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JBS (JBSS3): lucro líquido de R$ 2 bilhões no 1T21, revertendo prejuízo bilionário

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A JBS, companhia da família Batista, reportou ontem um lucro líquido de R$ 2 bilhões no primeiro trimestre, já sinalizando um dividendo superior a R$ 3 bilhões em 2022, novo recorde. Nos três primeiros meses do ano passado, a empresa divulgou prejuízo de R$ 5,9 bilhões.

“Nossa plataforma diversificada por geografias e por tipo de proteína tem demonstrado uma importante resiliência no nosso resultado. Independente dos desafios enfrentados, nossas unidades de negócios responderam bem e apresentaram evolução em indicadores financeiros importantes, como receita líquida, ebitda e lucro líquido”, disse o presidente da companhia, Gilberto Tomazoni.

O ebitda – lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização – aumentou 69,4%, para R$ 6,71 bilhões. Em termos ajustados, o ebitda aumentou 75,8%, para R$ 6,876 bilhões.

A receita líquida subiu 33,2% no período, para R$ 75,25 bilhões.

No trimestre, aproximadamente % das vendas globais da JBS foram feitas ao exterior, enquanto 100% foram realizadas nos mercados domésticos em que a empresa atua.

A dívida líquida da companhia aumentou 0,4%, para R$ 57,173 bilhões. A alavancagem em reais encerrou o primeiro trimestre de 2021 em 1,76 vez, de 2,17 vezes no 1T20.

Os resultados da JBS (BOV:JBSS3) referentes suas operações do primeiro trimestre de 2021 foram divulgados no dia 12/05/2021. Confira o Press Release completo!

Teleconferência

O CEO Gilberto Tomazoni e o CFO Guilherme Cavalcanti disseram que ganhos de eficiência e reajustes de preços têm compensado pelo menos parte da pressão.

Em teleconferência, os principais executivos da empresa, que lidera o mercado global de proteínas, observaram que o cenário continua complicado no Brasil, por conta do aumento de custos e da demanda interna ainda retraída.

O destaque foi mesmo o avanço de 32,2% da receita líquida da JBS USA, para R$ 30,4 bilhões. Ainda na América do Norte, também aumentaram as receitas da Pilgrim’s Pride (R$ 17,9 bilhões, alta de 30,7%), controlada pela companhia brasileira, e da JBS Pork USA (R$ 8,8 bilhões, alta de 32,7%).

Já a Seara, que reúne as operações de carnes de frango, suína e produtos processados, registrou receita de R$ 7,8 bilhões, 34,4% mais que de janeiro a março de 2020.

E a JBS Brasil, que inclui Friboi e Swift, teve receita de R$ 11,5 bilhões, 41,3% maior.

Diante do cenário atual, a JBS prevê uma forte geração de caixa nos Estados Unidos ao longo do ano, afirmou o CEO da operação americana, André Nogueira.

Segundo Nogueira, o acúmulo de estoques nos distribuidores ou em contêineres devido ao processos mais lento de exportação também teve um impacto de US$ 150 milhões na linha de estoques, o que também impacta o capital de giro.

No entanto, esses estoques já estão negociados a situação logística, melhorando. “Quando olho o geral do ano, vai ser um ano com geração muito forte de caixa, seguindo a sazonalidade normal”.

De acordo com ele, a construção de um grande frigorífico demoraria três anos e custaria US$ 700 milhões, além de necessitar de 3,5 mil funcionários.

“Se alguém fizer isso, está tomando um risco impensável. Eu jamais proporia ao Tomazoni”, acrescentou.

Conforme Nogueira, os projetos de expansão da capacidade de abate de bovinos nos EUA são de menor porte, e não alteram substancialmente o negócio. Em março, por exemplo, a brasileira Marfrig anunciou um investimento de US$ 100 milhões para dobrar a capacidade do abatedouro que possui em Tama, no Estado do Iowa.

O panormama só deve melhorar significativamente em 2022, afirmou Nogueira. No primeiro trimestre, a Austrália praticamente não contribuiu para o Ebitda da companhia. “O negócio de cordeiro e de bovinos da Austrália continua muito desafiador”, disse.

Gilberto Tomazoni também destacou avanços nas estratégias da empresa para garantir a sustentabilidade de sua cadeia produtiva e sinalizou que a companhia continua prospectando oportunidades de aquisições. Das compras recentes, Cavalcanti destacou a Vivera, empresa holandesa de produtos plant-based adquirida em abril.

VISÃO DO MERCADO

Bank of America 

No caso do Bank of America, os ganhos da JBS devem ficar à cargo de margens maiores na carne bovina nos EUA, que devem continuar acima dos níveis históricos, à medida que a demanda de bares e restaurantes se recupera somado aos fortes volumes.

“O cenário para os outros negócios da JBS fora dos EUA é mais desafiador dada a pressão dos grãos mais caros, embora as margens de frango devam sustentar o momento”, avalia o banco americano.

BTG Pactual 

O prejuízo no lucro no 1T21, que chegou a cifra de R$ 2 bilhões, apesar do alto consumo de caixa na ordem de R$ 3,8 bilhões devido à sazonalidade, demonstra a condição bastante saudável da JBS, avalia o BTG Pactual.

“A JBS reportou outro trimestre forte, sustentado por resultados impressionantes em todos os seus negócios nos Estados Unidos. As vendas aumentaram 33% no intervalo de um ano para R$ 75,3 bilhões, com preços médios mais elevados e câmbio favorável”, são as palavras de abertura do relatório assinado pelos analistas Thiago Duarte, Henrique Brustolin e Luiz Temporini.

Enquanto as operações da companhia nos EUA despontaram, especialmente porque uma demanda mais forte do que o esperado e suprimentos restritos aumentaram os preços e compensaram um ambiente de custos amplamente desfavorável, a JBS Brasil ficou para trás graças ao aumento dos custos do gado.

“Embora continuemos esperando que as margens se normalizem à frente, a JBS ainda negocia com desconto para os pares”, conclui o trio de especialistas do BTG.

Guide Investimentos 

Indo pela mesma linha, o analista Luis Sales, da Guide Investimentos, aponta o exterior como o ingrediente chave para a JBS, assim como outras empresas brasileiras do setor.

A divisão norte-americana da companhia levou a JBS a seu melhor desempenho para um primeiro trimestre, com resultado puxado por uma forte demanda interna, com a retomada progressiva do foodservice no país, e pelo incremento da demanda de exportação, liderada especialmente pelo mercado asiático.

“Para os próximos meses, a abertura de restaurantes e bares, acompanhados pela vacinação da população e preço elevado do dólar e demanda crescente (local e exportação) deverão ajudar os resultados futuros da JBS”, indica Sales sobre as perspectivas.

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