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Índice de Basileia: entenda o indicador que pode ajudá-lo a escolher o melhor banco

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Índice de Basileia ou, simplesmente, Basileia: Para quem procura entender o mercado de capitais, este é um indicador fundamental na hora de buscar o melhor banco para abrir conta corrente, investir ou até mesmo comprar ações de instituições financeiras negociadas na B3.

E sabe por que o Índice de Basileia é tão importante? Porque este indicador mede, nada mais nada menos, do que a solvência dos bancos, e dá ao mercado o tamanho do risco de a instituição, em futuro próximo, ter ou não capacidade de honrar com todas as suas obrigações.

E o que é solvência bancária? Um banco, ou qualquer empresa, pode ser considerado solvente quando tem ativos maiores do que os passivos. Ou seja: quando o banco tem como soma de todos os ativos, mobilizados ou imobilizados, incluindo o caixa (ativo circulante) e o valor de suas próprias ações, mais do que obrigações a cumprir como devedor.

Quando ocorre o oposto (passivos maiores do que ativos), o banco passa a ser insolvente e, pelas regras brasileiras, sofre intervenção do Banco Central, que monitora de perto o mercado. Na intervenção, nomeia-se um administrador independente para colocar a instituição novamente em ordem.

Caso seja impossível atingir novamente a solvência, o banco é liquidado e os depósitos dos correntistas em valores até R$ 250 mil (incluindo conta corrente, poupança, CDBs e outros títulos emitidos pelo próprio banco) são pagos pelo Fundo Garantidor de Créditos, no caso de o banco ser associado.

Embora seja muito raro que isso ocorra, o melhor, para ficar tranquilo, é acompanhar a evolução do Índice de Basileia do banco (ou bancos) em que você deposita seu dinheiro. 

De onde surgiu este índice?

Para criar um padrão internacional eficiente para medir a solvência dos bancos, foi criado o Índice de Basileia. Sabe aquele indicador que qualquer correntista ou investidor entenderá com facilidade para saber se o banco é bom e se vale a pena depositar nele seus recursos? Sim, é ele!

Vamos contar um pouco da história deste índice que hoje é um dos mais importantes do mercado financeiro mundial. O que conhecemos hoje como Índice de Basileia é, na verdade, a 3ª versão aprimorada do indicador, ou Basileia III.

Tudo começou em 1974 quando, para estabelecer padrões que pudessem evitar problemas no mercado financeiro mundial, as dez nações mais ricas do mundo criaram, na cidade suíça de Basileia, um comitê internacional que tem até hoje o objetivo de criar padrões cada vez mais seguros de estabilidade financeira global e de supervisão do segmento bancário. Na época, não havia qualquer padrão mundial que pudesse balizar os investidores em suas decisões. Com a globalização, esse acompanhamento se tornou ainda mais importante.

O primeiro Acordo de Basileia, também conhecido como Basileia I, foi emitido durante o encontro do Comitê de 1988 e acabou sendo assinado por 100 países. Chamado oficialmente de International Convergence of Capital Measurement and Capital Standards, teve três pilares:

  • Criou uma metodologia comum de avaliação de risco de crédito para as operações financeiras que pudesse ser seguida por todos, em todos os países participantes;
  • Obrigou as instituições bancárias a manter um mínimo de capital depositado em caixa, garantindo o pagamento de todos os depósitos e compromissos. O percentual mínimo estabelecido foi de 8% e esta regra acabou conhecida como Índice de Basileia;
  •     Obrigou as instituições financeiras a manter em caixa uma quantia de capital próprio, para cobrir possíveis riscos.

Em 2004, veio novo acordo, o Basileia II, que não promoveu muitas mudanças em relação ao acordo anterior. E, em 2010, logo após a crise do mercado financeiro mundial de 2008. Naquele ano, o excesso de hipotecas no mercado norte-americano acabou causando insolvência em instituições financeiras dos EUA, com reflexos globais. O comitê celebrou um novo acordo, o Basileia III, que é seguido até hoje.

O novo acordo criou regras mais severas para o mercado financeiro global, mas o cálculo do índice permaneceu basicamente o mesmo. A diferença é que a régua subiu. Além de estabelecer que as instituições financeiras tenham o equivalente a 8% das obrigações em caixa, determinou uma reserva extra de 2,5%, o que elevou o índice para 10,5%. Mas, no Brasil, o Índice de Basileia mínimo exigido pelo Banco Central é 11% para os bancos comerciais e 13% para os bancos cooperados.

Como é calculado

Justamente para que o índice pudesse ser calculado, de forma transparente, por instituições financeiras de todo o mundo, e também aferido mundialmente, sua metodologia, relativamente simples, mostra a diferença entre o capital próprio do banco e o capital de terceiros. Porém, a conta é trabalhosa, pois é necessário levar em conta todo o balanço patrimonial da instituição financeira.

A fórmula do índice de Basileia é: IB = PR / RWA.

PR:  é o Patrimônio de Referência do banco, ou a soma de ações ordinárias e preferenciais (no caso de existirem), reserva de lucros e lucros acumulados. Estes números podem ser identificados no balanço patrimonial das instituições financeiras.

RWA: é o valor dos ativos ponderados pelo risco, que também pode ser identificado no balanço patrimonial.

Mas correntistas e investidores não precisam fazer o cálculo, pois o número é divulgado e pode ser consultado com facilidade no website das instituições financeiras, nos demonstrativos de resultados. No caso dos bancos com ações negociadas na B3, as demonstrações financeiras são divulgadas trimestralmente. Já para os bancos de capital fechado, a divulgação é semestral.

Outra boa dica é acompanhar também o relatório de estabilidade financeira do Banco Central, divulgado semestralmente, nos meses de abril e outubro.

Qual é o Índice de Basileia ideal

O ideal é que o banco em que você quer investir seus recursos tenha um Índice de Basileia na média ou um pouco acima da média dos bancos brasileiros. No último relatório divulgado pelo Banco Central em 2020, o Índice de Basileia médio dos bancos brasileiros era de 16,3% e havia caído bastante em relação ao último índice divulgado em dezembro de 2019 (17,1%).

Esta queda em nada compromete a estabilidade do sistema bancário brasileiro e ocorreu em função da pandemia, que aumentou a demanda por crédito sem elevar proporcionalmente as captações.

O Banco Bari conseguiu manter seu Índice de Basileia acima da média brasileira, em 17,96, indicando solvência e saúde financeira, mostrando-se um banco seguro para depositar e investir recursos.

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