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Preços ao produtor no Brasil cresce 3,13% em março

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Em março de 2022, os preços da indústria cresceram 3,13% frente a fevereiro, número superior ao da comparação entre fevereiro/2022 e janeiro/2022 (0,54%).

Em março, o preço de 16 das 24 atividades industriais investigadas apresentaram variações positivas de preço ante o mês imediatamente anterior.

O Índice de Preços ao Produtor (IPP) das Indústrias Extrativas e de Transformação mede os preços de produtos “na porta de fábrica”, sem impostos e fretes, e abrange as grandes categorias econômicas: bens de capital, bens intermediários e bens de consumo (duráveis, semiduráveis e não duráveis).

Em março, 16 das 24 atividades industriais investigadas apresentaram variações positivas de preço ante o mês imediatamente anterior, seguindo o sinal da variação no índice da indústria geral. Em fevereiro, foram 15.

As quatro atividades com maiores variações, em termos absolutos, entre fevereiro e março, foram: refino de petróleo e biocombustíveis (10,84%); indústrias extrativas (10,69%); outros produtos químicos (5,75%); e calçados e produtos de couro (-3,28%).

Refino de petróleo e biocombustíveis foi o setor industrial de maior destaque na composição do resultado agregado, sendo responsável por 1,23 pontos percentuais (p.p.) de influência na variação de 3,13% da indústria geral. Ainda neste quesito, outras atividades que também sobressaíram foram alimentos, com 0,71 p.p. de influência, indústrias extrativas (0,61 p.p.) e outros produtos químicos (0,57 p.p.).

Com as variações de preço de março, o indicador acumulado no ano atingiu variação de 4,93%. Em 2021, a taxa acumulada até o mês de março havia sido de 13,92%. O valor da taxa acumulada no ano até este mês de referência é o segundo maior já registrado para um mês de março desde o início da série histórica, em 2014.

Entre as atividades que, em março/2022, tiveram as maiores variações no acumulado no ano, sobressaíram: indústrias extrativas (31,36%), refino de petróleo e biocombustíveis (15,23%), impressão (6,75%) e bebidas (6,45%). Já as principais influências foram registradas em refino de petróleo e biocombustíveis (1,70 p.p.), indústrias extrativas (1,53 p.p.), alimentos (0,83 p.p.) e outros produtos químicos (0,48 p.p.).

A variação acumulada em 12 meses foi de 18,31% neste mês de referência. No mês antecedente (fevereiro/2022), este mesmo indicador havia registrado taxa de 20,02%. Os setores com as quatro maiores variações de preços foram: refino de petróleo e biocombustíveis (41,97%); outros produtos químicos (37,50%); produtos de metal (24,38%); e fabricação de máquinas e equipamentos (23,81%). Já os setores de maior influência foram: refino de petróleo e biocombustíveis (4,28 p.p.); alimentos (4,11 p.p.); outros produtos químicos (3,29 p.p.); e veículos automotores (0,93 p.p.).

Entre as Grandes Categorias Econômicas, a variação de preços em março frente a fevereiro de 2022 repercutiu da seguinte maneira: 0,32% de variação em bens de capital; 3,65% em bens intermediários; e 2,80% em bens de consumo, sendo que a variação observada nos bens de consumo duráveis foi de 0,36%, ao passo que nos bens de consumo semiduráveis e não duráveis foi de 3,28%.

A principal influência dentre as Grandes Categorias Econômicas foi exercida por bens intermediários, cujo peso na composição do índice geral foi de 59,22% e respondeu por 2,15 p.p. da variação de 3,13% nas indústrias extrativas e de transformação. Completam a lista, bens de consumo, com influência de 0,96 p.p., e bens de capital com 0,02 p.p. No caso de bens de consumo, a influência observada em março se divide em 0,02 p.p., que se deveu à variação nos preços de bens de consumo duráveis, e 0,94 p.p. associado à variação de bens de consumo semiduráveis e não duráveis.

A variação acumulada no ano das Grandes Categorias Econômicas chegou a 3,48%, no caso de bens de capital; 5,94% em bens intermediários; e 3,50% em bens de consumo – sendo que bens de consumo duráveis acumulou variação de 1,86%, enquanto que bens de consumo semiduráveis e não duráveis, 3,82%.

Em termos de influência no acumulado no ano, bens de capital foi responsável por 0,24 p.p. dos 4,93% verificados na indústria geral até março deste ano. Bens intermediários respondeu por 3,48 p.p. e bens de consumo exerceu influência de 1,21 p.p., sendo 0,10 p.p. para bens de consumo duráveis e 1,10 p.p. para bens de consumo semiduráveis e não duráveis.

No indicador acumulado em 12 meses entre as Grandes Categorias Econômicas, a variação de preços de bens de capital foi de 16,70% em março/2022. Os preços dos bens intermediários, por sua vez, variaram 19,66% neste intervalo de um ano e a variação em bens de consumo foi de 16,34%, sendo que bens de consumo duráveis apresentou variação de preços de 13,32% e bens de consumo semiduráveis e não duráveis de 16,93%.

No que diz respeito às influências no resultado dos últimos 12 meses entre as Grandes categorias Econômicas, com peso de 59,22% no cálculo do índice geral, bens intermediários foi responsável por 11,51 p.p. dos 18,31% de variação acumulada em 12 meses na indústria, neste mês de referência. No resultado de março de 2022, houve, ainda, influência de 5,65 p.p. de bens de consumo e de 1,15 p.p. de bens de capital.

No mês de março, destacaram-se os seguintes setores:

Indústrias extrativas: em março, os preços subiram 10,69% frente ao mês anterior, a terceira alta consecutiva e o primeiro resultado positivo com dois dígitos desde fevereiro de 2021 (27,91%). Com isso, o acumulado no ano foi a 31,36%. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, a variação é negativa (-0,03%).

O setor destaca-se por ser a segunda maior variação na comparação com o mês anterior e a primeira no acumulado. Além disso, foi a terceira maior influência frente ao mês anterior (0,61 p.p., em 3,13%) e a segunda no acumulado (1,53 p.p., em 4,93%).

Alimentos: em março, os preços dos alimentos variaram 3,01% ante o mês anterior. É o maior resultado desde outubro de 2020 (4,67%). Com esse aumento, o acumulado no ano chegou a 3,50% e a 17,42%, na comparação de março de 2022 contra março de 2021. O setor teve a segunda maior influência frente ao mês anterior (0,71 p.p., em 3,13%) e no acumulado em 12 meses (4,11 p.p., em 18,31%) e a terceira no acumulado no ano (0,83 p.p., em 4,93%).

Os quatro produtos de maior influência frente ao mês anterior respondem por 1,10 p.p. da variação de 3,01%. Entre eles, apenas um, “açúcar VHP (very high polarization)”, impactou negativamente o resultado. Este movimento é compatível tanto com as condições específicas do mercado, como também com a apreciação do real frente ao dólar (4,4% em relação a fevereiro e 12,1% ao longo de 2022).

No caso de “resíduos da extração de soja” e “carnes e miudezas de aves congeladas”, os preços acompanharam o aumento da demanda, em particular do mercado internacional. No caso de “leite esterilizado / UHT / Longa Vida”, a oferta do leite in natura esteve abaixo do normal, o que tem impacto direto nos custos.

Refino de petróleo e biocombustíveis: em março, os preços do setor variaram, em relação a fevereiro, 10,84%, variação mais intensa desde novembro de 2021 (7,45%) e a mais intensa desde março de 2021 (16,68%), sendo a primeira em dois dígitos no período. O acumulado no ano saltou de 3,96% em fevereiro para 15,23% em março. No acumulado em 12 meses, a variação foi de 41,97%, 7,48 p.p. menor do que a de fevereiro.

Pelo comportamento dos preços, o setor foi destaque tanto em variação quanto em influência, nos três indicadores calculados. Foi o primeiro na variação mensal e na anual, e o segundo na acumulada no ano. Foi, por sua vez, a principal influência nos três casos: 1,23 p.p., em 3,13% (frente ao mês anterior); 1,70 p.p., em 4,93% (acumulado no ano); e 4,28 p.p., em 18,31% (acumulado em 12 meses). Por fim, vale observar que o setor, quando comparado a todos os demais da indústria, é o segundo que apresentou a maior variação desde dezembro de 2018 (base da série atual), 122,27%, perdendo para indústrias extrativas (147,56%).

Outros produtos químicos: a indústria química, no mês de março, apresentou uma variação de 5,75%, maior valor desde outubro de 2021, quando alcançou 6,42%. Os resultados observados estão ligados principalmente aos preços internacionais, com impacto nos custos de aquisição das matérias-primas, especialmente dos produtos ligados a adubos e herbicidas.

Os maiores responsáveis pelo resultado no mês são os produtos do grupo “fabricação de produtos químicos inorgânicos”, o qual apresentou uma variação média de 9,27% no mês, seguido dos produtos de “fabricação de defensivos agrícolas e desinfestantes domissanitários”, que tiveram uma variação de 11,15% no mês – maior variação em toda série levantada no IPP. Já o grupo de “fabricação de resinas e elastômeros” ficou com uma variação de -1,80%.

Quanto aos quatro produtos que mais influenciaram o resultado (5,31 p.p., em 5,75%), houve aumento de preços em todos eles: “adubos ou fertilizantes à base de NPK”, “herbicidas para uso na agricultura”, “adubo/fertilizante mineral/ químico com nitrogênio e potássio” e “adubos ou fertilizantes minerais ou químicos, fosfatados”. Os demais 35 produtos pesquisados na atividade tiveram, na média, um resultado positivo de 0,44 p.p. da variação final da atividade.

O setor se destacou, na comparação com as 24 atividades da pesquisa, por ter a terceira maior variação de preços no mês, a segunda no acumulado em 12 meses, a quarta influência no mês e no acumulado do ano e a terceira maior influência no acumulado em 12 meses.

Veículos automotores: em março, a variação observada no setor, quando comparada com o mês imediatamente anterior, foi de 0,28%, próxima à observada no mês passado, que foi de 0,30%. Este foi o 21º resultado positivo consecutivo neste indicador. Com isso, no primeiro trimestre de 2022, o setor acumula uma variação de 2,86%. A variação acumulada nos últimos 12 meses foi de 13,52%, abaixo dos 14,82% observados em fevereiro e vem apresentando uma desaceleração desde janeiro, que também havia sido o maior resultado da série para este indicador, com 15,94%.

A atividade de veículos automotores se destacou, dentre todos os setores analisados na pesquisa, por apresentar a quarta maior influência no resultado acumulado em 12 meses, com 0,93 p.p. em 18,31% da Indústria Geral.

O grupo econômico analisado da atividade, “fabricação de automóveis, camionetas e utilitários”, apresentou, em março, variação de 0,19% na comparação com fevereiro. Assim como ocorre no setor, esse é o 21º resultado positivo consecutivo nesse indicador. Além disso, o grupo acumula, nesses três primeiros meses de 2022, uma variação de 2,00%, ao passo que, nos últimos 12 meses, apresenta um resultado de 11,43%. Vale destacar que todos esses resultados estão abaixo da média do setor.

Informações IBGE

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