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Ultrapar (UGPA3): lucro líquido de R$ 390 milhões no 4T21, queda de 10%

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Ultrapar registrou lucro líquido de R$ 390 milhões no quarto trimestre de 2021, queda de 10% em relação ao mesmo período de 2020.

No consolidado do ano, a companhia também registrou retrocesso em seu lucro líquido, que saiu de R$ 928 milhões em 2020 para R$ 884 milhões em 2021.

A queda da lucratividade no quarto trimestre se da mesmo com a Ultrapar tendo registrado um aumento de sua receita líquida, que ficou em R$ 34,4 bilhões, ante R$ 23,2 bilhões no quarto trimestre de 2020, diferença de 48%. A alta é explicada, segundo a companhia, pelo ao maior faturamento da Ipiranga, da Ultragaz, da Oxiteno e da Ultracargo, suas controladas.

A receita líquida consolidada totalizou R$ 34,4 bilhões no trimestre, aumento de 48% em relação a um ano antes, devido ao maior faturamento da Ipiranga, Ultragaz, Oxiteno e Ultracargo. Em relação ao 3T21, a receita líquida cresceu 8%, decorrente do maior faturamento em todos os negócios. Em 2021, a receita líquida totalizou R$ 118.799 milhões, crescimento de 46% em relação ao ano anterior, impulsionada principalmente pela alta dos custos dos combustíveis e GLP durante o período.

Ebitda – lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização –  ajustado do grupo cresceu 25% na comparação anual, a R$ 1,19 bilhão, com melhora em todos os negócios à exceção da Extrafarma, cujo indicador voltou a ficar negativo, em R$ 9 milhões.

Na Ultragaz, braço de distribuição de gás domiciliar, houve queda do volume total distribuído, que saiu de 426 mil toneladas para 416 mil, com a demanda caindo por conta da alta dos preços. Mesmo assim, a subsidiária aumentou sua receita e seu lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) saltou 44%, para R$ 222 milhões, com o repasse de preços.

Na Ultracargo, de armazenagem de produtos químicos, o Ebitda também avançou, com alta de 32%, para R$ 101 milhões. “É fruto das expansões com ganhos de rentabilidade, reajustes contratuais e ganhos de produtividade”, comenta a Ultrapar. A holding destaca também a entrada de operação do terminal de Vila do Conde em dezembro.

A rede de postos Ipiranga, por sua vez, viu seu Ebitda avançar 44%, para R$ 704 milhões, a despeito da queda de 2% dos volumes negociados. O resultado dessa subsidiária, porém, é impulsionado pela venda da Conect Car, que somou R$ 128 milhões ao seu balanço.

A Oxiteno, por fim, viu seu Ebitda avançar 4% na base anual, para R$ 252 milhões entre outubro e dezembro, com melhores margens. A Extrafarma deu prejuízo operacional de R$ 9 milhões.

O lucro líquido da companhia foi impactado, principalmente, por um pior resultado financeiro, negativo em R$ 324 milhões, ante lucro de R$ 89 bilhões entre outubro e dezembro de 2020.

“Essa piora é efeito da correção monetária sobre créditos tributários extemporâneos de R$ 160 milhões registrados no quarto trimestre, da elevação do CDI sobre o maior saldo médio de dívida líquida, apesar do menor custo da dívida, e) da piora temporal no resultado de marcação a mercado dos hedges dos bonds” explicou a companhia no documento publicado na noite desta quarta-feira (23).

A dívida líquida da Ultrapar saltou de R$ 10,5 bilhões em dezembro de 2020 para R$ 11,6 bilhões no mesmo mês de 2021.

Os resultados da Ultrapar (BOV:UGPA3) referentes às suas operações do quarto trimestre de 2021 foram divulgados no dia 24/02/2022.

VISÃO DO MERCADO

Ativa Investimentos

Com Ipiranga enfim registrando melhores resultados, Ultrapar registrou receitas e custos em linha com as nossas expectativas, além de Ebitda e lucro líquido melhores do que esperávamos. Em Ipiranga, mesmo os volumes distribuídos tendo sido menores QoQ, os maiores preços médios e margens fomentaram a melhora do Ebitda/m3 no trimestre, que atingiu R$ 124 vs. R$ 68 no 3T21. Ainda que o desempenho das outras operações do conglomerado não tenham sido positivos, acreditamos que os resultados serão bem recepcionados pelo mercado.

Após decepcionar ao longo do 9M21, enxergamos melhoras em Ultrapar, a começar pelo desempenho da Ipiranga e seu gerenciamento de passivo. Ainda que a companhia ainda esteja no início de curva de recuperação, o resultado do 4T21 fomenta maiores esperanças que tal pode se dar de forma mais resiliente durante 2022. Mantemos, por ora, nossa recomendação neutra ao papel entendendo que os desafios macroeconômico e o melhor estágio de seus pares neste momento poderão ser desafios a mais em seu movimento de recuperação.

Ativa tem recomendação de compra com preço-alvo de R$ 19,00…

Bradesco BBI

A Ultrapar (UGPA3) reportou resultados no 4TRI21 impulsionados por melhorias de margens da Ipiranga, enquanto os números da Ultragaz e da Oxiteno ficaram em linha com as estimativas do Bradesco BBI.

Destaque para o Ebitda consolidado de Ipiranga, com a margem recorrente acima do esperado, parcialmente compensada por despesas acima do esperado no nível da holding com o braço de pagamentos digitais “Abastece Aí”.

Os analistas Vicente Falanga e Gustavo Sadka ressaltam que a alavancagem da companhia continua em torno de 3x, embora isso deva melhorar com a conclusão das vendas da Extrafarma e de Oxiteno.

Bradesco BBI tem recomendação neutra com preço-alvo de R$ 18,00…

BTG Pactual

A UGP apresentou bons resultados com um EBITDA de R$ 1,2 bilhão e lucro de R$ 390 milhões. Mas havia alguns ajustes a serem feitos, principalmente na Ipiranga, revenda de ativos e provisões anormalmente maiores. Achamos que o EBITDA que melhor descreve o trimestre foi em torno de R$ 1,08 bilhão.

Ainda representa 6% acima da nossa estimativa impulsionada por melhores margens na Ipiranga, Ultragaz e Oxiteno. A geração de fluxo de caixa esteve ausente no ano graças às grandes exigências de capital de giro para financiar estoques em meio ao aumento dos preços dos combustíveis. O índice de alavancagem líquida ficou em 3,1x, mas deve cair para ~1,6x após a conclusão da venda de ativos.

Apesar dos volumes menores, a Ultragaz nos surpreendeu com uma margem EBITDA de R$ 533/ton, a maior já registrada e 11% acima do nosso número, com o EBITDA do ano fiscal de 2021 próximo ao limite máximo da estimativa da companhia.

A Ultracargo teve um pequeno erro, mas continua sendo uma unidade promissora e de alto crescimento, entregando no topo da faixa de projeção da companhia. Por fim, houve outra alta despesa de R$ 82 milhões no nível da holding, impulsionada principalmente por uma perda de R$ 33 milhões na AbasteceAí.

A UGP trouxe uma declaração de abertura da administração com duas mensagens claras: (i) há um caminho de dois anos para recuperar o crescimento e a rentabilidade da Ipiranga; e (ii) a UGP está se preparando para iniciar um novo ciclo de crescimento.

Estamos ansiosos para ouvir mais sobre quais direções a nova administração está olhando. A falta de uma orientação para o ano fiscal de 2022 sugere que ainda há algum caminho a percorrer antes que isso se torne quantificável. O 4T21 não muda nossa visão para as margens recorrentes de combustíveis e gás. Negociando a 18x P/L 2022E, mantemos o neutro.

BTG Pactual tem recomendação neutra com preço-alvo de R$ 17,00…

Credit Suisse

Com um Ebitda ajustado de R$ 1,1 bilhão no 4TRI21, o resultado da Ultrapar (UGPA3) ficou 1% acima do projetado pelo Credit Suisse. Já o lucro líquido não ajustado da empresa de R$ 390 milhões obteve ganho de 24% sobre a expectativa dos analistas.

Em termos de negócios, Ipiranga, Oxiteno e Ultracargo apresentaram resultados em linha com o Credit Suisse. Já a Ultragaz e a Extrafarma superaram as estimativas, mas foram compensadas por maiores despesas corporativas. A dívida líquida permaneceu estável no trimestre em R$ 11,7 bilhões.

“No geral, os resultados foram justos e atenderam às nossas expectativas. Após dois trimestres consecutivos de perdas substanciais de ganhos, acreditamos que o mercado receberá bem os resultados deste trimestre”, afirma o Credit Suisse.

“Acreditamos que 2022 será um ano chave para a transformação da Ultrapar sob a nova gestão”, destacam.

Credit Suisse tem recomendação neutra com preço-alvo de R$ 16,00…

* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Estadão, Reuters

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