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A empresa de produtos eletrônicos Multilaser retomou o processo para realizar sua oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), um ano após sua primeira tentativa ter sido interrompida pela volatilidade do mercado.
O IPO foi coordenado pelo Itaú BBA, juntamente com XP, Bank of America, UBS BB e Safra. Confira o prospecto da oferta protocolado na CVM!
Os recursos da oferta serão utilizados para liquidação ou amortização de dívidas; reforço de caixa para crescimento e outros propósitos corporativos; e potenciais aquisições de empresas (M&As).
No item de quitação de dívida, a Multilaser afirma que os recursos serão usados para débitos de R$ 871,579 mil com vencimentos entre abril de 2022 e março de 2024 e um custo de juros médio ponderado de CDI + 3,11% ao ano. Isso inclui cédulas de crédito bancário (CCB) com Banco do Brasil, BTG, Safra, Itaú, BV, Bradesco e ABC Brasil.
Os principais acionistas da Multilaser são Alexandre Ostrowiecki, com 50,05%; o fundo Dragon Gem, com 35,64%; Edward James Feder, com 7,82%; e André Poroger, com 4,84%.
A Multilaser atua no segmento de bens de consumo, com a produção e negociação de produtos para casa, escritório e informática. Em 2020, a companhia apresentou receita líquida de R$ 3,077 bilhões e, entre os anos de 2018 a 2020, um crescimento anual composto de 26,8%.
O Ebitda totalizou R$ 555 milhões, com uma margem de 18,1%, e o lucro líquido atingiu R$ 451 milhões.
A Multilaser diz deter 65% do mercado de pendrives, 39% dos cartões de memória no país e fabrica também smartphones, notebooks e acessórios de computador e para esportes e saúde, além de equipamentos de áudio e vídeo, segurança eletrônica e brinquedos, entre outros.
