Os preços dos contratos futuros de petróleo subiram mais de 3%, com os traders apostando em uma demanda forte pouco afetada pelo surgimento da nova variante do coronavírus Ômicron.

Os preços do petróleo despencaram na semana passada com a preocupação de que as vacinas poderiam ser menos eficazes contra a nova variante Ômicron do coronavírus, gerando temores de que os governos poderiam impor novas restrições que derrubariam a demanda de combustível.

No entanto, um oficial de saúde sul-africano relatou no fim de semana que os casos de Ômicron mostraram apenas sintomas leves, enquanto o principal conselheiro para doenças infecciosas dos Estados Unidos, Anthony Fauci, também disse que não parecia haver “um grande grau de gravidade” com a variante.

“É provável que o mercado continue com muitos compradores devido ao fato de que a demanda por petróleo bruto continuará aumentando. Além disso, também temos que lembrar que o mercado está tentando precificar a recuperação, que obviamente vai demandar mais energia”, afirma o analista do FX Empire, Christopher Lewis.

Em outro sinal de confiança na demanda de petróleo, o maior exportador mundial, a Arábia Saudita, aumentou os preços mensais do petróleo no domingo.

Na semana passada, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados, um grupo conhecido como Opep+, concordaram em continuar aumentando a produção em 400 mil barris por dia (bpd) em janeiro, apesar da liberação das reservas estratégicas de petróleo dos Estados Unidos.

Os preços do petróleo também foram apoiados por atrasos nas negociações nucleares indiretas entre os Estados Unidos e o Irã. A Alemanha instou os iranianos ontem a apresentar propostas realistas nas negociações sobre seu programa nuclear.

Assim, o preço do contrato do petróleo WTI negociado na Nymex com entrega para janeiro subiu 3,35%, cotado a US$ 72,05 o barril. Já o preço do contrato do Brent negociado na plataforma ICE, com entrega para fevereiro avançou 3,01%, cotado a US$ 75,44 o barril.

Informações Agência CMA