A Federação Internacional de Futebol (FIFA) pediu no Brasil um registro de um software que pode ser baseado na tecnologia blockchain.

O registro solicitado pela entidade máxima do futebol foi publicado pelo Instituto Nacional de Propriedade Intelectual nesta terça-feira (16), em sua Revista de Propriedade Intelectual.

Esse pedido solicita o uso de uma marca figurativa, protocolada no INPI pelo procurador Bhering Advogados. A marca a ser utilizada no Brasil contém “Vários círculos ou elipses, justapostos, tangentes ou entrecortados”.

Pedido da FIFA no Brasil destaca software de colecionáveis digitais baseados em blockchain /Crédito: INPI

De acordo com o pedido no INPI, a FIFA pretende utilizar um “software de computador baixável para permitir que consumidores e empresas gerenciem colecionáveis digitais usando tecnologia de software baseada em blockchain e contratos inteligentes com jogadores, jogos, registros, estatísticas, informações, fotos, imagens, filmagens de jogos, destaques e experiências no campo do futebol.”

Alguma experiência com o uso de NFTs ou Fan Tokens? Ainda não está claro o que a FIFA planeja

Vale lembrar que o mundo do futebol está imerso no mercado de criptomoedas, principalmente no último ano. Neste período, vários clubes de futebol lançaram seus próprios Fan Tokens, modalidade que permite a captação de recursos com torcedores por meio de criptomoedas.

No Brasil, por exemplo, clubes como Atlético Mineiro, Corinthians, Flamengo e São Paulo já captaram recursos com Fan Tokens. Além disso, clubes como Vasco, Curitiba, Cruzeiro e outros mais já captaram recursos por meio da venda de tokens atrelados ao mecanismo de solidariedade da FIFA, mostrando que o setor está em alta.

Clubes europeus também seguem lançando seus próprios tokens, como o Porto, que lançou seu token na Binance nesta terça-feira (16). Esse cenário se mostra ainda mais promissor para diversos clubes que estão experimentando o lançamento de NFTs.

O Atlético Mineiro, por exemplo, já lançou NFTs de jogadores e até de imagens históricas do clube, mostrando que o mercado envolto a tecnologia blockchain está presente nos clubes de todo mundo.

No entanto, não está claro como será o funcionamento do software baseado em blockchain da FIFA, que ainda está em fase inicial de registro. Assim, nos próximos 90 dias o pedido de registro da marca deverá receber contestações, ou não, com o INPI avaliando o pedido somente após este período.

Parceiros da FIFA, como a EA Sports, por exemplo, já planejam entrar forte no mercado de criptomoedas, com vagas de trabalho exigindo conhecimentos no setor.

Por Gustavo Bertolucci