Os preços do petróleo atingiram máximas de sete anos na sexta-feira, com tensões geopolíticas e uma tempestade de inverno nos Estados Unidos alimentando preocupações sobre interrupções no fornecimento.

“Os preços devem alcançar eventualmente o valor de US$ 100 o barril, o que motiva ainda mais as compras já que todos querem garantir estoques antes disso acontecer”, afirmam analistas do ING.

Uma tempestade de inverno no Texas está por trás do último rali do preço do petróleo, alimentando preocupações sobre interrupções na produção na Bacia do Permiano, a maior usina de xisto dos Estados Unidos.

A oferta apertada de petróleo levou a estrutura de mercado de seis meses do WTI a um recuo acentuado de US$ 8,60 o barril, o maior desde novembro de 2021.

O retrocesso existe quando os contratos de entrega de curto prazo têm preços mais altos do que os dos meses posteriores, incentivando os comerciantes a liberar o petróleo do armazenamento para vendê-lo prontamente.

Os mercados de petróleo também ganharam apoio das tensões em torno da crise na Ucrânia, que aumentaram as preocupações com o fornecimento de petróleo que já está escasso.

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e aliados liderados pela Rússia, conhecidos como Opep+, concordaram esta semana em manter aumentos moderados de produção de 400 mil barris por dia (bpd), com o grupo já lutando para cumprir as metas existentes e apesar pressão dos principais consumidores para aumentar a produção mais rapidamente.

O Iraque, segundo maior produtor de petróleo da Opep, bombeou bem abaixo de sua cota da Opep+ em janeiro, mostraram dados da empresa estatal SOMO.

O preço do contrato do petróleo WTI negociado na Nymex com entrega para março subiu 2,07%, cotado a US$ 92,34 o barril. Já o preço do contrato do Brent negociado na plataforma ICE, com entrega para abril avançou 2,26%, cotado a US$ 93,34 o barril.

Informações Agência CMA