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Petrobras (PETR4): lucro líquido de R$ 42,855 bilhões no 2T21, revertendo prejuízo

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A Petrobras registrou lucro líquido de R$ 42,855 bilhões no segundo trimestre de 2021, revertendo o prejuízo de R$ 2,71 bilhões registrado no mesmo período do ano passado. Com relação aos primeiros três meses deste ano, quando o lucro líquido foi de R$ 1,167 bilhão, a alta foi de 3.572,2%.

A companhia aponta que o número refletiu maiores margens de derivados, maiores volumes de vendas de óleo e derivados no mercado interno e de exportações, ganhos cambiais devido à valorização do real frente ao dólar e ganhos de participações em investimentos, principalmente devido à reversão de impairment da BR Distribuidora (BRDT3), refletindo a precificação da oferta pública de ações.

O número foi bem acima do esperado pelo mercado. A média das projeções dos analistas apontava para um lucro líquido de R$ 30,67 bilhões, segundo dados compilados pela Refinitiv.

O Ebitda – lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações – ajustado ficou em R$ 61,93 bilhões, o que representa avanço de 147,9% na comparação anual. Na comparação trimestral, a alta foi de 26,5%. O número também ficou acima da projeção Refinitiv, que era de R$ 54,7 bilhões. O Ebitda ajustado recorrente, por sua vez, atingiu R$ 60,033 bilhões, em alta de 239,1% na base anual e de 25,7% na comparação com o primeiro trimestre deste ano.

Segundo a companhia, o número reflete: (a) a valorização dos preços do Brent, (b) as maiores margens de derivados, (c) aumento do volume de vendas no mercado interno e das exportações e (d) ganho complementar com a exclusão do ICMS da base de cálculo do PIS/COFINS.

A receita líquida no segundo trimestre de 2021 somou R$ 110,7 bilhões. O número foi 117,5% superior na comparação anual e 28,5% acima na comparação com os primeiros três meses de 2021.

O resultado ocorre principalmente devido à valorização de 13% nos preços do brent e ao aumento do volume de vendas de derivados no mercado interno e das exportações.

No segundo trimestre de 2021, a receita com exportações foi de R$ 33,6 bilhões, 47,2% superior ao primeiro trimestre, refletindo o aumento nos preços do brent e o maior volume exportado, fruto da maior realização de estoques em andamento do primeiro trimestre de 2021 e da menor carga processada nas refinarias devido às paradas programadas para o trimestre.

A receita de derivados no mercado interno atingiu R$ 63,8 bilhões, aumento de 22,6% na comparação trimestral, refletindo os maiores preços praticados e o crescimento de 5,5% do volume de vendas, principalmente de diesel e gasolina.

A receita com gás natural foi de R$ 7,0 bilhão (23,4% superior na base trimestral) devido à maior demanda do mercado não
termelétrico e à atualização trimestral dos contratos de venda. “Em termos da composição da receita no mercado interno, o diesel e a gasolina continuaram sendo os principais produtos, respondendo juntos por 73% da receita nacional de vendas de derivados de petróleo no segundo trimestre de 2021”, apontou a companhia.

No período, o custo dos produtos vendidos aumentou 27,4% quando comparado ao primeiro trimestre de 2021, devido principalmente ao maior volume de vendas e à maior participação do óleo e derivados importados no mix de vendas. Além disso, a valorização dos preços do Brent contribuiu para os maiores gastos com participações governamentais e importações.

As despesas com vendas foram 10,5% superiores ao primeiro trimestre, devido ao aumento dos gastos logísticos atrelados às exportações, em razão dos maiores volumes exportados, com destaque para o petróleo.

As despesas gerais e administrativas diminuíram 8,4% devido à maior recuperação de gastos junto aos parceiros e menores gastos com serviços de terceiros. As outras despesas operacionais atingiram R$ 478 milhões no segundo trimestre, 68,8% menor que nos primeiros três meses de 2021, devido ao ganho complementar com a exclusão do ICMS da base de cálculo do PIS/COFINS de R$ 2,5 bilhões e maior resultado com operações de parcerias de exploração e produção, compensado parcialmente por perdas com contingências.

O resultado financeiro do segundo trimestre foi positivo em R$ 10,8 bilhões comparado à despesa de R$ 30,7 bilhões do primeiro trimestre de 2021. Este resultado reflete os ganhos cambiais, sem efeito caixa, relacionados à valorização do real de 12,2% em relação ao dólar e a atualização monetária referente ao ganho complementar da exclusão do ICMS da base de cálculo do PIS/COFINS.

No trimestre, a gestão dos passivos resultou em maior despesa com ágio de recompra de R$ 2,5 bilhão e custo de transação de R$ 1,3 bilhão refletindo à melhora do nosso risco de crédito e maior volume de recompra, afirmou a companhia.

“Encerramos o segundo trimestre de 2021 com uma exposição cambial de R$ 167,8 bilhões comparado a R$ 198,6 bilhões no primeiro trimestre, destacando-se a menor exposição passiva em dólar”, apontou a estatal.

Investimentos e endividamento

No trimestre, os investimentos totalizaram US$ 2,4 bilhões, 23,6% acima na base anual.

Os investimentos no segmento de Exploração e Produção totalizaram US$ 1,9 bilhão, sendo aproximadamente 60% em crescimento. Os investimentos concentraram-se principalmente: (i) no desenvolvimento da produção em águas ultra-profundas do pólo pré-sal da Bacia de Santos (US$ 0,9 bilhão); (ii) investimentos exploratórios no pré e pós-sal (US$ 0,2 bilhão) e (iii) desenvolvimento de novos projetos em águas profundas (US$ 0,1 bilhão).

No segmento de Refino, Transporte e Comercialização os investimentos totalizaram US$ 254 milhões no trimestre, sendo aproximadamente 27% investimentos em crescimento. Já no segmento Gás e Energia os investimentos totalizaram US$ 94 milhões no 2T21, sendo aproximadamente 58% investimentos em crescimento.

Os recursos gerados pelas atividades operacionais foram 41% superiores ao primeiro trimestre de 2021, alcançado R$ 56,6 bilhões. O fluxo de caixa livre foi de R$ 48,6 bilhões.

Este nível de geração de caixa, juntamente com a entrada de recursos dos desinvestimentos de R$ 1,7 bilhão e caixa e equivalentes de caixa, foram utilizados: (a) para pagar dívidas antecipadamente e amortizar o principal e juros devidos no período (R$ 55,7 bilhões) e (b) para amortizar passivos de arrendamento (R$ 7,5 bilhões), reduzindo a dívida bruta para R$ 318,6 bilhões (US$ 63,7 bilhões); e (c) para realizar investimentos de R$ 7,9 bilhões.

“Não obstante o foco em reduzir o endividamento, o elevado nível de geração de caixa permitiu à companhia aprovar a antecipação do pagamento de remuneração ao acionista referente ao exercício de 2021 no montante de R$ 31,6 bilhões (US$ 6 bilhões)”, destacou.

A estatal informou que, no trimestre, liquidou diversos empréstimos e financiamentos, no valor de R$ 55,7 bilhões, destacando-se: (a) o pré-pagamento de R$ 14 bilhões de empréstimos no mercado bancário nacional e internacional; (b) a recompra de R$ 29 bilhões de títulos no mercado de capitais internacional, com o pagamento de ágio no valor de R$ 3,5 bilhões; e (c) pré-pagamento total das linhas com agências de crédito à exportação, no montante de R$ 1,8 bilhão.

A companhia emitiu R$ 7,3 bilhões em títulos no mercado de capitais internacional, com prazo de vencimento em 2051 e conseguiu a menor taxa de retorno (yield) de uma emissão na história da Petrobras para um título de 30 anos, apontou.

“A geração de caixa e contínua gestão da dívida têm permitido a redução da dívida bruta, que alcançou US$ 64 bilhões em 30 de junho de 2021, 10,3% inferior a 31 de março de 2021 e abaixo da meta estabelecida para o ano de 2021, principalmente em função de pré-pagamento de dívidas”, destacou.

A relação entre dívida Bruta e o Ebitda ajustado diminuiu de 2,47 vezes em 31 de março de 2021 para 1,78 vez em 30 de junho de 2021.

A dívida líquida reduziu 8,8%, atingindo US$ 53,3 bilhões. A relação entre dívida líquida e o Ebitda ajustado diminuiu de 2,03 vezes em 31 de março de 2021 para 1,49 vez  em 30 de junho de 2021, a melhor marca registrada desde o terceiro trimestre de 2011, quando os arrendamentos ainda não faziam parte do endividamento, apontou a empresa.

Os resultados da Petrobras (BOV:PETR3) (BOV:PETR4) referente suas operações do segundo trimestre de 2021 foram divulgados no dia 05/08/2021. Confira o Press Release completo!

Teleconferência

A Petrobras enxerga espaço para uma eventual distribuição adicional de dividendos, segundo o diretor financeiro da companhia, Rodrigo Araújo. “A depender da geração de caixa e eventuais desinvestimentos, estaremos sempre olhando espaço para distribuição adicional. Não há compromisso com isso, mas é algo que estaremos monitorando”, disse.

Ontem, a estatal anunciou que aprovou o pagamento de duas antecipações da remuneração aos acionistas referentes ao ano de 2021, no valor total de R$ 31,6 bilhões. Segundo Araújo, além de eventuais pagamentos adicionais aos acionistas, a estatal também tem interesse em continuar com as operações de alongamento da dívida a custos menores, de modo a reduzir a alavancagem.

O novo plano de negócios da empresa para o período de 2022 a 2026 entre novembro e dezembro, disse Araújo. De acordo com o executivo, a companhia discute como atuar na transição energética garantindo geração de valor, mas a diversificação rentável de portfólio ainda é um desafio. “Nossa maior meta é garantir geração de valor, qualquer movimento de diversificação de portfólio será amparado em resiliência e rentabilidade”, disse Araújo. O diretor destacou que a companhia já está investindo no desenvolvimento de novos produtos que podem ter espaço em meio à transição para uma economia de baixa emissão de carbono, como diesel renovável e o bioQAV (querosene de aviação).

A estatal pretende trabalhar com um custo de extração de US$ 5 a US$ 6 o barril de óleo equivalente em seus novos projetos, informou o diretor de exploração e produção da Petrobras, Fernando Borges, durante teleconferência com analistas e investidores. No primeiro semestre, a petroleira alcançou os US$ 4,9 por barril. Segundo ele, os números refletem a revisão de portfólio da empresa, que busca que Petrobras esteja em negócios compatíveis com o seu tamanho.

Iniciativas

De acordo com Fernando Borges, a lógica de atuar em parcerias está em linha com o plano estratégico da companhia. A Petrobras avalia participar do segundo leilão dos volumes excedentes da cessão onerosa em dezembro em parceria com outras companhias.

“Estamos buscando atuar em parcerias, uma vez que temos a oportunidade de dividir riscos, custos e bônus. Com isso, conseguimos estar presentes num maior número de projetos, com uma fatia significante. Quando temos bons parceiros, eles nos demandam fazer o melhor projeto para aquela oportunidade. Poder estar em mais jazidas é melhor, e ter o conhecimento dos sócios alavancando os projetos, melhor ainda”, disse Borges.

De acordo com o diretor de desenvolvimento da produção da estatal, João Rittershaussen, a previsão é que os ativos entrem em operação em 2026. Rittershaussen também afirmou que a companhia vai contratar a rota tecnológica para viabilizar a produção no campo de Júpiter, localizado na concessão BM-S-24, no pré-sal da Bacia de Santos.

Um teste de formação concluído em 2020 na área confirmou a presença de óleo condensado de qualidade, mas indicou um elevado teor de CO2. Com isso, a companhia pretende aplicar tecnologias de separação em alta pressão para sua produção comercial.

Segundo o executivo, 2021 será “um ano de transição” para a companhia.

Investimentos

Araújo afirmou ainda que a Petrobras poderia aumentar o volume de investimentos em seu próximo plano de negócios, para o período de 2022 a 2026, mas não seria um crescimento “substancial”. Segundo ele, o novo plano deve ser apresentado em novembro ou dezembro.

“Não esperamos grandes mudanças em termos da estratégia geral. É claro que a transição energética é um grande tema e queremos dar os próximos passos em relação a estratégia para isso. Queremos ser uma companhia com resiliência de custos e focada nos projetos que tenham resiliência aos baixos preços do barril”, disse o diretor.

VISÃO DO MERCADO

Ativa Investimentos

Apresentando um topline 12,8% superior às nossas expectativas devido a evolução nos volumes de vendas de derivados e ao aumento do preço do Brent, custos 17,3% maiores em decorrência do aumento da participação de derivados no mix de vendas e despesas operacionais menores em meio à queda de G&A e a exclusão de ICMS da base do PIS/COFINS, Petrobras registrou uma margem Ebitda recorrente 5,8% p.p. superior às nossas expectativas.

Diante de redução de U$D 7,3 bi de dívidas, da queda de 0,54 p.p. QoQ da alavancagem e do anúncio de antecipação de U$D 6 bi em dividendos, acreditamos que a recepção dos resultados por parte do mercado se dará de forma positiva.

BB Investimentos

A empresa se colocou em uma condição muito mais favorável com o atual patamar de endividamento, já que o resultado financeiro do trimestre atual colaborou para uma melhor margem líquida. Por outro lado, em nossa opinião, a força do resultado da área de Refino demonstra a representatividade desse segmento, e nos leva a questionar o potencial de rentabilidade com apenas metade do parque de refino, caso todas as refinarias anunciadas sejam vendidas.

Em relação ao anúncio de antecipação de dividendos, se, por um lado, é favorável para o investidor passar a receber os frutos de condições financeiras tão favoráveis, por outro, podemos refletir sobre a estratégia de alocação de capital da companhia.

Em nossa visão, os recursos dos dividendos poderiam, em tese, ser utilizados para deixar de vender alguns ativos estratégicos, bem como para investir em energias renováveis. Com isso, a empresa poderia focar na perenidade e diversificação de receitas futuras, ao invés de privilegiar uma distribuição no curto prazo, considerando que a divida já está chegando em patamar confortável.

Como contraponto, as seguidas quedas nos custos de extração têm deixado o pré sal cada

A Petrobras apresentou números positivos no trimestre, com destaque para a forte geração de caixa e para a queda no endividamento. Seguimos otimistas com o papel, considerando: as boas condições no mercado internacional de petróleo; as perspectivas de aumento da produção; as seguidas reduções nos custos de extração (efeito diluição pelo aumento de volumes e concentração no pré-sal); e as boas perspectivas de dividendos que já estão presentes neste ano, e devem seguir atrativas, dada a combinação de queda no endividamento, elevado patamar de geração de caixa e nova política de dividendos entrando em vigor.

Ajuda, ainda, o fato de entendermos existir também um desconto em relação aos múltiplos baixos: o EV/EBITDA 2022E em 3,9x, ante pares em 4,2x.

Os riscos de nossa tese de investimento incluem, entre outros: quedas adicionais nos preços do petróleo devido às novas ondas de contágios do coronavírus; mudanças na política de preços da empresa; risco de execução de projetos em andamento e futuros; resultado desfavorável de discussões judiciais, inclusive tributárias e trabalhistas; e volatilidade cambial.

BB Investimentos tem recomendação compra e mantém preço-alvo em R$ 36,00…

BTG Pactual 

Os resultados foram outra prova do cenário favorável do setor, já que os preços do Brent melhoraram 13% t/t, as vendas e os volumes de produção se recuperaram e o real permaneceu relativamente fraco. O custo de extração de US$ 6,4/bbl ficou 4% abaixo de nossa estimativa e ajudou a explicar os números melhores que o esperado, mas o segmento de R&M (Refino, Transporte e Comercialização) foi a principal surpresa visto que os custos de refino que ficaram 11% abaixo da expectativa (ajudados por ganhos de estoque que explicam quase inteiramente o EBITDA acima das projeções) e preços realizados que foram 3% acima, apesar do aparente desconto para o IPP.

Com base nos resultados reportados do 1S21 e nossas expectativas para o 2S22, o dividendo anunciado é equivalente a 41% dos lucros de 2021E, que está acima do pagamento mínimo com base na política de dividendos atual. Ainda vemos PETR capaz de ultrapassar o limite de dívida de US$ 60 bilhões antes do final do ano, sugerindo que a mensagem do CFO de tornar “este pagamento mais consistente ao longo do tempo” pode efetivamente se traduzir em níveis de ~10- 15% de dividend yield com base nos resultados do ano inteiro.

Desnecessário dizer que esperamos que a ação reaja (muito) bem. Mas, de muitas maneiras, esses resultados e dividendos atestam mais o que a PETR tem feito desde 2016 do que o que pode fazer daqui para frente.

Os resultados operacionais devem permanecer fortes, a menos que o cenário atual de maior Brent e a produção focada no pré-sal mude, e a administração permaneça firme sobre como evitar mudanças estratégicas drásticas. Mas refletir tudo o que Petrobras (PETR4): Resultado do 2T21 foi dito acima no preço das ações só fará sentido se os investidores criarem confiança de que eles permanecerão.

Um pouco mais de um ano antes de um ciclo eleitoral, e com bastante escrutínio político em torno da política de preços e vendas de ativos da PETR, acreditamos que o fluxo de caixa implícito e os dividend yields permanecerão altos e bem acima de seus pares globais.

A próximos anos. administração tem sido inteligente ao tentar dar às partes interessadas uma noção de quanta contribuição a PETR tem dado à sociedade, mas não temos certeza se isso será suficiente.

A ação parece inegavelmente barata, mas o ruído envolvendo a interferência no preço do combustível (e agora também o GLP), bem como a extensão do prazo de venda das refinarias, ainda nos deixa céticos de que os investidores pagarão pelo re-rating que um operador totalmente independente mereceria.

BTG Pactual tem recomendação neutra com preço-alvo de R$ 36,00…

Genial Investimentos

Empresa reportou números muito acima do consenso em termos recorrentes. O Ebitda no trimestre foi de R$61,9 bilhões (vs. consenso de R$ 53 bi) devido à recuperação dos preços do petróleo (US$ 68,8 vs US$ 29,2) e aumento no volume de vendas de derivados no mercado interno e exportações.

O endividamento líquido ficou em US$ 53 bilhões, implicando em um índice dívida líquida/Ebitda 12M de apenas 1,5x. A geração de caixa operacional ex-investimentos recorrentes no trimestre foi de R$ 48,6 bi – considerando a geração de caixa do 1S21 da empresa foi de R$ 84 bilhões, representando c. 24% do valor de mercado da empresa.

Vemos o anúncio da antecipação do pagamento de dividendos no valor de R$ 31,6 bilhões (R$ 2,42/ação), implicando em um rendimento de 9% em relação às cotações atuais.

Pontos Positivos 

  • Empresa em um bom momento operacional;
  • Queda no endividamento pode transformar a empresa em uma boa pagadora de dividendos;
  • Geração de caixa muito expressiva em relação às cotações atuais.

Pontos Negativos  

  • Os dividendos foram pagos mesmo sem a empresa alcançar o guidance de endividamento (US$ 60 bilhões de dívida bruta);
  • Proximidade das eleições pode aumentar volatilidade na ação.

Goldman Sachs 

A Petrobras divulgou um resultado financeiro positivo no segundo trimestre, na avaliação do Goldman Sachs, sustentado no bom resultado operacional e com a alta nos preços do petróleo internacional. O Ebitda ajustado de R$ 55,4 bilhões, excluindo estoques, veio 9% acima do que projetava o banco.

Os analistas Bruno Amorim e João Frizo chamam a atenção para o anúncio do pagamento antecipado de R$ 31,6 bilhões em dividendos, um rendimento implícito de 9%, o que é positivo.

“Apesar de continuarmos enxergando riscos na implementação da política de preços, acreditamos que a antecipação do dividendo será bem recebida”, diz o relatório. O banco destaca que os proventos não devem afetar a saúde financeira e o projeto de redução de dívida da estatal.

Eles notam que se a Petrobras reduzir sua posição de caixa para US$ 6 bilhões, a dívida bruta cairia mais sem comprometer o fluxo futuro. “A dívida bruta alcançou US$ 63,7 bilhões no trimestre, com posição em caixa de US$ 10,4 bilhões, mostrando uma geração positiva de fluxo de caixa livre”, escrevem os analistas.

Goldman Sachs tem recomendação neutra com preço-alvo de R$ 28,10…

Itaú BBA

A Petrobras reportou um crescimento de 28,5% (vs. 1T21) na receita líquida, que atingiu R$ 110,7 bilhões no 2T21. O crescimento foi impulsionado principalmente pela valorização de 13% nos preços do petróleo (Brent) e ao aumento do volume de vendas, tanto de derivados no mercado interno quanto das exportações de óleo cru.

O maior preço do Brent e melhores margens nos derivados levaram a um aumento de 25,7% no Ebitda em relação ao trimestre anterior, que atingiu R$60 bilhões no 2T21. A forte geração de caixa operacional no período, bem como o câmbio favorável no final do trimestre levaram a uma significativa redução da dívida líquida no período, que combinada com o maior Ebitda possibilitou à Petrobras uma redução da alavancagem de 2,2x para 1,4x no 1T21 (ou 1,49x se calculada em US$).

A Petrobras também anunciou o pagamento de dividendos extraordinários de R$ 31,6 bilhões na noite de ontem. Se ajustarmos a dívida líquida do 1T21 para incluir o pagamento, ela atingiria ~1.6x (ou ~1,7x se calculada em US$).

Mirae Asset 

A retomada da economia doméstica ao longo dos últimos seis meses levou a um aumento gradual da demanda por combustíveis. No 2T21 ocorreu redução de produção de petróleo pela empresa, por conta de paradas de manutenção, mas houve continuidade da participação de petróleo extraído do pré-sal, na faixa de 70% de todo petróleo produzido, o que se mostra positivo.

A Petrobras está conseguindo reduzir ainda mais seu custo de exploração. Por conta deste fator, associado a outras medidas para reduzir despesas, mostrou forte evolução de sua margem Ebitda, que saiu de 43% no 2T20 para 56% no 2T21. A China continuou sendo seu principal cliente, mas reduziu sua participação na exportação no trimestre.

O resultado superou as expectativas, mas foi influenciado por ganhos não recorrentes. Seguimos otimistas com a empresas e aguardamos que o novo CEO da Petrobras mantenha a política de paridade de preços internacionais que vinham sendo praticadas e o programa de desinvestimentos, conforme anunciado. Seguimos com recomendação de compra para suas ações, que são negociadas atualmente a um indicador EV/Ebitda 21 de 3,6x e PL21 de 7,5x.

A nossa visão para a Petrobras ainda é de uma profunda transformação no médio prazo, com a venda maciça de ativos que não fazem mais parte do planejamento estratégico e foco na aceleração da produção de petróleo no pré-sal e no fornecimento de gás para o que o governo chama de choque energético no país.

O programa de desinvestimentos deixa claro que a busca por ativos de exploração em águas profundas, cujo custo de extração é o mais baixo entre as diferentes modalidades.

Mirae Asset tem recomendação de compra com preço-alvo de R$ 24,02…

Safra 

O banco Safra avalia que os bons resultados da Petrobras no segundo trimestre sinalizam perspectivas positivas e as ações preferenciais (PN) têm um potencial de dividendos de dois dígitos nos próximos dois anos.

Em relatório, os analistas destacaram o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) da companhia do primeiro trimestre, no qual chegou a R$ 61,94 bilhões, salto de 147,9% na comparação anual.

“O Ebitda recorrente foi de R$ 60 bilhões, 26% superior ao trimestre anterior, apoiado por maiores preços e volumes. Foi 18% maior do que nossa projeção, com a maior diferença no negócio de refino, pois subestimamos o efeito do giro de estoque e superestimamos as despesas operacionais”, avaliam.

Os analistas do Safra ressaltam que a Petrobras tem como pontos positivos a sólida geração de fluxo de caixa e seu plano estratégico é um bom sinal e indica que a empresa vai concentrar esforços nos principais direcionadores de valor.

Entre os riscos de investir nas ações PN, eles reforçam não verem uma privatização da companhia em andamento no curto prazo, o risco de ingerência política e outra greve de caminhoneiros também é uma preocupação, porém, sem refletir no preço-alvo.

Safra mantêm recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 38,00…

* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Estadão, Reuters

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