Confira os principais indicadores econômicos de hoje, em destaque os analistas elevaram as estimativas para a inflação do final deste ano para 5,9%, contra 5,82% na semana anterior, a 11ª alta seguida.

Brasil

  • Superávit comercial soma US$ 7,151 bilhões na semana até 20 de junho

O Brasil teve superávit comercial de US$ 7,151 bilhões na semana encerrada em 20 de junho, resultado de US$ 18,380 bilhões em exportações e de US$ 11,229 bilhões em importações – o que representa médias diárias de, respectivamente, US$ 1,413 bilhão e US$ 863,8 milhões -, de acordo com dados divulgados pelo Ministério da Economia.

A corrente de comércio no período foi de US$ 26,610 bilhões. “No acumulado de junho até dia 20, o superávit comercial somou US$ 7,151 bilhões, reflexo de US$ 18,380 bilhões em exportações e de US$ 11,229 bilhões em importações.

  • Boletim Focus: Selic no fim de 2021 sobe de 6,25% para 6,50%

Os economistas consultados pelo Banco Central para a edição do Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (21) elevaram as estimativas para a Selic de 6,25% para 6,50%, na segunda alta seguida para as previsões, e para a inflação este ano de 5,82% para 5,9%.

Os analistas elevaram as estimativas para a inflação do final deste ano para 5,9%, contra 5,82% na semana anterior, a 11ª alta seguida. Há quatro semanas, o consenso era de 5,24%. A estimativa fica acima da meta de 3,75% e rompe o teto do limite superior de 5,25%.

Europa

  • BCE fez bons progressos em nova estratégia de política monetária, diz Lagarde

O Banco Central Europeu (BCE) fez bons progresso em sua revisão da estratégia de política monetária, incluindo a definição e medidas de estabilidade de preços e o papel das alterações climáticas, disse a presidente da instituição, Christine Lagarde.

“Estou feliz por termos podido ter discussões aprofundadas e por termos feito bons progressos na definição das características concretas de nossa futura estratégia de política monetária”, disse Lagarde, em comunicado, após a reunião anual do Conselho do BCE.

Os membros do Conselho reuniram se entre os dias 18 e 20 de junho na região de Taunus, perto de Frankfurt, na primeira reunião presencial desde março de 2020. O encontro teve foco nas discussões sobre a revisão da estratégia de política monetária do BCE.

“Os tópicos abordados pela revisão incluíram, entre outros, a definição e medição da estabilidade de preços, o quadro analítico subjacente, a orientação de médio prazo, o papel das alterações climáticas na formulação da política monetária e a modernização da comunicação de política”, diz a nota.

Estados Unidos

  • Índice de atividade nacional do Fed Chicago sobe a 0,29 pontos em maio

O índice de atividade nacional dos Estados Unidos medido pela unidade de Chicago do Federal Reserve, o banco central do país, subiu para 0,29 ponto em maio, depois de marcar -0,09 ponto em abril.

Segundo o Fed de Chicago, três das quatro categorias de sub indicadores analisados registraram alta em maio ante abril, e três fizeram contribuições positivas para o índice geral. A média móvel trimestral do índice de atividade nacional subiu para 0,81 ponto em maiol, depois de marcar 0,17 em abril.

  • FED: Bullard volta a defender retirada gradual da acomodação monetária

O presidente da unidade do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) de Saint Louis, James Bullard, voltou a defender o debate sobre a redução das compras de ativos, reafirmada na semana passada em US$ 120 bilhões mensais.

“Acredito que o debate está aberto e é apropriado que o comitê pese as perspectivas para as compras de ativos”, afirmou ele.

Falando em um painel virtual do Fórum Oficial de Instituições Monetárias e Financeiras, Bullard reconheceu, no entanto, que “ainda levará algum tempo para que o Fed descubra o processo de redução gradual da acomodação”.

Segundo ele, que este ano não tem direito a voto, a presunção é de que o Fed não aumentará a taxa de juros, hoje perto de zero, até que a redução gradual da compra de ativos fosse concluída, mas poderia fazê-lo se necessário.

  • John Williams, do Fed, defende manutenção de acomodação monetária

O presidente da unidade do Federal Reserve (Fed) de Nova York, John Williams, foi na contramão de dois de seus colegas e defendeu a manutenção da política de dinheiro fácil implementada pelo banco central norte-americano para apoiar a economia dos Estados Unidos durante a pandemia de covid-19.

“Está claro que a economia está melhorando em um ritmo rápido e as perspectivas de médio prazo são muito boas, mas os dados e as condições não avançaram o suficiente para que o [Comitê Federal de Mercado Aberto] mude sua postura de política monetária de forte apoio à recuperação econômica”, disse ele em discurso durante evento virtual.

Antes de Williams, dois outros membros do Fed afirmaram durante outro evento virtual que o momento para a redução das compras de títulos está se aproximando. Robert Kaplan, da divisão de Dallas, e James Bullard, de Saint Louis, não especificaram quando o banco central norte-americano deve agir, mas ambos disseram que chegou o momento de repensar o forte apoio à economia.

Desde março do ano passado, o Fed mantém a taxa de juros perto de zero e vem comprando títulos do Tesouro e lastreados em hipotecas, hoje no montante de US$ 120 bilhões mensais. Na quarta-feira, o banco central norte-americano antecipou para 2023 dois aumentos da taxa de juros e deixou a porta aberta para discussões sobre a redução da compra de ativos.