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B3 (B3SA3): lucro líquido recorrente de R$ 1,2 bilhão no 4T21, aumento de 6%

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O lucro líquido recorrente da B3 atingiu R$ 1,2 bilhão no quarto trimestre de 2021, um aumento de 6% ante igual período do ano passado.

Segundo a empresa, esse resultado refletiu o desempenho operacional positivo nos segmentos de Balcão e Tecnologia, Dados e Serviços no trimestre.

Excluindo itens não recorrentes, o lucro líquido teria atingido R$ 1,229 bilhões no trimestre, aumento de 6,0%.

Adicionalmente, se ajustado pelo benefício fiscal resultante da amortização do ágio relativo à incorporação da Cetip, o lucro líquido teria totalizado R$ 1,348,9 bilhões.

“Neste trimestre, o lucro foi impactado por teste de impairment anual que registrou baixa de R$ 4,1 milhões relativos à Central de Exposição a Derivativos (CED).”

A receita líquida foi de R$ 2,1 bilhões, recuo de 4,4% ante o mesmo período do ano passado, impactada pela queda na receita dos segmentos “Listado” (-5,5%) e “Infraestrutura para financiamento” (-12,7%).

Ebitda – lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização – recorrente caiu 4,3%, para R$ 1,6 bilhão. A margem Ebitda recorrente foi de 75,9%.

“A queda na receita total é explicada, principalmente, pela queda na receita dos segmentos Listado e Infraestrutura para financiamento, apesar da alta nos demais segmentos. Vale notar que as receitas no 4T20 foram impactadas positivamente por reversão de provisões não recorrentes –sem essas reversões, as receitas deste trimestre teriam sido em linha com o 4T20”, explica a B3.

O resultado financeiro foi positivo em R$ 86,6 milhões no quarto trimestre do ano passado, incremento de 36,4% sobre mesmo período de 2020.

A receita total da Bolsa brasileira encolheu 4,2%, para R$ 2,4 bilhões, devido à reversão de provisão no valor de R$ 188,1 milhões no terceiro trimestre de 2020.

As receitas financeiras atingiram R$ 401,2 milhões, aumento de 478,0%, explicado pelo aumento na taxa de juros, e pelo aumento do caixa pelas emissões de dívidas feitas no mercado nacional e internacional em maio e setembro de 2021, respectivamente.

As despesas somaram R$ 810,3 milhões no 4T21, elevação de 12,1% em relação ao mesmo trimestre de 2020.

Apesar do cenário de incertezas, a B3 continuou apresentando altos volumes negociados em suas plataformas. No segmento de ações, o volume médio diário negociado (ADTV, na sigla em inglês) totalizou R$ 31,5 bilhões, estável em relação ao 4T20.

O número de contas na depositária atingiu 5 milhões em dezembro, crescimento de 54% em relação ao fim de 2020.

No segmento Listado, o volume financeiro médio diário negociado no mercado à vista de ações (ADTV) totalizou R$ 31,5 bilhões, praticamente estável, com -0,1% e o volume de contratos futuros de índice de ações, subiu 44,9%. No segmento de derivativos listados, o ADV totalizou 4,3 milhões de contratos, também em linha com o resultado de um ano antes.

De acordo com a apresentação da B3, “as receitas de mercado à vista e depositária foram impactadas pela política intermediária de tarifação implementada em fevereiro de 2021, em linha com a estratégia da empresa de compartilhar com o mercado ganhos de alavancagem operacional”.

Já no segmento Balcão, a B3 somou R$ 3,7 bilhões no 4T21, aumento de 1,9% na comparação anual. Conforme a companhia, houve um aumento na procura por produtos de renda fixa, o que impactou o crescimento positivamente, com +16% na receita. Porém, houve queda de 3% na receita em razão da redução de volume de emissões de contratos de swap e outros derivativos.

O maior destaque entre os segmentos foi para Tecnologia, dados e serviços, com alta de 21,5% nas receitas, somando R$ 371,7 milhões. O aumento foi impulsionado pelo crescimento de de 16% na receita de Tecnologia e Acesso, com maior número de clientes nas principais faixas de negociação, correção anual dos preços pela inflação e pelo aumento das receitas de co-location.

O aumento da volatilidade no mercado de capitais local levou a uma queda no número de ofertas públicas, com 1 IPO e 2 follow-ons acontecendo no período, totalizando R$ 3,6 bilhões.

A B3 encerrou o trimestre com ativos totais de R$ 52,5 bilhões, alta de 13,4% frente a dezembro de 2020.

As linhas de Disponibilidades e Aplicações financeiras (circulante e não-circulante) totalizaram R$ 22,1 bilhões.

Em relação aos passivos, no final do 4T21, a B3 possuía endividamento bruto de R$ 14,3 bilhões, correspondente a 2,0x o Ebitda recorrente dos últimos 12 meses.

O patrimônio líquido no final de dez/21 era de R$ 22,4 bilhões, composto, principalmente, pelo capital social de R$ 12,5 bilhões e pela reserva de capital de R$ 8,3 bilhões.

Investimentos

A B3 investiu R$ 148,4 milhões durante o trimestre, principalmente para atualizações tecnológicas em todos os segmentos da B3, para o desenvolvimento de novos produtos e para o projeto da nova estrutura predial da companhia. Adicionalmente, houve uma saída de caixa de aproximadamente R$ 1,3 bilhão no trimestre referente à aquisição da Neoway, e R$ 600 milhões referentes à participação minoritária na Dimensa.

Os resultados da B3 (BOV:B3SA3) referentes às suas operações do quarto trimestre de 2021 foram divulgados no dia 17/03/2022. Confira o Press release na íntegra!

Teleconferência

Durante teleconferência com analistas, o CFO da B3, Daniel Sonder, destacou que a empresa pode rever guidance sobre despesas caso inflação fique além do previsto. Em caso de inflação fora do previsto, ele diz que a empresa tem uma margem em sua guidance já divulgada para lidar com as variações.

O executivo reconheceu que há um impacto da inflação sobre as despesas, destacando o dissídio coletivo previsto para agosto, que pode influenciar a segunda metade do ano. Caso a inflação saia muito do esperado, é possível uma revisão da guidance sobre despesas.

Dividendos B3

Em teleconferência com analistas, Daniel Sonder, CFO da B3, afirmou que a empresa pretende continuar em 2022 com a política de dividendos que vem sendo implementada nos últimos anos. A guidance é de distribuição de 110% a 140% do lucro societário em 2022. A distribuição de juros sobre o capital próprio é sempre o máximo do permitido, complementando o payout com 100% do resultado de cada trimestre.

Ele afirmou que a B3 combina a política de distribuição com a de recompra de títulos em caso de excesso de caixa, que não é acumulado pela empresa, mas sim repassado aos acionistas, levando em conta, no entanto, o compromisso com investimentos para impulsionar o crescimento. Sonder disse esperar uma boa distribuição, a partir da expectativa para o caixa da empresa no ano.

Finanças

Quanto à receita financeira, o CFO da B3 afirmou que a relação entre dívida e caixa foi “bastante alta” no quarto trimestre. Mas disse que o caixa já está preparado para vencimentos neste ano, em um ambiente de juros altos, em que espera uma receita financeira grande.

A perspectiva é que a relação entre dívida e caixa não fique muito acima de duas vezes. A empresa diz que espera realizar pagamentos de títulos com o caixa que tem em mãos, mas não descarta realizar rolagens a depender do desempenho do câmbio.

Sobre o vencimento da debênture BSA312 em maio, Sonder afirmou que há caixa o suficiente para não realizar a rolagem, mas que as condições de mercado e o cenário serão avaliados.

Juros e cenário

Daniel Sonder afirma que o crescimento desacelerado e juros mais altos e escassez de veículos vêm trazendo dificuldades para o financiamento. Ele ponderou que essa linha é sujeita ao cenário macroeconômico, mas não é a mais relevante da empresa.

Em tecnologia e serviços, afirmou que a empresa vem se saindo bem, crescendo bastante em número de clientes que pagam anuidades recorrentes. Em market data, afirmou que a empresa está exposta a variações cambiais, já que a cobrança pelo serviço é em dólar.

Quanto a OTC (mercado de balcão), avaliou que este mercado está protegido da taxa de juros, historicamente, considerando que os instrumentos são roláveis e vinculados às flutuações. Em anos com juros altos e crescimento baixo, há menor volume de emissões, mas aumento no volume nominal dos estoques.

Em anos com taxas de juros altas e mercado deprimido, os títulos de renda fixa tiveram bom desempenho, protegendo a empresa mesmo em um ambiente mais desafiador em outras linhas de atuação da B3, afirmou.

VISÃO DO MERCADO

Bradesco BBI

O Bradesco BBI também apontou os dados de Ebitda abaixo do esperado, impactados pela aceleração do opex (gastos de manutenção), pois a inflação pesou nos custos de pessoal e a empresa continua investindo no negócio.

Daqui para frente, os analistas continuam acreditando que o foco principal dos investidores deve estar no nível sustentável de volumes, uma vez que a taxa Selic continua subindo.

“Vemos a B3 sendo negociada em 17 vezes o preço sobre o lucro esperado para 2022, pouco espaço para uma reclassificação no curto prazo até que tenhamos maior visibilidade sobre o final do ciclo de aperto monetário e riscos potenciais na frente política/macro”, avaliam os analistas.

Bradesco BBI tem recomendação de compra com preço-alvo de R$ 15,00…

Credit Suisse

A bolsa de valores teve um lucro líquido ajustado de R$ 1,2 bilhão (veja os destalhes do balanço), valor 2% abaixo do esperado pela equipe do UBS BB, 1,1% menor do que esperava o Credit Suisse e 5,7% inferior ao consenso de mercado.

De acordo com os analistas Marcelo Telles, Bruna Amorim e Daniel Vaz, do Credit Suisse, o lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado da B3 caiu a R$ 1,65 bilhão, valor 5,3% abaixo do esperado pelo banco suíço e 6,4% menor que o consenso de mercado.

“Com receitas em linha com as expectativas (pois os volumes já eram conhecidos e esperava-se mais progresso na implementação da nova tabela de preços), o Ebitda abaixo do esperado foi impulsionado por maiores despesas operacionais, com aumento na maioria das linhas, e destaque para outras despesas no valor de R$ 57 milhões (em grande parte devido a provisões de assessoria jurídica), seguido por pessoal e processamento de dados”, escreve a equipe de análise do Credit Suisse.

Os analistas consideram um alívio, contudo, que o guidance para as despesas em 2022 tenha sido mantido oscilando entre R$ 1,28 bilhão e R$ 1,38 bilhão. Eles ressaltam ainda que as receitas relacionadas a dados continuam mostrando uma boa evolução com o faturamento em tecnologia, dados e serviços se expandindo a R$ 372 milhões no quarto trimestre de 2021, em um aumento de 7,6% contra o trimestre anterior e 21,5% na base anual.

A equipe do Credit Suisse destaca ainda que a B3 anunciou hoje uma distribuição adicional de dividendos no valor de R$ 789 milhões relativa a 2021, e de juros sobre o capital próprio em R$ 302 milhões relativa a 2022.

O Credit Suisse tem recomendação outperform (desempenho esperado acima da média do mercado) para as ações da B3 sob a justificativa de que os papéis estão operando a múltiplos de 16,2 vezes o valor de mercado sobre o lucro, o que ainda representa um desconto relevante aos níveis históricos. O preço-alvo está estimado em R$ 15,00, o que corresponde a uma valorização de 8,38% sobre o nível atual de negociação das ações.

Credit Suisse tem recomendação de compra com preço-alvo de R$ 15,00…

Itaú BBA

O Itaú BBA também ressaltou que, na linha da receita, os resultados da B3 não deveriam surpreender o mercado, dados os volumes divulgados anteriormente, mas as despesas operacionais ficaram acima das projeções do banco.

O Volume Médio de Negociações Diárias (ADTV, na sigla em inglês) se sustentou, ainda robusto em ações à vista, ficando estável em relação ao ano anterior e ao trimestre anterior.

Itaú BBA mantém recomendação de compra com preço-alvo de R$ 17,00…

UBS BB
Já os analistas Kaio Prato, Bruna Werneck e Leandro Leite, do UBS BB, escrevem que as despesas da B3 cresceram principalmente em serviços de terceiros (custos de M&A), processamento de dados e provisões para questões judiciárias.

Entre outros pontos negativos, a equipe cita as tarifas médias em ações, que ficaram 2% abaixo do esperado pelo UBS, caindo 0,1 ponto-base na comparação trimestral e 0,5 pontos-base na anual refletindo a nova tabela de preços implementada em fevereiro de 2021 e os incentivos para grandes traders não diários, que entraram em vigor em junho do ano passado.

Por outro lado, é citado como positivo o avanço de 22% ante o quarto trimestre de 2020 na linha de negócios de tecnologia e outros e de 9% na mesma base do segmento de dívidas corporativas em balcão, “refletindo mais alto saldo de instrumentos de financiamento bancário e maior estoque em aberto de dívida corporativa”.

UBS BB tem recomendação de compra com preço-alvo de R$ 18,00…

* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Estadão, Reuters

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