, o mercado corrigiu para os níveis de antes dos investimentos da Tesla em BTC e do anúncio dos pagamentos em BTC pelos carros elétricos da fabricante. O mercado de altcoins também regrediu na mesma medida.

Entre os grandes investidores, as posições se dividiram. Jason Pride, diretor de investimentos de fortunas privadas da Glemnede, prega distância do mercado:

“Nossa posição com os clientes é a regra dos postes de três metros: fique longe deles. Não acho que o Fed e outras autoridades reguladoras sejam fãs da atual estrutura do mercado de criptomoedas.”

Rob Sharps, diretor de investimentos da T. Rowe Price, acompanha o sentimento do mercado mais conservador:

“As criptomoedas têm um impacto nos mercados de capitais e nós somes especialistas em mercados de capitais. Basicamente, os mandatos que gerimos para os clientes não são adequados para investir em criptomoedas e reconhecemos o alto grau de especulação nesse ambiente”.

Bitcoin nas bolsas de valores

Enquanto os investidores mais conservadores do mercado financeiro seguem com um pé atrás, as criptomoedas começam a entrar também nas bolsas de valores, mesmo com parte deste mercado ainda torcendo o nariz. No Brasil e no Canadá, os ETFs de criptomoedas já são realidade e estrearam com ótimo desempenho nas últimas semanas. Nos Estados Unidos, o IPO da exchange Coinbase foi o grande acontecimento dos últimos meses.

Nicholas Johnson, gerente de commodities da gestora Pimco, tenta encontrar um raciocínio para a alta dos investimentos no mercado cripto, e descarta que o BTC seja um ativo de hedge:

“Essa ideia de que as criptomoedas são um ativo de inflação é curiosa. Os ativos de inflação tiveram um desempenho inferior nos últimos anos, enquanto as criptomoedas se saíram muito bem. As pessoas estão buscando um motivo para justificar a alta das criptomoedas”

O UBS Wealth Management, fundo que fez entradas em Bitcoin recentemente, diz que espera mais controle das autarquias financeiras sobre o criptomercado:

“Esperamos uma política e controles reguladores mais rigorosos para as criptomoedas na medida em que elas foram fazendo mais parte do mainstream. (O anúncio da Tesla) reforça os riscos que as empresas enfrentam quando expõem seus balanços às criptomoedas”.

Por outro lado, a Fidelity, que é uma das mais importantes investidoras institucionais de Bitcoin, tem uma posição mais receptiva às inovações do mercado de criptomoedas. Tom Jessop, diretor de ativos digitais da empresa, completa:

“Nos referimos ao Bitcoin como uma aspiração a reserva de valor e como um adolescente em termos de seu desenvolvimento por causa da volatilidade extrema. Alguns investidores estão dispostos a aceitar a volatilidade por verem o bitcoin como uma oportunidade de longo prazo”

Viraj Patel, analista da Vanda Research, também acredita que a aceitação do Bitcoin pela geração Millenial tem de ser observada de perto e que pode dar pistas sobre o futuro do mercado de criptomoedas e dos grandes gestores de investimentos:

“Observar o que os pequenos investidores estão fazendo é tão importante quanto o fluxo de bônus para os gestores agora. Eles estão perguntando: se o capital millennial está comprando bitcoins, isso significa que eles vão parar de comprar ações americanas mais arriscadas e de maior potencial de retorno?”

Por Lucas Caram

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