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Santander (SANB11): lucro líquido gerencial de R$ 3,880 bilhões, queda de 2,0%

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O Santander Brasil obteve lucro líquido gerencial de R$ 3,880 bilhões no quarto trimestre de 2021, o que representa queda de 2,0% na comparação com o mesmo período de 2020 e de 10,6% ante o trimestre imediatamente anterior.

Em 2021, o lucro líquido do banco atingiu a cifra de R$ 16,347 bilhões, aumento de 7% na comparação com 2020.

A margem financeira líquida foi de R$ 10,457 bilhões no 4T21, retração de 4,4% em relação ao trimestre imediatamente anterior. Já a margem financeira líquida do acumulado do ano ficou em R$ 41,761 bilhões, alta de 8,4% na comparação com 2020.

Após um terceiro trimestre de forte volatilidade no mercado brasileiro, que impulsionou os números do Santander nesta linha do balanço, essa margem teve baixa de 30,9% em três meses, para R$ 1,744 bilhão no quarto trimestre. No em termos anuais, a queda foi inferior a 1%.

A carteira de crédito ampliada do banco, que inclui títulos como debêntures e certificados de recebíveis, fechou 2021 em R$ 536,470 bilhões, um avanço de 11,8% em base anual, e de 1,9% no comparativo trimestral.

No período de três meses encerrado em dezembro, a carteira de crédito do banco chegou a R$ 462,749 bilhões, alta de 12,4% em um ano e de 2,8% em um trimestre. O maior crescimento veio do crédito voltado a pessoas físicas, que chegou a R$ 210,246 bilhões, avanço de 20,6% no comparativo anual. O crédito para pequenas e médias empresas veio em seguida, com avanço de 12,9%, para R$ 61,612 bilhões.

Com a baixa no lucro, o retorno sobre o patrimônio líquido médio (ROAE, na sigla em inglês) caiu 0,1 ponto porcentual no ano cheio, para 21,2%. No quarto trimestre, o indicador recuou 2,3 pontos porcentuais, para 20%. No quarto trimestre de 2020, o ROAE do Santander havia sido de 20,9%.

Os ativos totais atingiram R$ 963.376 milhões em dezembro de 2021, queda de -3,9% no ano e de -0,7% quando comparado ao trimestre anterior. No ano e no trimestre, o passivo foi impactado principalmente pela redução nas captações no mercado aberto, -38,3% e -25,8%, respectivamente. O patrimônio líquido atingiu R$ 78.740 milhões em dezembro de 2021 ou R$ 77.305 milhões, desconsiderando o saldo do ágio.

A carteira de pessoas físicas, que é a mais relevante para o Santander, cresceu 5,0% no trimestre e 20,6% em 12 meses, para R$ 210,246 bilhões no fim de dezembro. O segmento foi impulsionado pelas linhas de cartão de crédito (+14,2% na margem), crédito pessoal/outros (+5,9%) e leasing/veículos (+3,9%).

O Santander Brasil encerrou o quarto trimestre de 2021 com inadimplência de 2,7% na carteira de crédito, de 2,4% em setembro e 2,1% de dezembro do ano anterior.

A carteira de crédito de grandes empresas totalizou R$ 125.579 milhões, alta de 2,5% (ou alta de 1,0% desconsiderando o efeito da variação cambial) no ano. A ampliação no período foi em função da maior originação de capital de giro/outros. Em comparação ao trimestre anterior, o saldo da carteira apresentou redução de -0,2% (ou queda -0,7% desconsiderando o efeito da variação cambial), decorrente da maior busca das empresas por liquidez nos trimestres anteriores.

O saldo da carteira de pequenas e médias empresas somou R$ 61.612 milhões, aumento de 12,9% sendo parte desse desempenho atribuído aos programas governamentais. Esse segmento é responsável por 89% do nosso saldo nesses programas. No trimestre, crescimento de 0,9%.

O índice de inadimplência de 15 a 90 dias atingiu 3,5% em dezembro de 2021, aumento de 0,67 p.p. no ano e 0,13 p.p. no trimestre, influenciados pela retomada de crédito do segmento pessoa física. Indicador encerra o ano abaixo dos níveis de pré-pandemia.

Provisões

O saldo das provisões para crédito de liquidação duvidosa somou R$ 27.131 milhões em dezembro de 2021, crescimento de 8,2% em doze meses e 0,4% no trimestre, devido ao crescimento do over 90. Já a parcela de provisão requerida apresentou crescimento de 21,6% no ano e 5,9% no trimestre, alinhados com o perfil de crescimento da carteira.

O índice de cobertura atingiu 220% em dezembro de 2021, redução de -76,9 p.p. no ano. Em três meses, o índice de cobertura reduziu 27,8 p.p., em detrimento ao aumento do saldo de over 90 que foi superior ao crescimento das provisões.

Os resultados do Santander (BOV:SANB3) (BOV:SANB4) (BOV:SANB11) referente a suas operações do quarto trimestre de 2021, foram divulgados no dia 02/02/2022. Confira a apresentação oficial dos resultados!

Teleconferência

O presidente do conselho de administração do Santander Brasil, Sérgio Rial, afirmou que a inadimplência este ano deve voltar aos níveis de 2018, 2019, ou seja, antes da pandemia, ao redor de 3%. “Não vejo uma deterioração estrutural, nada tão grande”, afirmou, durante teleconferência com analistas sobre os resultados do banco em 2021.

“Esperamos deterioração da qualidade de crédito, mas não será explosão”, projetou o vice-presidente financeiro, Angel Santodomingo.

Rial afirmou que desde o terceiro trimestre do ano passado o banco adotou medidas precaucionais, ajustado seu perfil de risco ao que poderia ser um ambiente mais hostil em relação à inadimplência.

“Vamos ter novas dinâmicas, com uma inflação diferente dos últimos anos. […] Desde o terceiro trimestre olhamos para os modelos de risco com mais qualidade, mais rigor, para ver as zonas de propensão a maior risco de insolvência. Fomos mais criteriosos na modelagem”, explicou.

O banco alcançou R$ 306 bilhões em faturamento em cartões no total de 2021, com crescimento de 26%.

“O faturamento de cartão não é impossível chegar próximo a R$ 500 bilhões. Não é impossível ultrapassar a linha de R$ 400 bilhões, crescer quase 30% de novo. Não é um guidance, mas tudo é possível. O uso de cartões em PMEs ainda está muito baixo. Ao retornar ao mundo pós pandemia, as PMEs devem adicionar um volume importante de faturamento nos próximos anos.”

Durante a teleconferência com analistas sobre os resultados do quarto trimestre, o Santander exaltou o crescimento na sua base de clientes no quarto trimestre de 2021, alcançando 53,4 milhões em suas plataformas. “Estamos focados em crescimento real da base de clientes, com clientes engajados”, disse Rial.

“Um número bem substancial está vinculado com o banco em serviços e crédito. Passamos de 15,6 milhões de clientes que foram adquiridos em canais digitais [em dezembro de 2020] para 18,3 milhões”, destacou.

Apesar do foco no digital, o presidente do conselho do Santander contou que o banco continuará a expandir agências no interior do país. “Todos os canais têm que coexistir e cada vez mais isso será realidade. Os clientes querem ter um debate humano. O banco tem se tornado um desafio na Europa para os menos educados digitalmente. Poder estar presente é algo que vamos continuar a alavancar como estratégia”, declarou.

VISÃO DO MERCADO

Ativa Investimentos

O Santander Brasil apresentou um resultado trimestral abaixo das nossas expectativas em função da menor margem financeira bruta, que foi impactada pela queda na margem com o mercado, e por maiores despesas totais, principalmente na linha “outras despesas operacionais”.Ainda assim, destaca-se o crescimento da receita com cartões, os ganhos de eficiência no ano e o crescimento da carteira de crédito no período, que segue sendo impulsionada pelo segmento pessoa física. De negativo, destaca-se o crescimento do índice de inadimplência e a redução do índice de cobertura, que pode resultar em maiores despesas com provisão em 2022.

Mantemos nossa recomendação NEUTRA para o ativo. Com uma carteira de crédito arrojada, nível de provisionamento mais baixo do que de seus pares e diante de um cenário macro ainda muito instável para o 2022 e de mudanças transformacionais no setor bancário, preferimos optar por players mais conservadores.

Ativa tem recomendação neutra com preço-alvo de R$ 45,00…

BB BI

O Santander Brasil entregou um resultado que consideramos neutro no 4T21. Na abertura, vimos favorecimento por boa margem financeira com clientes e crescimento de receitas de serviços e de carteira de crédito, enquanto os contrapontos ficaram por conta do recuo da margem financeira com o mercado e da elevação das despesas.

O resultado menor do que estelar do Santander não invalida, em nossa visão, a percepção de que o banco segue muito bem posicionado para navegar as águas do novo mercado bancário, incluindo uma sólida estratégia digital aliada a uma robusta e crescente presença física. Operacionalmente, vimos o Santander crescendo margem com clientes, carteira de crédito e tarifas de serviços, o que evidencia que o banco continua entregando todos os ingredientes essenciais para expandir seus negócios com desenvoltura.

Por outro lado, no 3T21 vislumbramos no Santander um movimento de normalização de qualidade de crédito e cobertura a níveis pré-pandemia mais célere do que demais pares, movimento que foi continuado no 4T21. Isso enseja uma postura visivelmente mais arrojada, fazendo com que no balanço de riscos o Santander se posicione como um banco mais suscetível a surpresas no caso de uma deterioração das condições macroeconômicas além da esperada para 2022.

BB BI mantém recomendação de compra com preço-alvo de R$ 44,00…

Inter

O Santander reportou um resultado abaixo da nossa expectativa, com um lucro líquido de R$ 3,9 bi e ROAE de 20,0%. O desemprenho mais fraco no trimestre foi direcionado pela redução na margem financeira bruta, impactado pela margem com mercado, que caiu 30,9% t/t, reportando um número mais normalizado frente ao histórico do banco, que estava performando acima da média nesta linha nos últimos trimestres.

Apesar disso, houve um desempenho positivo na margem com clientes e serviços, e tarifas desempenharam bem, evoluindo com a sazonalidade de fim de ano na renda com cartões e em seguros, com maior volume de renovações. Por outro lado, serviços de conta corrente começaram a apresentar queda no trimestre, sentindo os efeitos da maior transacionalidade do Pix. Por, fim entendemos que o nível de resultado apresentado neste trimestre pode ser esperado para os próximos, direcionados pela pressão na margem financeira vinda de menores volumes de crédito e resultadosde floating normalizados, aumento da inadimplência e inflação pressionando as despesas operacionais.

O resultado de 2021 foi positivo para o banco e em linha com o que esperávamos, avançando 12,4% na sua carteira de crédito, com forte desempenho em Pessoa Física, e em linha com o que vimos no mercado. O Santander reportou um lucro líquido de R$ 16,4 bi no ano com crescimento de 7% e ROAE de 21,2% mantendo o nível de 2020. Contudo, a ótima performance do banco pode ser pressionada em 2022, com uma possível deterioração de níveis de inadimplência e menor resultado com tesouraria, o que traz pressão na rentabilidade atual acima de 20% e, em consequência, aos papéis.

Inter mantém recomendação neutra com preço-alvo de R$ 46,00…

* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Estadão, Reuters

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