Os preços dos contratos futuros de petróleo encerraram em alta depois que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e seus aliados concordaram em manter sua alta de produção em apenas 400 mil barris por dia (bpd) este mês.
Segundo a Opep, em comunicado, o grupo realizará uma nova reunião no dia 4 de novembro de 2021. A Opep+, como é conhecido o cartel e sua parceria com outros países liderados pela Rússia, “reiterou a importância crítica de aderir à plena conformidade e ao mecanismo de compensação aproveitando a extensão do período de compensação até o final de dezembro de 2021”.
O Brent disparou acima de US$ 81 o barril com a notícia de que o grupo não ajustaria seu plano, fazendo com que os preços voltassem às máximas de três anos e aumentando as pressões inflacionárias na economia global.
“Na sexta-feira, fontes do grupo comentaram com a Reuters que poderia haver um aumento maior da oferta do cartel devido ao aumento acelerado do preço do combustível à medida que a demanda cresce e a produção não a acompanha”, afirmam analistas da Oanda.
O aumento do preço do gás natural é um dos principais motivos para o apetite por petróleo ter crescido à medida que os países se voltam para a commodity para a geração de energia.
Um assessor sênior do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, encontrou-se com o príncipe saudita Mohammed bin Salman na Arábia Saudita sobre uma série de questões na semana passada, dizendo que o petróleo era “motivo de preocupação”. A India, outro grande consumidor de petróleo, tem pressionado por mais oferta.
Assim, o preço do contrato do petróleo WTI negociado na Nymex com entrega para novembro subiu 2,24%, cotado a US$ 77,62 o barril. Já o preço do contrato do Brent negociado na plataforma ICE, com entrega para dezembro avançou 2,47%, cotado a US$ 81,26 o barril.
Informações Agência CMA