Krispy Kreme está procurando levantar entre US$ 560 milhões a US$ 640 milhões por meio de uma oferta pública inicial este ano, de acordo com relatórios regulatórios de terça-feira (22).

A rede de donuts abriu seu capital há 21 anos, durante a bolha das pontocom. Em 2016, a JAB Holding, braço de investimentos da família Reimann, tornou a Krispy Kreme privada após comprá-la por US$ 1,35 bilhão. O JAB possui vários outros negócios de restaurantes, incluindo Panera Bread e Caribou Coffee.

Desta vez, em meio a outro mercado aquecido para IPOs, a Krispy Kreme pretende vender suas ações por US$ 21 a US$ 24, o que lhe dá uma avaliação implícita de US$ 2,82 bilhões a US$ 3,22 bilhões.

No ano fiscal de 2020, a receita da Krispy Kreme aumentou 17%, para US$ 1,12 bilhão, mas a rede relatou um prejuízo líquido de US$ 60,9 milhões. A empresa relatou prejuízos líquidos nos últimos três anos fiscais à medida que investe de volta no negócio, como gastar US$ 10,3 milhões para reabrir uma loja 24 horas na Times Square de Nova York.

As ações seriam negociadas na Nasdaq sob o ticker proposto “DNUT”.

Cerca de 16,6% do total das ações ordinárias da Krispy Kreme estariam disponíveis por meio do IPO. O restante das ações permaneceria nas mãos da JAB. A empresa de investimento também pretende comprar entre US$ 50 milhões a US$ 100 milhões em ações da oferta. O presidente da empresa, Olivier Goudet, está interessado em comprar US$ 5 milhões em ações.

A empresa disse no processo que pretende usar os recursos líquidos para pagar dívidas, recomprar ações de alguns de seus executivos e fazer pagamentos de retenções de impostos relacionadas a algumas unidades de ações restritas. O restante dos fundos será usado para propósitos corporativos gerais.

A JAB concluiu recentemente um acordo de refinanciamento de US$ 800 milhões para a Panera Bread, abrindo caminho para a rede de sanduíches retornar ao mercado público. A aquisição da JAB a tornou privada em 2017.