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Raia Drogasil (RADL3): lucro líquido de R$ 176,2 milhões no 1T21, alta de 42%

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A Raia Drogasil (RD) registrou lucro líquido de R$ 176,2 milhões no primeiro trimestre deste ano, o que representa alta de 42% em relação ao mesmo período de 2020. O lucro líquido ajustado somou R$ 177,9 milhões, alta de 16,5%.

A receita líquida avançou 13,5% entre os trimestres, para R$ 5,62 bilhões.

O ebtida – lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização – foi de R$ 432,3 milhões entre janeiro e março, 20,4% acima do primeiro trimestre de 2020. No critério ajustado, excluindo fatores como doações e créditos fiscais de períodos anteriores, o Ebitda somou R$ 415,9 milhões, alta de 12,6%. A margem Ebitda ajustada caiu 0,1 ponto percentual, para 7%.

As vendas nas mesmas lojas (SSS, na sigla em inglês) avançaram 8,6% no período. A Raia Drogasil afirma que a tendência continuou em abril “apesar do recente aumento de restrições” em razão da pandemia, com o SSS crescendo 28,3%. A companhia pondera que o crescimento de abril foi baseado “em uma base de comparação muito fraca do mesmo mês de 2020”.

O mercado de medicamentos isentos de prescrição (OTC, na sigla em inglês) foi novamente destaque nos resultados, com a venda de produtos relacionados à pandemia como vitaminas e máscaras. O OTC teve ganho de 1,3 ponto percentual no mix de vendas, para 23,2%.

A penetração dos canais digitais atingiu 7,7% no último trimestre, em patamar semelhante ao segundo trimestre do ano passado, quando o isolamento social atingiu seu pico.

As despesas com vendas somaram R$ 1,06 bilhão, o equivalente a 17,7% da receita bruta da companhia. A porcentagem ficou abaixo dos 18,1% registrados no primeiro trimestre do ano passado em razão de ganhos de eficiência, segundo a Raia Drogasil. O patamar foi prejudicado em 0,1 ponto percentual em despesas relativas ao digital.

A Raia Drogasil registrou consumo de caixa de R$ 126 milhões entre janeiro e março, ante R$ 40,8 milhões no mesmo intervalo de 2020. A companhia afirma que o período sofre uma sazonalidade desfavorável ao ciclo de caixa, resultando em “relevante desembolso de caixa”.

O nível de alavancagem, medido pela razão entre a dívida líquida ajustada e o Ebitda, foi de 0,6 vez ao final do trimestre. O indicador era de 0,7 vez no primeiro trimestre do ano passado.

A participação de mercado em nível nacional alcançou 14,1% no último trimestre, avanço de 0,3 ponto percentual. O maior avanço foi registrado na região Norte, onde a participação passou de 4% para 5,6%. Já o Estado de São Paulo, onde a companhia possui sua maior participação de mercado, registrou queda de 0,3 ponto percentual, para 25,7%.

A Raia Drogasil finalizou o período com 2.319 lojas, após o fechamento de 20 unidades e outras 40 aberturas orgânicas. Os atendimentos somaram 65,6 milhões.

Os resultados da Raia Drogasil (BOV:RADL3) referentes suas operações do primeiro trimestre de 2021 foram divulgados no dia 11/05/2021. Confira o Press Release completo!

Teleconferência

A RD pretende alcançar todos os Estados do país já neste ano, disse o vice-presidente de planejamento corporativo, RI e M&A da rede de farmácias, Eugênio De Zagottis.

“Antes nossa rede era virtualmente nacional. Agora ela será literalmente nacional”, disse. Os últimos estados a receber lojas são Acre, Roraima e Amapá.

“Já temos pontos assinados nestes estados”, disse em teleconferência com analistas sobre os resultados do primeiro trimestre.

“A gente fechou o trimestre com 2.319 unidades, tanto da Raia quanto Drogasil. Temos orgulho de ter as maiores bandeiras do mercado. Se elas fossem duas empresas separadas, a Drogasil seria o primeiro player do setor e a Raia seria o segundo maior em faturamento”, disse o executivo disse ainda que está de pé o guidance da empresa de abrir 240 lojas ao ano em 2021 e 2022.

Ele explicou ainda que a decisão de encerramento de loja é estrutural e o processo foi comprometido durante a pandemia. “Agora, com visibilidade restaurada, a gente retomou as análises. Fechamos agora 20 lojas, que teriam de ser fechadas no ano passado”, disse, ao justificar o avanço no fechamento no trimestre.

Marcílio Pousada, o presidente da Raia Drogasil, disse que a empresa segue negociando aluguéis com os proprietários de imóveis utilizados pela rede.

“Estamos negociando aluguéis com proprietários. Esse IGP-M maluco (sobretudo por causa do dólar) tem sido revisto por quase todo mundo”, disse o executivo na teleconferência.

Para além dos aluguéis, a empresa sentiu também o aumento de custos com salários. Pousada ponderou que o grupo teve um aumento de preço em primeiro de abril, que ajudou a repor a inflação e manter tendência de vendas e margem.

A Raia Drogasil continua mirando crescer no seu braço digital, afirmou Pousada. No primeiro trimestre, os canais digitais representaram 7,7% do varejo do grupo, superando o patamar registrado no segundo trimestre de 2020, de 7,6%, no pico do isolamento social. “O canal digital vai trazer margens melhores e vamos investir para isso”, disse o executivo.

 A empresa tem um modelo de negócio que favorece uma redução no custo para se entregar os medicamentos, disse o executivo. “A gente já tem 2,3 mil centros de distribuição pequenos”, disse, em referência às lojas, que são posicionadas próximas aos clientes.

“A gente manda produtos para as lojas diariamente. O nosso frete é só a última milha. É muito barato o frete para a gente “, disse, destacando que há ainda o modelo compre e retire.

 “É pouco se comparar com os players. O grande diferencial nossos é a proximidade dos clientes”, disse De Zagottis. Segundo os executivos da empresa, a despesa de entrega hoje é uma das menores do mercado, na casa de 3% a 4% das vendas.

Afirmou o presidente, que as perspectivas são positivas sobre 2021. “Tivemos resultado muito bom e nos anima muito para o ano”. A empresa se disse satisfeita com os resultados no primeiro trimestre, mesmo com a base de comparação complexa – que levou a uma corrida às farmácias nos primeiros meses do ano passado.

Já em abril, o grupo antecipou que a receita cresceu 35,5% no ano, em função da fraca base de comparação.

Segundo De Zagottis, o resultado de abril já sinaliza que o grupo não deverá registrar uma queda nas vendas como aconteceu no ano passado no período. “A gente vê demanda acelerando. Isso é muito bom. Essa segunda onda não muda o norte de vendas que tínhamos”.

VISÃO DO MERCADO

Bradesco BBI

O Bradesco avaliou os resultados da Raia Drogasil como positivos, indicadores de resiliência em maio a crise. O banco diz que um dos temores era de que houvesse maior deterioração das margens nos canais digitais. Mas o banco diz que a deterioração foi marginal enquanto que o percentual da receita fica em 7,7% do total. Os analistas destacam ver opções mais atrativas no segmento, como a Rede D’Or.

Bradesco BBI mantém recomendação neutra com preço-alvo de R$ 23,40…

Credit Suisse

O Credit Suisse afirma que vê boa perspectiva de longo prazo para o setor farmacêutico contanto que o cenário de consumo continue a fluir. O banco vê boas perspectivas com o crescimento do mercado. Mas o banco diz que os preços já refletem a perspectiva positiva.

Credit Suisse mantém recomendação neutra com preço-alvo de R$ 25,00…

Morgan Stanley

O Morgan Stanley diz que os resultados da Raia Drogasil vieram em linha com suas estimativas e com o consenso do mercado. Mas diz que a as receitas ficaram em bases comparáveis e com margens estáveis na comparação anual. O banco acredita que os resultados do próximo trimestre devem ser melhores, mas que isso já está refletido no preço das ações.

Morgan Stanley mantém recomendação equal-weight com preço-alvo de R$ 23,60…

XP Investimentos 

A XP informou em relatório esperar uma reação positiva do mercado em relação aos números trimestrais reportados ontem pela Raia Drogasil. O resultado reflete, segundo à companhia, a solida performance de vendas das lojas maduras; alta penetração do digital; manutenção da margem de lucro, antes de juros, impostos amortização e depreciação (Ebitda, na sigla em inglês), além de sinalização positiva para o segundo trimestre.

As vendas “mesmas lojas” (unidades abertas há mais de 12 meses) cresceram 8,6% na variação anual e as lojas maduras tiveram alta de 4,6%. A penetração digital, por sua vez, atingiu um nível recorde de 7,7%.

De acordo com a corretora, a companhia reportou sólidos resultados acima de suas estimativas e em linha com o consenso. O lucro líquido somou R$ 189 milhões no primeiro trimestre, frente a uma projeção de R$ 167 milhões da XP. A receita líquida chegou a R$ 5,62 bilhões, ante previsão de R$ 5,69 bilhões.

Além disso, os analistas Danniela Eiger, Gustavo Senday e Thiago Suedt afirmaram que os dados preliminares referentes à abril divulgados pela companhia mostram “forte” crescimento de vendas nas mesmas lojas, um avanço de 22% no total e 14% nas lojas maduras, em relação ao mês de abril de 2019, dada fraca base de comparação em 2020.

Para a equipe da XP, o forte desempenho da Raia em abril pode ser explicado pelo reajuste de preços de medicamentos. “O que, na nossa visão, deve contribuir positivamente para os resultados do setor no curto prazo”, afirmaram os analistas.

XP mantém recomendação neutra com preço-alvo de R$ 27,00…

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