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Conta de luz sobe mais de 20% no Brasil e inviabiliza a mineração de Bitcoin no país

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Se você ainda tinha alguma esperança de montar uma fazenda de mineração de Bitcoin no Brasil é melhor repensar um pouco seus planos já que a conta de energia deve subir mais de 20%

Segundo divulgou o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), André Pepitone, a crise hídrica enfrentada pelo país neste ano obrigou a agência a preparar mudanças que devem encarecer a conta de luz nas próximas semanas, incluindo um aumento de mais de 20% na bandeira tarifária mais alta.

Assim, com o novo aumento, a cada 100 kWh consumidos ao mês mais de R$ 7 reais devem ser adicionados ao valor total da conta.

O aumento dos preços da energia tem relação com o maior acionamento das usinas termelétricas (mais caras) para suprir uma queda de geração das usinas hidrelétricas. O Brasil enfrenta a pior estiagem dos últimos 91 anos, segundo o governo.

“O número que o Ministério de Minas e Energia tem usado publicamente é que vamos ter um custo adicional de R$ 9 bi [de janeiro a novembro de 2021], até abril já se gastou R$ 4 bi adicionalmente. Isso vai ter impacto adicional na tarifa de 5% [em 2022]”, explicou Pepitone.

Os chamados “consumidores livres” – empresas que compram energia diretamente das distribuidoras – devem pagar o adicional ainda em 2021 enquanto os consumidores pessoas físicas devem sentir o aumento no ano que vem.

Para se ter uma ideia do impacto da medida o custo de energia no Brasil deve ser de US$ 0,49 kw/h enquanto no Paraguai mineradores de BTC chegam a pagar até US$ 0,02 kw/h.

Mineração de Bitcoin

Novos Bitcoins são produzidos através de um processo chamado mineração, no qual os computadores gastam energia e recursos computacionais para resolver um problema matemático difícil que verifica um bloco recente de transações Bitcoin.

O minerador que resolve o problema matemático adiciona o bloco ao blockchain e recebe o bitcoin recém-criado.

A dificuldade do problema de matemática depende de quanto poder computacional a rede tem em suma, a medida que a rede Bitcoin atrai mais mineradores, a dificuldade de mineração aumenta e, geralmente, a quantidade de energia consumida por uma rede também aumenta.

Atualmente a rede Bitcoin consome cerca de 4,55 gigawatts (GW) de eletricidade por ano; para colocar isso em perspectiva, todo o país da Irlanda tem um consumo médio de eletricidade de 3,1 GW e a Áustria tem um consumo médio de eletricidade de 8,2 GW por ano.

No ano passado, a quantidade estimada de TwH que a rede Bitcoin consumiu por ano aumentou 413,37%. Quando comparada a países como a República Tcheca, a rede Bitcoin usa 102,3% de toda a eletricidade consumida pelo país por ano.

Desta forma, os custos de eletricidade é um dos principais custos dos mineradores de Bitcoin e por isso eles sempres estão em busca de uma fonte de energia mais barata.

Por isso as empresas têm procurado lugares como o Canadá e, Paraguai, Russia, Venezuela e Irã, onde a eletricidade é sensivelmente mais barata.

Por Cassio Gusson

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