Marfrig iniciou neste mês embarques de carne bovina aos Estados Unidos por duas novas plantas localizadas no Brasil, em Chupinguaia (RO) e Alegrete (RS).

O comunicado foi feito pela companhia (BOV:MRFG3) nesta terça-feira (28).

O mercado norte-americano é um dos principais compradores da proteína brasileira e está em plena ascensão, atrás apenas de China Hong Kong.

Segundo a empresa, a unidade de Chupinguaia teve a habilitação confirmada em agosto e o primeiro lote foi enviado aos EUA na última semana com 150 toneladas.

A partir de então, os embarques estão sendo feitos diariamente.

“Esse primeiro embarque vem em momento muito favorável, em que a economia norte-americana recebe fortes estímulos e o mercado local é impulsionado pela alta demanda de carne bovina por parte tanto dos consumidores quanto do food service”, disse em nota o diretor de Exportação da Marfrig, Alisson Navarro.

Com a aprovação, os EUA passaram a ocupar a posição de maior comprador de carne da planta de Chupinguaia, na frente do Irã e Hong Kong, acrescentou a companhia.

A unidade de Alegrete (RS) teve a habilitação confirmada no fim de junho e neste mês também deu início aos embarques ao país da América do Norte.

Junto à Chupinguaia, a unidade gaúcha se soma a outras quatro aprovadas pelos americanos, em Bagé (RS), São Gabriel (RS), Bataguassu (MS) e Promissão (SP).

Segundo a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), os Estados Unidos foram destino de 66.658 toneladas da proteína bovina do Brasil no acumulado do ano até agosto, representando cerca de 6,45% do total embarcado.

O Brasil bateu recorde de exportação de carne bovina em agosto, de acordo com a associação de frigoríficos Abrafrigo, e o avanço nas vendas da Marfrig para os EUA ocorre em momento em que os embarques brasileiros para a China estão suspensos, devido a dois casos atípicos da doença “mal da vaca louca”.

Mudança

Em comunicado à parte, a Marfrig informou que encerrou na segunda-feira suas atividades no município de Ji-Paraná, em Rondônia.

“Os proprietários solicitaram a entrega da unidade após o término do prazo de arrendamento, dessa forma a empresa está efetuando a devolução de acordo com o contrato.”

Segundo a empresa, as demais unidades industriais, em especial a planta de Chupinguaia, absorverão o volume que era abatido e processado em Ji-Paraná para abastecer os mercados conforme necessário.

Informações Reuters