Petrobras declarou a Excelerate Energy vencedora no processo de arrendamento do Terminal de Regaseificação de GNL da Bahia (TR-BA), e disse que avançará agora para fase de recursos no processo, segundo circular publicada no site da estatal.

O comunicado foi feito pela petroleira (BOV:PETR3) (BOV:PETR4) na sexta-feira (17).

No documento, a petroleira diz que a empresa norte-americana, a única licitante, apresentou todas as informações necessárias.

A Reuters publicou no início desta semana que o valor do negócio com a Excelerate Energy deveria ser de 102 milhões de reais, segundo fontes com conhecimento do assunto.

Localizado na Baía de Todos os Santos, o terminal de GNL da Petrobras na Bahia tem capacidade de regaseificação máxima de 20 milhões de metros cúbicos por dia.

A concessão do terminal na Bahia atende a um acordo firmado entre Petrobras e órgão antitruste Cade, uma vez que a companhia se comprometeu em colaborar com abertura do mercado de gás no país.

A nova empresa que vai assumir o terminal de GNL na Bahia irá instalar um navio no local, permitindo então que a Petrobras desloque um navio regaseificador da unidade baiana para o Terminal de Regaseificação de GNL de Pecém, no Ceará.

Anteriormente, para ajudar o Brasil a lidar com a crise hidrelétrica, a Petrobras deslocou seu navio regaseificador do terminal de Pecém para o terminal da Bahia, em um movimento que permitiu maior oferta de termoeletricidade.

Mais cedo nesta sexta-feira, a Petrobras informou ter convocado processo de acesso excepcional ao Terminal de Regaseificação de Gás Natural Liquefeito de Pecém, uma vez que não há atualmente no local um navio regaseificador.

A medida cumpre determinação de câmara do governo criada para lidar com a crise hídrica, para que seja alocado um navio regaseificador enquanto a outra embarcação da Petrobras está na Bahia, permitindo ampliar a oferta de GNL ao mercado e, com isso, a geração térmica.

Petrobras (PETR4): lucro líquido de R$ 42,855 bilhões no 2T21, revertendo prejuízo

Petrobras registrou lucro líquido de R$ 42,855 bilhões no segundo trimestre de 2021, revertendo o prejuízo de R$ 2,71 bilhões registrado no mesmo período do ano passado. Com relação aos primeiros três meses deste ano, quando o lucro líquido foi de R$ 1,167 bilhão, a alta foi de 3.572,2%.

A companhia aponta que o número refletiu maiores margens de derivados, maiores volumes de vendas de óleo e derivados no mercado interno e de exportações, ganhos cambiais devido à valorização do real frente ao dólar e ganhos de participações em investimentos, principalmente devido à reversão de impairment da BR Distribuidora (BRDT3), refletindo a precificação da oferta pública de ações.

O número foi bem acima do esperado pelo mercado. A média das projeções dos analistas apontava para um lucro líquido de R$ 30,67 bilhões, segundo dados compilados pela Refinitiv.

O Ebitda – lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações – ajustado ficou em R$ 61,93 bilhões, o que representa avanço de 147,9% na comparação anual. Na comparação trimestral, a alta foi de 26,5%. O número também ficou acima da projeção Refinitiv, que era de R$ 54,7 bilhões. O Ebitda ajustado recorrente, por sua vez, atingiu R$ 60,033 bilhões, em alta de 239,1% na base anual e de 25,7% na comparação com o primeiro trimestre deste ano.

Informações Reuters