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Banco do Brasil (BBAS): lucro líquido ajustado de R$ 5,93 bilhões, aumento de 15,4%

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O Banco do Brasil registrou lucro líquido ajustado de R$ 5,93 bilhões no quatro trimestre de 2021, aumento de 15,4% frente ao terceiro trimestre e 60,5% em relação a igual período de 2020. No ano, o ganho foi de R$ 21,021 bilhões, alta de 51,4%.

O consenso do mercado era de um lucro de R$ 4,78 bilhões, segundo os analistas consultados pela Refinitiv.

O resultado foi fruto do crescimento das margens do banco no comparativo anual, mas também da forte queda do custo de crédito na comparação com 2020, ano em que, diante da chegada da pandemia da covid-19 ao País, o BB gastou R$ 21,9 bilhões com provisões contra calotes, 40% a mais que no ano passado.

A margem financeira bruta somou R$ 14,801 bilhões, um incremento de 4,5% na comparação anual e recuo de 5,4% frente 3º trimestre. A líquida, por sua vez, atingiu R$ 11,010 bilhões, alta de 22,2% em um ano, mas queda de 6% no trimestre.

As provisões para crédito de liquidação duvidosa (PCLD) ampliada, composta pela despesa de PCLD líquida da recuperação de crédito, descontos concedidos e imparidade, tiveram queda de 3,4% frente ao terceiro trimestre e 26,5% na comparação com o quarto trimestre de 2020, totalizando R$ 3,790 bilhões.

O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE, na sigla em inglês) do Banco do Brasil, chamado pela instituição de RPSL, foi de 16,3% no trimestre, ante os 10,8% do quarto trimestre de 2020 e os 14,3% do terceiro trimestre do ano passado. No ano de 2021, avançou 3,8 pontos porcentuais, para 15,8%.

O presidente do BB, Fausto Ribeiro, afirmou em nota que o lucro recorde do banco no ano passado aproximou sua rentabilidade dos pares privados, uma antiga cobrança do mercado. “O resultado que entregamos concilia retorno e solidez. É uma demonstração de nosso compromisso com todos os acionistas”, disse ele.

Segundo Ribeiro, o crescimento da carteira agro é resultado da busca do banco por receitas em toda a cadeia produtiva do setor. “Somos o banco do agronegócio pelo relacionamento histórico com o produtor rural. Essa proximidade faz com que tenhamos produtos e serviços extremamente competitivos para o setor”, comentou.

O executivo disse ainda que o investimento do banco nas soluções digitais foi relevante para a melhoria da eficiência operacional e da experiência dos clientes.

O Índice de Basileia foi de 17,76% e o índice de capital nível I de 15,16%, sendo 11,94% de capital principal.

Segundo o BB, a carteira de crédito ampliada alcançou R$ 874,9 bilhões em dezembro de 2021, uma evolução de 7,4% na comparação com setembro de 2021 e de 17,8% comparado ao mesmo período do ano anterior.

Entre os itens, a carteira apresentou crescimento em todos os segmentos, com destaque para as operações com o Agronegócio (18,5%), TVM privados (24,6%) e Pessoas Físicas (14,2%).

A carteira Pessoa Física ampliada cresceu 4,5% em relação a setembro de 2021, com destaque para a performance positiva nas linhas de Crédito Consignado (+2,1%), Empréstimo Pessoal (+6,4%) e Cartão de Crédito (+20,4%) na comparação anual.

Na Pessoa Jurídica houve crescimento de 7,7%. Entre os destaques está a carteira TVM privados e garantias (+32,0%) e recebíveis (+30,7%).

Em termos de qualidade da carteira, o índice de inadimplência acima de 90 dias da carteira total ficou em 1,75%, inferior ao patamar do SFN, com índice de cobertura de 325%.

As receitas de prestação de serviços totalizaram R$ 7,822 bilhões no quarto trimestre, crescimento de 5,2% na comparação trimestral e de 5,9% na variação anual.

O crescimento em relação ao trimestre anterior foi influenciado, principalmente, pelo desempenho positivo anual nas linhas Cartão de Crédito (+11%), de Consórcios (+9,3%) e de Operações de crédito (+20,6%) e rendas do mercado de capitais (+81,9%).

Segundo o banco, as despesas administrativas totalizaram R$ 8,1 bilhões no quarto trimestre, acréscimo de 4,8% em relação ao mesmo trimestre do ano passado, influenciadas principalmente pelo aumento das despesas de pessoal.

Na comparação ano a ano, as despesas aumentaram (+1,4%), mantendo-se dentro do intervalo das projeções corporativas 2021.

O índice de eficiência acumulado em 12 meses atingiu 35,6% no trimestre, reflexo a disciplina na gestão e controle das despesas, ao lado da maior geração de receitas.

⇒ Guidances do BB para 2022

O Banco do Brasil também informou suas projeções para o ano de 2022, junto com o balanço:

  • Lucro Líquido Ajustado: R$ 23 bilhões a R$ 26 bilhões;
  • Margem Financeira Bruta: 11% a 15%;
  • Carteira de Crédito: 8% a 12%;
  • Receitas de Prestação de Serviços: 4% a 8%;
  • Despesas Administrativas: 4% a 8%;
  • PCLD Ampliada: -R$ 16 bilhões a -R$ 13 bilhões.

Banco do Brasil aprova a distribuição de dividendos e de juros sobre capital próprio

O Banco do Brasil aprovou a distribuição de R$ 1.015.303.989,97 a título de remuneração aos acionistas sob a forma de dividendos e R$ 1.296.029.951,98 sob a forma de Juros sobre Capital Próprio (JCP).

O valor por ação atualizado do dividendo até esta segunda-feira, 14, é de R$ 0,35981204515.

Os resultados do Banco do Brasil (BOV:BBAS3) referentes às suas operações do quarto trimestre de 2021 foram divulgados no dia 14/02/2022. Confira o Press release na íntegra!

Teleconferência

Fausto Ribeiro, CEO do banco, disse em teleconferência que o BB pretende crescer com foco de negócios diferente, dando prioridade a linhas com maior margem, como cartões de crédito não-consignados.

Ele afirmou que soluções de TI adquiridas em 2021 dão espaço para trabalhar no mar aberto “de forma mais sustentável”, sem “tanto receito de fraudes”.

De acordo com o executivo, o índice de cobertura em 325% dá “margem para poder fazer um crescimento em ativos de maior rentabilidade” em 2022, “queimando em algum momento um pouco dessa gordura”, ficando ainda “um pouco acima da média de mercado”.

José Ricardo Forni, vice-presidente de gestão financeira e de relações com investidores do BB, diz que a margem financeira em 2021 foi em parte consumida pela Selic, levando à reprecificação da carteira. Agora, ele diz que o ciclo de elevação está em seu fim, e o banco se beneficia “do barateamento do custo de recaptação da poupança”.

Ele afirma que é hora de explorar a cadeia de negócio do agro, com revenda de insumos e maquinário, por exemplo. Além disso, diz que vê potencial no atacado para explorar a folha de pagamento das empresas e fornecedores.

VISÃO DO MERCADO

Ativa Investimentos

O Banco do Brasil apresentou um bom resultado trimestral, acima das nossas expectativas. O bom desempenho se deu pelo crescimento nas receitas com serviços prestados e pela queda na PCLD Expandida, que mais do que compensaram um resultado mais fraco da margem financeira bruta.

Além disso, a linha “outros componentes do resultado” apresentou um resultado bem acima do esperado devido ao crescimento das receitas com atualização de depósitos em garantia e das receitas com operações com cartões. De positivo, o banco também apresentou seu guidance para 2022, com sólidos números

O BB projeta para o ano de 2022 um lucro líquido entre R$23 bi a R$26 bi, PCLD Ampliada entre R$16 bi a R$13 bi, crescimento de 11%-15% na margem financeira bruta e de 8% a 12% na carteira de crédito.

Além disso o banco espera que as receitas de prestação de serviço e as despesas administrativas subam entre 4% a 8%. Consideramos os números sólidos, com crescimento de margem financeira, carteira de crédito e lucro líquido acima das nossas projeções.

Ativa tem recomendação neutra com preço-alvo de R$ 30,60…

Banco Inter

O time de pesquisa do Banco Inter considerou que o resultado do BB no quarto trimestre de 2021 veio acima das expectativas, e disse que a boa performance da Previ e a redução de despesas com provisões cíveis e trabalhistas ajudaram. No entanto, pontuou que a margem financeira bruta caiu 5,4%, refletindo maiores despesas de captação comercial. “O Banco do Brasil ainda tem boas perspectivas para 2022 e nossa recomendação é de compra do papel”, disse o Inter, em nota.

Bank of America 

O Bank of America (BofA) manteve a recomendação de compra após o lucro líquido de R$ 5,9 bilhões (ROE de 16,2%) superar sua estimativa em 16%.

Em sua análise considerou que o banco apresentou tendências sólidas de qualidade e que as metas apresentadas para este ano implicam um crescimento do lucro líquido de 16% em relação a 2021 no ponto médio, 18% acima do consenso do mercado.

“A ação está sendo negociada perto de múltiplos mínimos históricos, mesmo que a estrutura de capital e a lucratividade estejam bem acima dos mínimos”, disseram os analistas do Bofa ao cravar a recomendação de compra.

Bradesco BBI 

Já para o Bradesco BBI, os resultados foram mistos, apesar do lucro superando as estimativas. Do lado positivo, os ganhos de tesouraria surpreenderam, apesar da contração trimestral impactada por uma base de comparação mais dura no terceiro trimestre.

Além disso, as provisões diminuíram e o índice de cobertura do banco ficou estável, traduzindo-se em tendências saudáveis ​​de qualidade de ativos na carteira, enquanto também observou-se um desempenho positivo de tarifas no 4T21. Apesar disso, a margem de crédito do banco ainda foi impactada por maiores custos de captação, demonstrando desafios no processo de reprecificação de sua carteira de crédito, enquanto as despesas operacionais ficaram acima da estimativa dos analistas.

“Por sua vez, observamos que os resultados da Previ continuaram em um patamar forte, o que, aliado a uma alíquota efetiva mais baixa, sustentou o resultado superior às nossas estimativas e ao consenso. Embora reconheçamos que o lucro líquido recorrente implícito no guidance para 2022 está bem acima da nossa estimativa, é importante notar que os ganhos de tesouraria são uma variável importante para suportar a faixa de crescimento do NII consolidado esperado de 11-15%, enquanto uma melhora no a margem de crédito ainda depende da capacidade do banco de reprecificar seus empréstimos a taxas mais altas. Dito isso, dado o guidance ambicioso, acreditamos que os resultados do 4T21 devem ser bem recebidos pelo mercado”, apontam.

Bradesco BBI tem recomendação neutra, com preço-alvo de R$ 38,00…

Credit Suisse

O banco suíço diz que os resultados e as diretrizes reforçam a visão de ambiente de receita líquida de juros (NII, na sigla em inglês) forte e qualidade de ativos controlada, bem como o controle de custos. A orientação de lucro líquido ajustado de R$ 23-26 bilhões para 2022 implica um crescimento de 17% no ano no ponto médio, impulsionado por um crescimento de 13% a/a do NII, com um cenário melhor para a qualidade dos ativos e taxas.

Segundo Credit Suisse, a avaliação está excessivamente descontada, ainda mais quando se considera o ponto médio do guidance, de R$ 24,5 bilhões, colocando o BB em apenas 3,9x P/E 2022, níveis semelhantes a 2015-16, uma época em que o setor corporativo brasileiro estava à beira de uma crise de crédito.

Credit Suisse mantém recomendação de compra com preço-alvo de R$ 45,00…

Itaú BBA

O Itaú BBA comentou que o BB reportou resultados do 4T21 e projeções para 2022 fortes e melhores do que o esperado, após o fechamento do mercado.

O lucro líquido recorrente de R$ 5,9 bilhões superou nossa projeção de R$ 5,1 bilhões. A receita líquida de juros (NII) caiu conforme o esperado, mas foi compensado por maiores taxas de serviço, maiores outros ganhos e menores despesas de provisão.

A inadimplência caiu no trimestre, a cobertura aumentou e os índices de eficiência melhoraram. Isso, segundo BBA, define o clima para a orientação de crescimento do lucro líquido de 10% a 24% A/A para 2022, representando uma vantagem de 10% em relação à chamada atual.

Itaú BBA mantém recomendação positiva com preço-alvo de R$ 41,73.

XP Investimentos 

Para a XP, o Banco do Brasil apresentou resultados positivos.

“Apesar da Margem Financeira Bruta (MFB) mais fraca do que o esperado, as maiores receitas de serviços, menores despesas operacionais e custos de crédito compensaram a MFB, o  resultado em um lucro líquido de R$ 5,9 bilhões no trimestre, superando nossas estimativas. Além disso, o perfil defensivo de sua carteira de crédito continua sustentando seu baixo índice de inadimplência e robusto índice de cobertura”, destaca.

Com isso, reiteraram a visão positiva para o Banco do Brasil, sendo o papel favorito da casa no setor (com preço-alvo R$ 52 por ação).

* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Estadão, Reuters

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