Segundo o Credit Suisse, o Itaú Unibanco deve continuar sendo o principal impulsionador dos lucros da Itaúsa (BOV:ITSA3), mas também destacou as melhores expectativas do ambiente de lucros para a Duratex e Alpargatas.
O Credit Suisse manteve recomendação de compra e elevou o preço-alvo das ações da Itaúsa de R$ 12,30 para R$ 14,50, incorporando as recentes aquisições, novos financiamentos de dívida e as previsões de lucros mais recentes para o Itaú Unibanco e das subsidiárias não financeiras.
“Estamos revisando nosso modelo de lucros para incorporar as aquisições elevando a projeção de lucro líquido ajustado em 23%, para R$ 9,3 bilhões em 2021 e em 6% para R$ 10,9 bilhões em 2022”, segundo o relatório.
“Com os grandes investimentos já anunciados e implantados e a ação com um desconto de 26% em sua avaliação de soma das partes, acreditamos que a Itaúsa continuará sendo uma proposta atraente e um bom nome alternativo de investimento para aproveitar as fortes perspectivas do caso de investimento do Itaú Unibanco”, diz o relatório.
A Itaúsa também concluiu a aquisição da Copagaz por R$ 1,23 bilhão, que resultou em uma participação acionária de 49%, que a empresa financiou com a emissão de R$ 1,3 bilhão em debêntures.
“Apesar dos investimentos recentes, estimamos que o setor financeiro ainda representará 86% dos investimentos da Itaúsa, em comparação com 89% ao final do primeiro trimestre deste ano. Com a cisão da participação do Itaú Unibanco na XP, a Itaúsa passará a deter 15% da XP Inc diretamente, tornando-se o segundo maior investimento do portfólio da Itaúsa”, diz o relatório.
O Credit Suisse espera que a Itaúsa continue sendo capaz de pagar dividendos a uma proporção de aproximadamente 85% dos dividendos recebidos das subsidiárias. Isso implica uma taxa de pagamento que varia de 35% a 45% dos ganhos projetados para o período de 2021-2023.