A Log Commercial Properties, empresa de condomínios logísticos, obteve no primeiro trimestre do ano lucro líquido consolidado de R$ 132,3 milhões, crescimento de 8% na comparação anual. Segundo a companhia, foi o melhor resultado trimestral de sua história. O lucro líquido atribuído aos sócios controladores chegou a R$ 131,5 milhões no período, alta de 20% em base anual.

A receita líquida ficou em R$ 40,792 milhões, alta de 11,0% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando foi de R$ 36,749 milhões.

No trimestre, a empresa ainda comemorou a “vacância mínima histórica”, estabilizada em 1,63%, com a inadimplência seguindo próxima do zero. “Reforçando a dinâmica positiva do nosso setor e do contínuo crescimento das atividades de e-commerce no país, nossos empreendimentos a serem entregues em 2022 estão em sua grande maioria pré-locados para clientes com atividades diretamente ligadas ao e-commerce”, explica a empresa.

ebtida – lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização – da companhia teve queda de 11% na comparação anual, de R$ 143,6 milhões para R$ 127,3 milhões, por redução na atividade de desenvolvimento — a parcela sobre locação ficou estável, em R$ 30 milhões.

A inadimplência na locação está em 0,4%, patamar inferior ao final do ano passado, e o índice de renovação contratual foi de 89% no trimestre.

Novos galpões da Log se espalham pelo Brasil e já têm destino certo

Único player do setor com atuação nacional, um dos diferenciais da companhia para conquistar os clientes é a oferta de espaços para quem quer crescer fora do eixo Rio-São Paulo.

Apesar de ainda estar concentrada no Sudeste, onde está 54,6% da Área Bruta Locável (ABL) da empresa, já há galpões da Log em 377 municípios brasileiros. O plano é focar em outras regiões do país nos próximos anos.

“O Centro-Oeste e Nordeste têm se destacado em relação à demanda para o nosso crescimento”, cita André Vitória.

Enquanto avança pelo território nacional, outro feito da empresa alivia as preocupações com a locação dos novos galpões. No primeiro trimestre, os 69,8 mil m² de ABL construídos foram entregues com 100% de locação.

No ano, 85% dos 414 mil m² previstos já estão pré-locados. E a maior parte desse percentual de possíveis contratos é com empresas que já são clientes da companhia.

“Quando a gente avança para novas praças, muitas delas já têm uma procura relevante por parte dos clientes. Nós crescemos junto com eles”, conta o diretor.

Com o momento favorável e demanda pelos ativos, a Log deve seguir expandindo seu portfólio. A meta é adicionar 1,5 milhão de m² em ABL até 2024. E 90% dos terrenos necessários para o plano já estão no landbank — o banco de terrenos da empresa.

Mas de onde vem o dinheiro necessário para erguer tantos galpões? Segundo André Vitória, a companhia tem três possíveis fontes de financiamento.

A primeira é a emissão de títulos de dívida. Recentemente a empresa captou R$ 300 milhões via Certificado de Recebíveis Imobiliários (CRI) a um custo médio de CDI+1,31%.

Mesmo em meio ao ciclo de alta dos juros, o diretor garante que esta ainda é uma alternativa viável para a Log. “A companhia tem uma alavancagem muito baixa, então conseguimos comportar a dívida dentro do nosso balanço”.

O indicador dívida líquida/EBITDA, que aponta o nível de endividamento da empresa, subiu para 1,8x em março, contra 0,2x há um ano. Mas o custo efetivo das dívidas teve apenas leve alta no período, passando de CDI+1,4% para CDI+1,8% na mesma base de comparação.

Os resultados da Log Commercial (BOV:LOGG3) referente a suas operações do primeiro trimestre de 2022 foram divulgados no dia 28/04/2022. Confira o Press Release completo!

* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Estadão, Reuters