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Hapvida (HAPV3): lucro líquido de R$ 200 milhões no 4T21, alta de 112,4%

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A Hapvida registrou lucro líquido de R$ 200 milhões no quarto trimestre de 2021, alta de 112,4% em relação ao mesmo período de 2020. Entre janeiro e dezembro, o lucro líquido recuou 36,3%, para R$ 500,3 milhões.

O lucro líquido ajustado totalizou R$ 347,1 milhões no 4T21, crescimento de 51,5% na comparação com o 4T20.

A companhia explica que o desempenho foi afetado por eventos não recorrentes, como amortização do valor justo proveniente da combinação de negócios com a Notre Dame, a dedução do imposto corrente da amortização, além do ajuste do incentivo de longo prazo.

A receita líquida somou R$ 2,598 bilhões entre outubro e dezembro do ano passado, alta de 14,3% na comparação com igual etapa de 2020, apesar do impacto do reajuste negativo dos planos individuais no trimestre.

O ebitda – lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização – somou R$ 388,4 milhões, recuo de 10,1% na comparação com o mesmo intervalo de 2020. Já o Ebitda Ex-ILP teve queda de 8,8%, saindo de R$ 431,8 milhões no quarto trimestre de 2020 para R$ 394 milhões no mesmo período de 2021.

A margem bruta atingiu 32,8% no último trimestre de 2021, retração de 0,6 pontos porcentuais na comparação anual.

O lucro operacional da Hapvida atingiu R$ 155,4 milhões no 4T21, recuo de 10,3% frente ao resultado do 4T20, com margem operacional de 6%.

O número de beneficiários de planos de saúde ao fim do trimestre apresentou crescimento de 14,3% na comparação com o mesmo período do ano anterior, alcançando 4.278 milhões, resultado influenciado pela entrada por meio de aquisições (M&A): 21 mil beneficiários de Samedh e Plamheg (1 mil em planos individuais e 20 mil em planos coletivos), 284 mil beneficiários da Promed (3 mil em planos individuais e 281 mil em planos coletivos) e 142 mil beneficiários da Premium (8 mil em planos individuais e 134 mil em planos coletivos).

O tíquete médio do segmento saúde recuou 1,2%, para R$ 200,01, refletindo os ganhos de 3,3% de planos corporativos e o recuo de 3,2% nos planos individuais.

Já o tíquete médio odontológico foi de R$ 11,48, queda de 8,7% o comparativo trimestral. Os planos corporativos sofreram recuo de 13,8% no valor médio das mensalidades, enquanto os individuais registraram queda de 4,1%.

A sinistralidade caixa atingiu 64,9% no trimestre, representando aumento de 5,4 pontos porcentuais em relação ao mesmo período em 2020. A sinistralidade total atingiu 67,2%, crescimento de 0,7 pontos porcentuais.

As despesas administrativas da Hapvida subiram 41,1% no último trimestre, para R$ 292,6 milhões, enquanto as despesas de vendas avançaram 29,4%, para R$ 219,1 milhões.

Na composição do crescimento de vidas ao final do quarto trimestre, as adições orgânicas somaram 408 mil vidas e os cancelamentos totalizaram 394 mil vidas, representando uma adição líquida orgânica de 14 mil vidas. Duas aquisições já anunciadas, HB e Smile Saúde, que ainda aguardam o cumprimento de condições precedentes, totalizam 209 mil beneficiários.

A empresa encerrou o trimestre com 3.028 leitos hospitalares operacionais, o que representa uma redução de 212 leitos na comparação com o mesmo intervalo do ano anterior e aumento de 40 leitos em relação ao terceiro trimestre de 2021. Ao fim do ano, restavam apenas 6 leitos destinados ao tratamento da covid-19, aumento de 2 leitos na comparação com o trimestre imediatamente anterior.

Segundo a companhia, já nos primeiros meses de 2022, foram adicionados 50 leitos em virtude da disseminação da variante Ômicron no Brasil juntamente com a Influenza H3N2.

O resultado financeiro líquido no quarto trimestre totalizou uma despesa líquida de R$ 21,7 milhões em comparação a uma despesa líquida de R$ 30 milhões no mesmo período de 2020.

Ao fim do 4T21, a companhia apresentou saldo de dívida de R$ 5,6 bilhões composto, majoritariamente, da captação da 2ª debênture e do 1º CRI (Certificado de Recebíveis Imobiliários), bem como um saldo de dívida remanescente proveniente do balanço das empresas adquiridas de R$ 42,1 milhões.

Incluindo o saldo de Outras contas a pagar de empresas adquiridas e os saldos de Instrumentos financeiros derivativos, a dívida bruta totaliza R$ 6,2 bilhões. O índice de dívida financeira líquida/Ebitda no 4T21 foi de -0,8x em função da posição de caixa de R$ 7,5 bilhões.

Os resultados da Hapvida (BOV:HAPV3) referentes suas operações do quarto trimestre de 2021 foram divulgados no dia 23/03/2022. Confira o Press Release completo!

Teleconferência

A integração entre o Sistema Hapvida e o Grupo NotreDame Intermédica (GNDI) é o principal desafio do grupo para este ano. Pelo menos é isso que Jorge Pinheiro, presidente do Hapvida, e Irlau Machado Filho, presidente do GNDI, apontaram na manhã de hoje, durante teleconferência sobre os resultados de 2021. A combinação dos negócios foi aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) no início deste ano.

No balanço do quarto trimestre de 2021, divulgado ontem (23), a Hapvida registrou lucro líquido de R$ 200,2 milhões no quarto trimestre de 2021, alta de 112,4% na comparação anual Já a Intermédica, registrou prejuízo líquido de R$ 4,9 milhões no quarto trimestre de 2021, revertendo lucro líquido apurado no mesmo período do ano anterior, de R$ 155,2 milhões.

Para os dois executivos, a sinergia das empresas vai tornar os planos de saúde oferecidos mais completos, competitivos e atraentes para os consumidores. “A implantação de nossos sistemas tem feito o cancelamento de clientes inativos ou inadimplentes em 60 dias. Também temos descontinuado pequenas cidades, ajustando o portfólio e preparando novos produtos”, destacou Filho.

Para o executivo, o plano estratégico da empresa vai melhorar a qualidade do atendimento e oferecer novos hospitais e clínicas para os beneficiários. “Isso trará sustentabilidade de crescimento e democratizará os produtos oferecidos aos clientes. A verticalização dos serviços vai melhorar a rede e diminuir nossos custos”.

Sobre o aumento da sinistralidade em 2021, os executivos lembraram que aproximadamente R$ 126 milhões estão diretamente relacionadas ao tratamento de pacientes Covid, entre a Rede Própria e a Rede Credenciada. “Com o controle da pandemia, mesmo com a variante Ômicron no início de janeiro, sabemos que a sinistralidade votará a patamares pré-pandemia”, apontou Pinheiro.

Por fim, o grupo comentou sobre a expansão da companhia, que desde 2020, foram consolidadas 16 aquisições em pelo menos quatro diferentes estados da Federação, que estão em diferentes estágios do seu respectivo processo de integração. E, em função da pandemia, diversas iniciativas de integração ainda não foram implementadas em sua totalidade. Assim, estas empresas ainda apresentam de forma agregada uma Sinistralidade Caixa acima dos patamares da GNDI. Importante ressaltar que os cronogramas de integração já foram restabelecidos para que as eficiências operacionais dos ativos sejam capturadas.

Na Bolsa de Valores (B3), a partir do dia 14 de fevereiro, o papel das duas empresas combinadas passará a ser negociado com o código HAPV3. No dia 16, cada acionista da Intermédica receberá 5,2436 ações da Hapvida por cada papel da Notre Dame que detenha. No dia 29 de março, os acionistas vão receber a parcela caixa no montante de R$ 5,1260 por ação.

VISÃO DO MERCADO

Bradesco BBI

Na mesma linha, o BBI aponta que, embora acreditem que a maioria dos fatores por trás dos dados piores são transitórios (seguindo as sinergias, recuperação de tíquete de planos individuais, e fim do Covid-19), agora está mais preocupado, avaliando que o tíquete pode se recuperar mais lentamente do que o esperado, devido à concorrência e às condições macro, retardando a melhoria da margem Ebitda.

Contudo, no geral, os analistas seguem com recomendação positiva para a ação HAPV3.

Bradesco BBI mantém  recomendação de compra com preço-alvo a R$ 17,00…

Citi

Os resultados de Hapvida e Notre Dame Intermédica foram ruins no quarto trimestre, diz o Citi, impactado por alta na sinistralidade e nas despesas administrativas. O banco diz ainda que as tendências comerciais vieram abaixo do esperado, com menor número de adições orgânicas e queda no tíquete médio.

Os analistas Leandro Bastos e Renan Prata escrevem que o cenário deve permanecer desafiador para a companhia por algum tempo, com a pressão da sinistralidade se mantendo pelo menos no primeiro trimestre e a integração das aquisições recentes influenciando as margens.

“Continuamos a ver a tese com bons olhos na perspectiva de longo prazo, apesar do curto prazo desafiador com pressão nas tendências de lucro, o que tira gatilhos claros neste momento”, comentam. O Ebitda ajustado da Hapvida foi 13% menor que o esperado pelo banco, enquanto Notre Dame veio 10% menor.

Citi mantém recomendação de compra com preço-alvo a R$ 15,00…

Credit Suisse

O Credit Suisse avalia ainda que a Hapvida tem um caminho mais longo para a normalidade, uma vez que a companhia apresentou um crescimento orgânico muito fraco.

Os resultados confirmam a hipótese de que, além de integrar as operações adquiridas, há pressões adicionais sobre folhas de pagamento e materiais, consistentes com o atual cenário macroeconômico. Tanto as despesas comerciais quanto as despesas gerais e administrativas ficaram acima dos níveis históricos, reduzindo a margem Ebitda, enquanto o lucro líquido foi beneficiado de menores alíquotas efetivas de impostos (amortização de aquisições).

Analistas acreditam que o principal impulsionador da Hapvida seja o crescimento orgânico, que foi modesto durante a pandemia. Por outro lado, avaliam, a situação econômica desfavorável pode beneficiar a nova companhia, a partir da fusão Hapvida-NotreDame, dado o tíquete mais baixo.

Pela MLR (taxa de sinistralidade), eles acreditam que as pressões econômicas podem aumentar o tempo para o retorno aos patamares históricos, contrariando a hipótese de rápida recuperação pós-pandemia.

Credit Suisse mantém recomendação de compra com preço-alvo a R$ 16,70…

Goldman Sachs

A Hapvida reportou lucro líquido acima das estimativas no quarto trimestre do ano passado, enquanto a receita bruta teve “crescimento modesto” e o Ebitda “decepcionou”, de acordo com o Goldman Sachs. A companhia divulgou na noite de ontem seus resultados trimestrais e de todo o ano passado.

Os analistas Tito Labarta, Tiago Binsfeld, Beatriz Abreu e Nicholas Walker apontam que o lucro líquido superou em 54% as projeções do Goldman Sachs. O resultado reflete créditos tributários de R$ 66,5 milhões.

O Ebitda da companhia, porém, “desapontou” e ficou 5% abaixo das projeções do Goldman Sachs e 12% abaixo do consenso de mercado. O Goldman Sachs afirma que as despesas operacionais superaram as estimativas em 20%, “muito acima do esperado”.

Ainda de acordo com os analistas, a sinistralidade caixa “ainda está em níveis relativamente altos”, apesar das menores hospitalizações relacionadas à covid-19 e do maior volume de consultas. Uma das causas é o índice de sinistralidade das recentes aquisições, como a Promed, além do reajuste negativo das mensalidades de planos individuais.

“Nós esperamos uma reação negativa do mercado, considerando as tendências operacionais mais fracas do que o esperado”, afirmam os analistas.

Goldman Sachs mantém recomendação neutra com preço-alvo a R$ 15,00…

Itaú BBA

Para o Itaú BBA, o resultado também foi pouco inspirador, resultando que as adições líquidas ficaram aquém das expectativas do banco, apresentando tendências muito semelhantes às observadas no trimestre anterior.

Na vertical Hapvida, o churn (taxa de cancelamento) das operações recém-adquiridas em Belo Horizonte (Promed, com prejuízo líquido de 6 mil beneficiários e Premium com prejuízo líquido de 9 mil) reduziu as adições líquidas da operação, que ficaram consideravelmente abaixo das expectativas.

Na vertical do Notre Dame, as adições líquidas aceleraram no trimestre, bastante em linha com as estimativas BBA, resultando em um faturamento em linha com o esperado pelo banco.

XP Investimentos 

A XP aponta que o destaque positivo dos resultados de ambas as empresas foi a contínua – ainda que lenta – redução da sinistralidade caixa, atingindo 64,9% para a Hapvida e 76,1% para a NotreDame.
Por outro lado, ainda avaliaram que as adições líquidas trimestrais de planos de saúde foram desanimadoras. Enquanto isso, o lucro líquido ajustado da Hapvida foi de R$ 374 milhões – auxiliado por um grande benefício fiscal – e o lucro líquido ajustado da GNDI foi de R$ 49 milhões – prejudicado por um alto endividamento líquido.

A receita aumentou 14% na base anual (em linha com a estimativa da casa), principalmente devido a um aumento de 14% anual no número de planos de saúde, juntamente com uma queda de 1,2% anual no tíquete médio.

Os beneficiários de planos de saúde totalizaram 4.278 mil no ano de 2021, com adições líquidas de 534 mil no ano (447 mil de aquisições) e 14 mil no trimestre. “O principal detrator do tíquete médio foi a carteira de planos individuais (queda de 3,2% na base anual), impactada pelo reajuste negativo de 8,2% de preços determinado pela ANS em meados de 2021”, apontam os analistas.

XP mantém recomendação de compra com preço-alvo de R$ 19,00…

* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Estadão, Reuters

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