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10 fatos pra lá de surpreendentes sobre o mercado de ações

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Que todo dia acontecem fatos curiosos e surpreendentes no mercado de ações, não é novidade. Mas alguns deles geram tanta surpresa que acabam ficando marcados ao longo da história. Outros, ao contrário, são mais recentes e a cada ano se renovam, mas nem por isso deixam de surpreender do mesmo jeito. É por isso que se você é do tipo curioso, gosta de estar sempre em busca de novidades sobre esse universo financeiro, com certeza vai curtir estes 10 fatos intrigantes, bizarros e até tristes que selecionamos.

Embora não se tratem de dicas para usar no dia a dia de investimentos, muitos desses fatos com certeza podem desmistificar conceitos e levar a reflexões mais profundas. Se não servirem para isso na sua realidade, pelo menos serão ótimos assuntos para renderem discussões com os amigos do clube de investimentos, com o grupo da família ou ainda para você conhecer ainda mais sobre o terreno em que está depositando seu dinheiro diariamente. Aproveite!

1. Depois das Bolsas dos EUA, as maiores do mundo não são as europeias

É fato que as Bolsas dos EUA são as maiores, até porque mais de 50% dos norte-americanos têm investimentos em ações, portanto faz total sentido que o mercado deles seja muito mais maduro e desenvolvido, com volume de negociação líder e número de empresas disponíveis recorde (mais de 6 mil). E porque EUA é EUA, a principal potência mundial.

A NYSE, Bolsa de Valores de Nova Iorque, acumulou uma capitalização bursátil (soma do valor de todas as ações negociadas nela) de mais de US$ 25 trilhões até fevereiro de 2021, segundo levantamento da Statista Research Department. Enquanto isso, a Nasdaq, que também fica na mesma cidade que a NYSE, tem US$ 19 trilhões em capitalização. Mas, diferentemente do que muitos pensam, as próximas Bolsas desse ranking não são europeias.

Em terceiro lugar entre as maiores Bolsas do mundo vem a de Hong Kong, na China, com US$ 6,7 trilhões em capitalização, seguida da Bolsa de Shangai, no mesmo país, com US$ 6,5 trilhões, e pela Bolsa do Japão, que tem a mesma capitalização que a anterior. Só então é que vem a Euronext, da Europa, com US$ 5,08 trilhões. Portanto, vale sempre ficar de olho no Fechamento Ásia que a ADVFN cobre todos os dias, afinal, enquanto você dorme os asiáticos negociam – e muito!

2. Bolsas asiáticas: trabalham pouco e ainda param para almoço

Quem não quer ser uma Bolsa asiática na vida? Do outro lado do mundo, o período de negociações é bem diferente do nosso e do mercado europeu e norte-americano. No nosso caso, vamos interruptamente das 10h às 17h (salvos horários diferenciados para acompanhar o fuso dos EUA), mas as Bolsas asiáticas têm uma rotina bem diferente. Além de serem as maiores após as norte-americanas, como vimos anteriormente, elas ainda têm um horário reduzido de negociações e param para o almoço.

A Bolsa de Shangai começa a operar às 09h30 (considere o fuso-horário), para às 11h30, retorna às 13h e encerra às 15h. Já a Bolsa de Hong Kong inicia as negociações às 10h, fecha das 12h30 às 14h30 para almoço e desliga a luz às 16h. A Bolsa japonesa começa às 09h e para das 11h às 13h, retornando após isso para fechar às 15h. Ou seja, trocando esses expedientes todos em miúdos: as Bolsas asiáticas operam somente quatro horas por dia e ainda não ficam de barriga vazia, já que têm duas horas de almoço cada. Dá até para fazer um Tai Chi no parque antes de voltar. E de lambuja ainda saem na frente inclusive das Bolsas europeias, que ficam o dia todo ligadas.

3. Uns dizem que é mito, outros que é fato: o Touro de Wall Street pode fazer seus rendimentos na Bolsa aumentarem, mas primeiro você precisa…

Como comentamos anteriormente, a NYSE é a maior Bolsa de Valores do mundo e isso por si só já é bem surpreendente, se não fosse outro fato inusitado que circunda a região em que ela está localizada: turistas do mundo todo vão à cidade de Nova Iorque para visitar o famoso Touro de Wall Street (que ironicamente não fica em Wall Street, mas em uma praça próxima, a Bowling Green) e tocar os órgãos genitais e os chifres da escultura de bronze. Segundo a tradição, fazer isso pode aumentar consideravelmente os seus rendimentos na Bolsa.

A Charging Bull, nome oficial da escultura, que significa algo como “Touro em Investida”, tem 3,5 toneladas e foi colocada em 1989 no distrito financeiro de Manhattam para demonstrar o poder e a força de recuperação dos norte-americanos após o crash da bolsa de valores nova-iorquina de 1987. Desde sua primeira aparição, o Dow Jones, principal índice de ações nova-iorquino, já subiu mais de 900%.

Inicialmente, a escultura foi colocada em frente à NYSE, mas a polícia a levou embora sob o pretexto de que ninguém havia pedido permissão para colocar ela ali. Porém, ela já havia ganhado os holofotes e conquistado fãs, portanto foi inevitável não voltar para o espaço público, dessa vez na praça próxima à Bolsa norte-americana.

Mas, antes de sair correndo comprar sua passagem para ir verificar se é mesmo um fato ou um mito essa história de tocar os genitais da escultura para ter um up nos investimentos, continue a leitura, porque há muito mais informações interessantes.

4. Falando em touro, a analogia do touro e do urso no mercado de ações pode ter uma explicação bem triste

Se você acompanha os fechamentos dos mercados diariamente, já deve ter visto duas figuras duelando: o touro e o urso. Eles representam, na verdade, o humor dos investidores, sendo o touro um indicativo de sentimento positivo no dia e, consequentemente, de alta dos papéis, e o urso o contrário disso, representando a redução de apetite financeiro dos investidores e a queda das ações ou realização de lucros.

A explicação é muito simples: o touro chifra de baixo para cima (daí a analogia de ele impulsionar a subida do mercado), enquanto o urso golpeia com suas patas de cima para baixo. Com certeza você imaginou essas duas cenas que acabamos de descrever, certo? Mas agora pense esses dois animais duelando não mais no mercado de ações, e sim na vida real. Inimaginável? Horrendo? Triste?

Pois essa pode ser a grande verdade por trás da analogia romantizada moderna que conhecemos. Houve brigas de touro e ursos na Califórnia, e elas eram realizadas aos domingos, após a missa – acredita? Na verdade, eram grandes festanças na cidade e reuniam multidões. Isso explica o fato de atualmente os ursos serem extintos na Califórnia e é ainda mais intrigante saber que a bandeira oficial desse Estado leva justamente o urso-cinzento californiano estampada.

=> Veja um vídeo especial da ADVFN sobre outras analogias com animais que representam perfis de investidores e situações do mercado. 

5. Triste também é saber que o Brasil já teve 27 Bolsas de Valores e hoje há apenas uma

E não faz tanto tempo assim que nosso país contava com uma Bolsa em cada Estado. Até 1960 era essa a realidade do nosso mercado de ações. Porém, as Bolsas pertenciam aos governos estaduais e inclusive os corretores só podiam ser nomeados pelo poder público.

Se pensarmos que o brasileiro nunca foi um povo culturalmente investidor, podemos dizer que essa quantidade de Bolsas era muito cacique para pouco índio. As maiores eram as de São Paulo e do Rio de Janeiro e, com o passar do tempo, foi natural as outras irem se integrando a estas. No fim, ficou apenas a de São Paulo, nossa Bovespa.

E aí está mais uma curiosidade: embora todos chamem a Bolsa brasileira de Bovespa, a Bovespa mesmo não existe mais. Agora é B3 – portanto, se não quer ser o tiozão que ficou pra trás no tempo, é bom anotar isso.

O lado triste de haver apenas uma Bolsa é que justamente por isso ela não tem concorrentes e pode praticar o preço que bem entender nas operações, e cobrar do investidor o quanto bem entender também. Inclusive, segundo analistas do mercado, as taxas cobradas pela nossa Bolsa estão entre as maiores do mundo! Embora tenha deixado de ser assumida pelo governo, continua sendo um monopólio.

Estudos sobre a possibilidade de haver mais uma Bolsa no Brasil já foram feitos, inclusive encabeçados pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários, o órgão que supervisiona a B3), mas chegou-se à conclusão de que uma já tem poucos investidores e IPOs, imagina a questão de volume e liquidez se houvessem outras… Portanto, não temos tanta demanda para que haja uma nova oferta de Bolsa no mercado brasileiro, apesar das altas entradas recentes de novos investidores. E sobre isso vale conferir o fato a seguir.

6. “Olá! No vídeo de hoje…” – novos investidores da B3 aprendem a investir com os YouTubers

Na verdade, com os YouTubers e os influenciadores digitais. Em terceiro lugar vêm as dicas dos amigos. Foi a essa conclusão que chegou uma pesquisa realizada pela B3 no fim de 2020. O público-alvo do estudo foram os novos investidores que entraram para a Bolsa entre maio de 2019 e outubro de 2020 e que, em sua maioria, são jovens entre 25 e 34 anos de idade (42% dos entrevistados) e de 18 a 24 anos (26%), seguidos daqueles com idade entre 35 e 44 anos (22% dos participantes). Isso justifica o fato de estarem tão conectados assim com os canais do YouTube, as plataformas on-line e até mesmo com os coleguinhas pelas mídias sociais.

E tem mais um detalhe importante revelado na pesquisa: 35% dos entrevistados disseram investir baseados em recomendações feitas justamente por esses canais digitais, enquanto 10% revelaram seguir o que recomendam seus assessores e corretores financeiros.

=> Quer um canal do YouTube para seguir? Acesse o da ADVFN, que tem ótimo conteúdo, é cheio de informação relevante e inteligente. 

7. Foi observando a volatilidade de uma ação que um homem descobriu a composição da bomba de hidrogênio – e não, ela não leva apenas hidrogênio

Além de hidrogênio, a bomba leva também lítio na composição, mas os físicos dos EUA na década de 1950 foram proibidos de divulgar essa composição enquanto criavam a bomba termonuclear.

Só que um professor de economia percebeu que uma empresa parecia estar com suas ações subindo fortemente e sem uma explicação aparente. Foram nada menos de 461% de valorização dos papéis da Lithium Corp somente durante o primeiro ano de pesquisa feita pelos físicos norte-americanos. O professor até tentou publicar a descoberta dessa correlação, mas foi impedido pelo governo – o que foi bom, de certa forma, porque confirmou a teoria dele.

Só muito mais tarde ele conseguiu revelar a descoberta, mas daí já era tarde.

8. Mais um gênio na área: Isaac Newton – mas esse perdeu dinheiro em ações, acredita?

Isaac Newton presenciou a Lei da Ação e Reação e a Lei da Inércia no mercado de ações.

Embora muitos pensem que a primeira bolha financeira tenha sido a das pontocom em 2001, na verdade ela veio muito antes, em 1720, conhecida como a Bolha do Mar do Sul. Mas, para entender isso e a relação com Isaac Newton, precisamos entender a história.

A South Sea Company foi uma empresa comercial do Reino Unido que tinha entre seus objetivos usar os lucros para abater dívidas do governo. As pessoas estavam confiantes na empresa, afinal o rei era também o governador dela.

Isso por si só já foi um grande chamariz para as ações da companhia, porém o governo manipulava registros contábeis (sim, não é de hoje que as empresas fazem isso), falsificava ações e até doava algumas para grandes figuras da época, a fim de que elas fizessem um marketing para levar mais e mais pessoas a comprarem os papéis da companhia.

Isaac Newton foi uma delas, que teve a ação de comprar os papéis da South Sea Company e, como reação, em menos de um ano ver o valor deles duplicar. Ele realizou os lucros e embolsou uma grana boa. Em vez de ficar na inércia após isso, resolveu tomar nova ação e comprar mais, porém a reação foi outra. Quando as ações chegaram no topo, todos queriam vender para realizar lucros, e isso fez com que houvesse um forte declínio no preço, levando muita gente à falência.

Sir Isaac Newton perdeu 3 milhões de libras nessa e preferiu usar a inércia toda vez que alguém falava em “mar do sul” perto dele, já que toda ação tem uma reação oposta, mas de igual intensidade e as penalidades por crimes de agressão no Reino Unido eram altas.

9. Não são como as ações da South Sea Company no passado, mas também tem muita gente de olho hoje: o papel mais caro do mundo

O prêmio de ação mais cara vai para a empresa do maior bebedor de Coca-Cola do mundo: Warren Buffett. O maior investidor de todos os tempos tem 90 anos, mas toma a famosa bebida todos os dias. Porém, não estamos aqui para falar da dieta de Buffett, e sim para revelar que a ação mais cara do mundo pertence à empresa dele, que justamente investe nessa grande empresa e em muitas outras, como Apple, Duracell, American Express, Bank of America.

As ações da Berkshire Hathaway, comandada por Buffett, atualmente são vendidas por mais de US$ 428.400 cada, sendo a mais cara da NYSE e do mundo. E falando nessa Bolsa, vamos engatar em mais uma curiosidade? Poucas pessoas sabem que ela teve outro nome durante mais de 70 anos.

Em 1792, um grupo de comerciantes aderiu e assinou o Acordo de Buttonwood. Esse acordo levou à criação do New York Stock & Exchange Board. Somente em 1863 eles mudaram o nome para Bolsa de Valores de Nova Iorque (NYSE). É por isso que, às vezes, ela é chamada também de Big Board.

=> Saiba mais sobre a vida pessoal, profissional e de investimentos de Warren Buffett clicando aqui.

=> Veja como Buffett faz a análise de ações das empresas nas quais investe! Acompanhe a resenha do livro Warren Buffett e a análise de balanços

10. Falando em livro, o primeiro sobre investimentos no mundo tem um nome bem sugestivo e foi leiloado por US$ 29 mil

O livro de investimentos mais antigo do mundo data de 1688, enquanto a primeira Bolsa de Valores surgiu por volta de 1531, na Bélgica (embora até hoje ainda não haja consenso sobre isso). Ou seja, mais de um século e meio depois é que surgem as primeiras obras abordando o assunto. E que nome você daria para o precursor dos nossos livros de investimentos?

O Confusión de Confusiones (Confusão de Confusões, em tradução livre), de Joseph De La Vega, é um livro espanhol sobre especulação e investimento – nome bem sugestivo, não é? Um exemplar da primeira edição foi vendido por US$ 29 mil e em 2018 foi aberto um leilão que estimava arrecadar até US$ 300 mil com a venda de outro. Na verdade, o leilão ainda está aberto desde aquela época, porém o preço de lance no site da vendedora de manuscritos e obras raras on-line Sotheby’s está em US$ 375 mil. Se você gosta dos clássicos, é uma boa oportunidade de adquirir.

Entre os conselhos que o livro traz, quatro deles são destaques:

  1. Nunca aconselhe ninguém a comprar ou vender ações, assim como nunca dê ouvidos a conselhos para escolher ações.
  2. Aceite seus lucros e seus arrependimentos. Ao especular, você perde algum dinheiro e precisa estar preparado.
  3. O lucro no mercado de ações é um “tesouro goblin”. Ou seja, às vezes o lucro é muito alto, às vezes é muito baixo.
  4. Quem deseja enriquecer deve ter dinheiro e paciência.

Um livro com mais de 300 anos ainda é muito aplicável ao mercado de ações de hoje.

E aí, gostou de conhecer essas curiosidades? Comenta aqui embaixo e aproveite para compartilhar esse conteúdo com seus amigos! Aproveitem e ótimo$$ investimento$$!

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