A receita real de serviços, que se refere à evolução do volume da atividade no setor em termos reais, descontada a inflação (deflacionado), avançou 1,4% em dezembro ante novembro, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado ficou muito acima das expectativas do mercado financeiro, de +0,70%, conforme o Termômetro CMA.

Já em relação a dezembro de 2020, o volume de serviços avançou 10,4%. O resultado também ficou acima das expectativas do mercado financeiro, de 9,95%, conforme o Termômetro CMA. De acordo com o IBGE, trata-se da décima taxa positiva seguida.

Com isso, o setor de serviços encerrou 2021 com alta de 10,9% e encontra-se agora 6,6% acima do patamar de fevereiro de 2020, quando o índice começou a ser afetado pela pandemia, além de ter atingido seu maior patamar desde agosto de 2015.

Na passagem de novembro para dezembro, quatro das cinco atividades pesquisadas registraram alta. Os destaques foram transportes (1,8%) e serviços profissionais, administrativos e complementares (2,6%). Ambos registraram o segundo avanço consecutivo.

Já serviços de informação e comunicação (0,2%) foi o único a recuar no período, devolvendo parte do avanço de 4,7% registrado no período imediatamente anterior.

De acordo com o gerente da pesquisa do IBGE, Rodrigo Lobo, “nos primeiros meses de 2020, o setor de serviços foi duramente afetado em função da necessidade de isolamento social e do fechamento dos estabelecimentos que prestavam serviços de caráter presencial. Por outro lado, a pandemia trouxe oportunidades de negócios para serviços voltados às empresas, como os de tecnologia da informação, transporte de cargas, armazenagem, logística de transporte e serviços financeiros auxiliares, que tiveram ganhos mais expressivos e compensaram as perdas dos serviços de caráter presencial”.

Informações Agência CMA