A Petrobras atingiu em junho recorde histórico na oferta de Gás Natural Liquefeito (GNL) regaseificado no País, com um volume instantâneo de 42 milhões de metros cúbicos por dia (m³/dia). O aumento ocorreu em função do maior despacho de usinas térmicas no País, diante da pior crise hídrica em 91 anos.
O comunicado foi feito pela petroleira (BOV:PETR30 (BOV:PETR4) na sexta-feira (16).
“Esse marco viabilizou a oferta total de 109,4 milhões de m³/dia de gás natural, um dos maiores volumes dos últimos anos. A oferta total compreende o gás natural produzido no País, a parcela recebida pelos terminais de regaseificação e o volume importado da Bolívia, disse a Petrobras em nota.
O volume de GNL regaseificado é equivalente a todo o volume da produção nacional injetado pela Petrobras na malha integrada atualmente, ou mais do que o dobro do volume de gás importado da Bolívia.
O resultado faz parte de um conjunto de iniciativas que a Petrobras vem adotando para aumentar a oferta de gás natural e garantir o suprimento do mercado nacional neste período de demanda elevada, que teve início no quarto trimestre de 2020, com o incremento das operações das termelétricas determinado pelo ONS.
VISÃO DO MERCADO
Credit Suisse
Ainda no radar da companhia, o Credit Suisse afirmou que sua equipe dedicada ao setor de petróleo elevou a previsão para produção de petróleo tipo Brent de US$ 66,50 para US$ 70 por barril para 2021; de US$ 68 por barril em 2022 para US$ 69 por barril; e de US$ 60 por barril para US$ 62 por barril no longo prazo.
O banco diz que o rendimento do fluxo de caixa do acionista (FCFE na sigla em inglês) em 2021 pode ser de até 23%. Mas a maior parte desse rendimento deve ser paga aos acionistas como dividendos, uma vez que a Petrobras atingir sua meta de US$ 60 bilhões de dívida bruta. O banco diz acreditar que isso pode ocorrer já no terceiro trimestre de 2021. Este fator pode ser um catalisador para o valor dos papéis.
O banco está atualizando o modelo para incorporar os resultados mais recentes e suas expectativas mais altas para o Brent.
O banco elevou o preço-alvo de US$ 10 por ADR para US$ 11 por ADR, mantendo recomendação neutra sobre as ações. Para o segundo trimestre, o banco prevê um lucro Ebitda de US$ 9,6 bilhões para a Petrobras, 11% acima do trimestre imediatamente anterior, e 185% acima do patamar de um ano antes.
O banco estima receita líquida de US$ 5,4 bilhões, impulsionada pela valorização do real.
A Petrobras pretende divulgar os resultados do 2T21 no dia 29 de julho
Lucro líquido de R$ 1,17 bilhão no 1T21, revertendo prejuízo
O lucro líquido aos acionistas da Petrobras somou R$ 1,17 bilhão no primeiro trimestre, após prejuízo um ano antes. O resultado foi R$ 58,7 bilhões inferior ao quarto trimestre do ano passado, refletindo o impacto da variação cambial no resultado financeiro devido à desvalorização do real frente ao dólar e às reversões de impairment e dos gastos passados com o plano de saúde, ambos ocorridos no trimestre anterior.
A receita líquida cresceu 14,2%, para R$ 86,17 bilhões, em base de comparação anual e foi 4,9% superior ao quarto trimestre, devido, principalmente, à valorização de 38% nos preços do Brent.
O lucro recorrente, que desconta dos resultados eventos que melhoraram ou pioraram o resultado da empresa e não devem se repetir em outros períodos, somou R$ 1,45 bilhão, impactado pelo efeito da depreciação do real sobre a dívida.
O ebitda – lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização – somou R$ 49,53 bilhões, após resultado negativo de R$ 29,682 bilhões no primeiro trimestre de 2020. Em termos ajustados – que excluem da conta participações em investimentos, reavaliações nos preços de ativos, resultados com desinvestimentos e realização dos resultados por venda de participação societária -, o ebitda aumentou 30,5%, para R$ 48,949 bilhões.
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