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Weg (WEGE3): lucro líquido de R$ 874 milhões no 4T21, crescimento de 17,8%

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A fabricante de equipamentos elétricos WEG registrou lucro líquido de R$ 874 milhões no quarto trimestre de 2021, alta de 17,8% na comparação anual e de 7,5% sobre o terceiro trimestre.

De acordo com a WEG, o lucro foi positivamente impactado pelo reconhecimento dos créditos tributários referentes à exclusão do ICMS da base de cálculo do PIS e COFINS. Além dos efeitos no lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) e no resultado financeiro, também teve um aumento no imposto de renda sobre esses créditos, de R$ 154,2 milhões.

A receita operacional líquida totalizou R$ 6,540 bilhões entre outubro e dezembro, alta de 33,7% ante o último trimestre de 2020, sendo 28,6% no mercado interno e 38,1% no mercado externo.

Ebitda – juros, impostos, depreciação e amortização – ficou em R$ 1,12 bilhão no período, alta de 14,7% ante um ano antes e queda de 1,7% sobre setembro. A margem Ebitda foi de 17,2% no quarto trimestre, redução de 2,9 pontos percentuais ante um ano antes e de 1,7% sobre o terceiro trimestre.

A margem bruta da WEG caiu 5 pontos percentuais de um ano para outro, a 27,6% no quarto trimestre, impactada pelos custos das principais matérias-primas, notadamente aço e cobre.

As despesas de Vendas, Gerais e Administrativas consolidadas totalizaram R$ 699,4 milhões no 4T21, um aumento de 18,7% sobre o 4T20 e um aumento de 5,4% sobre o 3T21. Quando analisadas em relação à receita operacional líquida elas representaram 10,7%, 1,4 ponto percentual menor em relação ao 4T20 e em linha com o valor apresentado no 3T21.O resultado financeiro líquido foi positivo em R$ 171,7 milhões em 2021 (R$ 69,7 milhões negativo em 2020).

Segundo a empresa, o resultado é explicado principalmente pelo impacto positivo do reconhecimento dos créditos tributários referentes à exclusão do ICMS da base de cálculo do PIS e COFINS, no valor de R$ 138,9 milhões no ano, e pelo aumento dos juros sobre as aplicações financeiras.

Em relação ao caixa líquido, a companhia informou que houve um recuo de 44,9% no final de dezembro de 2021, a R$ 1,820 bilhão.

Retorno Sobre o Capital Investido (ROIC) atingiu 30,5% no 4T21, representando um crescimento de 5 pontos percentuais em relação ao 4T20 e redução de 0,8 ponto percentual em relação ao 3T21.

“A continuidade da recuperação econômica mundial contribuiu para o crescimento das nossas receitas neste trimestre”, diz a WEG. “Além do aumento na demanda por equipamentos industriais em diversas regiões, mantivemos o nosso bom desempenho no fornecimento de soluções ligadas à geração de energias renováveis.”

“Além do aumento na demanda por equipamentos industriais em diversas regiões, mantivemos o nosso bom desempenho no fornecimento de soluções ligadas à geração de energias renováveis”, comentou.

No mercado interno, a área de geração, transmissão e distribuição de energia (GTD) foi o grande destaque no comparativo com o mesmo período do ano anterior, influenciada principalmente pelos negócios de geração eólica e solar, diz.

“Nossa operação de motores comerciais e appliance apresentou sinais de acomodação no nível de negócios, após a elevada demanda observada nos últimos trimestres”, afirma trecho do release de resultados.

No mercado externo, a WEG diz que registrou desempenho positivo na área de equipamentos eletroeletrônicos industriais, impulsionado pela contínua demanda de fabricantes de equipamentos (OEMs) de diversos segmentos de mercado.

Nossos negócios relacionados a GTD e motores comerciais e appliance também apresentaram boa performance, com crescimento de vendas e aumento da participação em mercados importantes.

“Os desafios da cadeia de suprimentos global e consequente pressão no custo dos produtos vendidos, em conjunto com a alteração de nosso mix de produtos, continuaram a pressionar as margens operacionais da companhia”, disse a WEG.

Apesar deste contexto, comentou a companhia, o modelo de negócio baseado na verticalização e flexibilidade financeira permitiu a empresa usufruir de uma maior disponibilidade de produtos e aproveitar oportunidades de crescimento de receita com ganho de participação de mercado nas principais regiões onde atua.

Investimentos e dívida

No 4T21, investiu R$ 321,3 milhões em modernização e expansão de capacidade produtiva, máquinas e equipamentos e licenças de uso de softwares, sendo 52% destinados às unidades produtivas no Brasil e 48% destinados aos parques industriais e demais instalações no exterior.

Os resultados da Weg (BOV:WEGE3) referentes suas operações do quarto trimestre de 2021 foram divulgados no dia 16/02/2022. Confira o Press Release completo!

Teleconferência

A Weg aprovou um orçamento de capital de R$ 1,5 bilhão para investimentos em aumento de capacidade de suas plantas no Brasil e no exterior, incluindo aportes represados de 2021 e 2020 por conta da pandemia. O valor representa um aumento de 77% em relação aos R$ 847,3 milhões aplicados em 2021, sendo a maior parte (R$ 321,3 milhões) no 4T21.

“Normalmente investimos de 3% a 5%, este ano será acima por conta dos investimentos represados, mas também vamos avaliar a demanda e possíveis aquisições que podem exigir ajustes neste valor”, explicou André Menegueti Salgueiro, diretor de finanças da Weg, na teleconferência de resultados trimestrais.

Com o aporte, a companhia busca atender a demanda de equipamentos para projetos de ciclo longo e na área de geração, transmissão e distribuição (GTD) de energia, no Brasil e no exterior. No segmento de energia eólica, por exemplo, a companhia tem uma carteira de backlog completa para 2022 e para os próximos anos e espera novos desenvolvimentos no médio e longo prazo.

“A demanda está bem pulverizada entre fabricantes de máquinas e equipamentos. A demanda por equipamentos ciclo longo para mineração e óleo e gás está forte no exterior. A companhia trabalhou para conquistar mercados com a abertura de unidades e investimentos e aumento de capacidade no exterior, como na India e nos Estados Unidos, e isso está justificando o bom desempenho no mercado externo”, disse André Luis Rodrigues, diretor superintendente da Weg.

A companhia avalia que as perspectivas econômicas no mercado interno, com aumento de juros e menor crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), podem impactar os negócios na área de ciclo curto, mas vê boas perspectivas para essa área no exterior. Em 2021, a empresa investiu em aumento da capacidade em uma unidade na India, que entra em operação no segundo semestre, e nos Estados Unidos.

Em relação à margens, a companhia espera ter margens saudáveis, mas com possível volatilidade devido a aumento de custos e mix de produtos vendidos. Em 2021, a companhia alcançou margem ebitda de 19,9%. “A análise de margem considera períodos longos. “O que pode impactar é aumento de custos e isso já estava no nosso cálculo, não vemos mudança em relação ao que já vimos no fim do ano passado. Não informamos ‘guidance’ de margens, mas vamos trabalhar para ter melhores margens que a concorrência”, comentou o executivo.

A companhia disse que sentiu impacto de embarques na China por um problema pontual em um porto no país, mas essa questão já foi normalizada.

A aprovação da lei que regula projetos de microgeração pode ter algum efeito nos resultados da companhia na área de equipamentos para energia solar ao longo do ano, mas muitos pedidos já estavam sendo feitos desde 2019.

VISÃO DO MERCADO

BB Investimentos

Os resultados da WEG no 4T21 vieram positivos, em nossa avaliação. Destacamos o crescimento da receita operacional em 33,7% a.a., atingindo R$ 6,5 bilhões, enquanto o retorno sobre o capital Investido (ROIC) foi de 30,5% no 4T21, 5,0 pontos percentuais acima do observado no 4T20.

Por outro lado, merece atenção a elevação dos custos de matéria prima, em especial o aço e o cobre, pressionando a margem operacional que apresentou queda de 1,2 p.p em relação ao 3T21 e de 5,0 p.p. na comparação com o 4T20.

Nas despesas de vendas, gerais e administradas (SG&A), houve aumento de 5,4% t/t e de 18,7% a/a; porém, como percentual da receita líquida, as despesas de SG&A ficaram em linha com o 3T21 e 1,4 p.p. inferior ao 4T20, o que demostra disciplina de capital da companhia.

Com efeito, a margem EBITDA no 4T21 apresentou queda de 1,3 p.p. em relação ao 3T21 e de 2,9 p.p. na comparação anual. O lucro líquido no 4T21 foi de R$ 874,1 milhões, +17,8% a/a e +7,5% t/t. A margem líquida foi de 13,4%, -1,8 p.p. em relação ao 4T20 e +0,3 t/t.

O ROIC do 4T21, acumulado nos últimos 12 meses, apresentou evolução de 5,0 p.p em relação ao 4T20, atingindo 30,5%. Perspectiva. A expansão internacional da Weg continua com os investimentos anunciados de EUR 23,5 milhões na instalação da fábrica de motores elétricos em Portugal.

A capacidade da empresa de capturar novas receitas com a expansão global do setor de energia solar nos mantém otimistas com o futuro da companhia.

Vale ressaltar, ainda, que na área de geração eólica, a demanda deve se manter forte e crescente nos próximos anos.

BB Investimentos tem recomendação de compra com preço-alvo de R$ 47,00…

BTG Pactual

WEG teve resultados dentro do esperado no quarto trimestre, diz o BTG Pactual, com bom retorno sobre capital investido e lucro líquido mesmo com a deterioração nas margens pela alta nos custos.

Os analistas Lucas Marquiori, Fernanda Recchia e Aline Gil escrevem que a fraqueza nas margens já era esperada, com um mix mais fraco de produtos após a retomada em geração eólica, e custos mais altos, mas a desaceleração foi maior que o estimado.

“Apesar disso, o retorno sobre capital investido foi robusto em 31%, enquanto investimentos subiram para R$ 321 milhões”, apontam. A receita de R$ 6,5 bilhões foi forte, com a resiliência dos clientes estrangeiros da WEG.

BTG Pactual tem recomendação de compra com preço-alvo em R$ 45,00…

Citi

Os resultados da WEG no quarto trimestre foram robustos e de alta qualidade, diz o Citi, com melhor dinâmica que o esperado no mercado externo, principalmente em motores de ciclo longo, sustentando as receitas.

“Em um período de alta nos custos dos insumos, as margens tiveram leve queda a 17,2%, mas manteve uma boa lucratividade, com retorno sobre capital investido em 30,5%”, escrevem os analistas Andre Mazini, Renata Cabral e Thais Nogueira Alonso.

O banco americano acredita que as margens devem se sustentar nos níveis atuais em 2022, com a tendência de resiliência dos produtos de ciclo longo se mantendo e os de ciclo curto sendo mais penalizados pelo cenário atual.

O lucro líquido de R$ 874 milhões no quarto trimestre foi 8% abaixo do que o Citi esperava, pressionado pela alta nos custos com insumos e mudança no mix de projetos com a inserção de turbinas eólicas.

Citi tem recomendação de compra preço-alvo em R$ 44,00…

Credit Suisse

Os resultados do quarto trimestre da WEG superaram positvamente as estimativas do Credit Suisse. O banco, porém, destaca os maiores custos no período.

Os analistas Daniel Gasparete e Pedro Hajnal afirmam que o lucro líquido ficou 12% acima das estimativas, refletindo impostos abaixo do esperado pelo banco.

As margens, porém, sofreram queda em razão de maiores custos relacionados à cadeia global de suprimentos. A margem bruta ficou em 27,6%, prejudicada também por uma mudança no mix de vendas da companhia.

“A desaceleração do crescimento e a contração das margens já eram esperadas e não devem alterar a dinâmica da empresa ou afetar significativamente seus níveis de retorno daqui para frente”, ponderam os analistas.

Os analistas apontam ainda que a companhia manteve seu retorno sobre capital investido (ROIC) de 30,5%, acima dos 28% estimados pelo banco.

As despesas gerais e administrativas ficaram dentro do esperado pelo Credit Suisse, se mantendo estáveis em relação à receita líquida. Já o resultado financeiro somou R$ 18 milhões, 21,7% abaixo das estimativas de R$ 23 milhões.

Credit Suisse tem recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 44,00…

XP

WEG apresentou números sólidos no quarto trimestre de 2021, com receita líquida de R$ 6,5 bilhões, alta de 34% em base anual e em linha com as expectativas, refletindo uma boa performance de ambos os mercados doméstico e externo, com alta de 29% e de 38% em base anual respectivamente, avalia a XP, em relatório. No entanto, a margem de lucro veio abaixo do esperado.

Os analistas Lucas Laghi, Pedro Bruno e Gabriela Ferrante escrevem que o desempenho do mercado externo foi beneficiado pela desvalorização do real de 3% em base anual, e com destaque para o segmento de equipamentos eletroeletrônicos industriais, impulsionado principalmente pela forte demanda de produtos de ciclo curto.

No mercado doméstico, os níveis permaneceram elevados, apesar da queda de 1% em base trimestral, impulsionados principalmente pelo forte desempenho do segmento de geração, transmissão e distribuição, com destaque para produtos de geração solar distribuída e produtos relacionados à energia eólica, enquanto motores comerciais foram o destaque negativo do trimestre.

Já o lucro líquido de R$ 874 milhões ficou cerca de 3% acima das estimativas da XP, mostrando um crescimento de 18% em base anual.

Porém, a margem de lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) de 17,2% apresentou contração de cerca de 3 pontos percentuais em base anual e ficou 0,7 ponto abaixo das estimativas da XP.

A queda reflete “a pressão de custo já esperada de matérias-primas e mix produtos, com maior relevância dos projetos relacionados à energia eólica, com menores níveis de rentabilidade”, escrevem os analistas.

Já o retorno sobre o capital investido permaneceu em um forte nível de 30,5%, ante 31,3% no terceiro trimestre de 2021 e 25,5% no quarto trimestre de 2020, consequência do giro de receita sobre o capital investido permanecendo em altos níveis, compensado pela contração da margem durante trimestre.

XP mantém recomendação de compra com preço-alvo de R$ 50,00…

* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Estadão, Reuters

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