A Petrobras confirmou, ser proprietária de um terreno ocupado por famílias vulneráveis com o apoio de sindicatos de petroleiros desde o sábado, 1º de maio, em Itaguaí, na região metropolitana do Rio de Janeiro. Em nota, a empresa disse estar tomando medidas para a reintegração do local.

O comunicado foi feito pela empresa (BOV:PETR3) (BOV:PETR4) neste domingo (02).

“A Petrobras confirma que o terreno pertence à companhia e que está adotando as medidas cabíveis para reintegração da área”, respondeu a petroleira, em nota.

Cerca de 300 pessoas ocuparam parte de um terreno da empresa com o apoio da Federação Única dos Petroleiros (FUP) e do Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF).

Em nota distribuída à imprensa, a FUP afirmou que mais 1.200 pessoas são esperadas no espaço durante esta semana, num movimento batizado de “Acampamento de Refugiados Primeiro de Maio”.

A ocupação seria um protesto contra a falta de moradia, de comida e de vacina contra a covid-19, mas também contra a política de preços dos combustíveis adotada pela Petrobras, de paridade com preços de importação.

“Por isso, o movimento escolheu o terreno ocioso da petroleira, que seria usado para instalar o Polo Petroquímico e a Zona de Processamento e Exportação de Itaguaí, o que nunca ocorreu”, diz a nota da FUP.

O acampamento já tem barracas para abrigar as famílias e uma cozinha improvisada. O Sindipetro-NF tem fornecido água potável, máscaras faciais e álcool em gel para os manifestantes.

Os sindicalistas argumentam que o terreno pertence à Petrobras e, portanto, à União.

A mobilização teria como objetivo “chamar atenção da sociedade para a importância da Petrobras no desenvolvimento econômico e social do Brasil”, diz Alessandro Trindade, diretor do Sindipetro-NF, em nota, acrescentando que a atual política de reajuste de combustíveis tem penalizado as famílias mais pobres, que já precisam substituir o gás de cozinha por lenha e álcool.

A Petrobras pretende divulgar os resultados do 1T21 no dia 13 de maio

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Lucro líquido de R$ 7,1 bilhões em 2020, queda de 82,3%

Petrobras registrou lucro de R$ 7,1 bilhões em 2020, queda de 82,3% em relação ao montante de 2019. A redução foi atribuída a alguns fatores como a queda de 35% do preço do petróleo, maiores perdas de valor de ativos, menores ganhos com desinvestimentos e desvalorização de 31% do dólar frente ao real.

O presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, afirmou em sua provável última Carta do Presidente na divulgação do resultado do exercício de 2020, que entregou a recuperação em “J” que havia prometido, e que a empresa teve um desempenho excepcional em 2020, apesar do ambiente desafiador da pandemia de covid-19.