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Santander (SANB11): lucro líquido gerencial de R$ 4,005 bilhões no 1T22, alta de 1,3%

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O Santander Brasil obteve lucro líquido gerencial de R$ 4,005 bilhões no primeiro trimestre, o que representa alta de 1,3% na comparação com o mesmo período do ano passado e avanço de 3,2% ante o trimestre imediatamente anterior.

O número ficou em linha com a previsão da Refinitiv, de R$ 4,026 bilhões. Já o lucro líquido societário foi de R$ 3,946 bilhões, o que representa um crescimento de 40,1% em relação ao mesmo trimestre de 2021.

A filial brasileira do banco espanhol viu suas margens se expandirem no trimestre, diante de um aumento na chamada margem com produtos, e também expandiu sua receita com serviços, o que sustentou a alta do resultado líquido.

Por outro lado, o Santander gastou mais com provisões e viu despencar os resultados com tesouraria. O balanço é o primeiro do período de gestão do novo CEO do banco no País, Mario Leão. Ele assumiu o cargo na virada do ano.

A margem financeira bruta atingiu R$ 13.938 milhões no 1T22, apresentando alta de 3,8% em doze meses. A boa performance se deve a margem com clientes, que cresceu 29,6% no ano, influenciada principalmente por maiores volumes e spreads. Em três meses, a queda de 1,5% da margem está relacionada às menores receitas com operações de mercado.

O desempenho foi puxado pela margem com produtos, que reflete o resultado do banco com operações para empresas ou pessoas físicas, e foi de R$ 13,161 bilhões, alta de 24,8% no espaço de um ano. A margem com clientes foi de R$ 13,854 bilhões, expansão de 29,6%.

A instituição atribuiu o resultado a maiores volumes e também a uma mudança no mix de crédito e dos spreads nas captações, beneficiados pela alta dos juros. O banco, assim como seus pares, migrou ao longo de 2021 para empréstimos mais rentáveis, em busca, justamente, de uma expansão das margens.

Já a margem com mercado, que reflete os resultados do Santander com tesouraria, caiu 96,9% em um ano, para R$ 84 milhões. O resultado veio de “nossa conhecida sensibilidade negativa a movimentos de alta da curva de juros”, afirma o Santander. No ano passado, os números da tesouraria da instituição foram impulsionados pela volatilidade do mercado de capitais brasileiro, e ajudaram a elevar o lucro do banco.

A carteira de crédito do Santander chegou a R$ 455,166 bilhões, em alta de 7,2%. Segundo o balanço, os segmentos de pessoa física e pequenas e médias empresas apresentaram crescimento de 19,0% e 12,2%, respectivamente.

O segmento de grandes empresas apresentou queda de 10,8% principalmente pela variação cambial do período e menores renovações de operações.

A carteira de crédito ampliada totalizou R$ 521,929 bilhões no 1T22, crescimento de 4,9% no ano (ou 6,0% desconsiderando o efeito da variação cambial). Em relação ao trimestre anterior, queda de 2,7%, em função de maiores amortizações em avais e fianças.

O retorno sobre patrimônio líquido médio (ROAE, na sigla em inglês) atingiu 20,7% entre janeiro e março deste ano, alta de 0,1 ponto percentual na comparação com igual etapa de 2021.

O resultado operacional totalizou R$ 5,210 bilhões nos três primeiros meses de 2022, uma redução de 19,1% em relação ao mesmo trimestre de 2021.

A receita de prestação de serviços e tarifas bancárias somou R$ 4,617 bilhões no primeiro trimestre de 2022, crescimento de 5,7% frente à receita do primeiro trimestre do ano passado, em função do crescimento de 30,9% do faturamento de crédito e expansão da base de clientes.

As despesas líquidas com provisões para devedores duvidosos (PDD) ficaram em R$ 4,612 bilhões, com alta de 24,9% ante o trimestre anterior e 45,9% em relação ao primeiro trimestre de 2021. O resultado líquido no trimestre é fruto de despesas de R$ 5,352 bilhões mais um ganho de R$ 740 milhões com recuperação de créditos que haviam sido baixados a prejuízo.

As despesas gerais totalizaram R$ 5,534 bilhões no 1T22, alta de 10,5% no ano, abaixo da inflação de 11,30% do período. No trimestre, as despesas gerais apresentaram queda de 1,5%, influenciadas pela gestão de custos.

As despesas administrativas e de pessoal, excluindo depreciação e amortização, totalizaram R$ 4.881 milhões no 1T22, aumento de 11,0% em doze meses, com crescimento tanto das despesas de pessoal quanto das despesas administrativas. No trimestre, as despesas caíram 2,0% por menores despesas administrativas.

Os ativos totais atingiram R$ 959,971 milhões em março de 2022, queda de 1,9% no ano e de 0,4% quando comparado ao trimestre anterior. No ano, o passivo foi impactado principalmente pela redução nas captações no mercado aberto (34,0%), já no trimestre a redução foi principalmente pela queda em outras obrigações (10,8%) e depósitos (2,5%). O patrimônio líquido atingiu R$ 79.187 milhões em março de 2022 ou R$ 77.755 milhões, desconsiderando o saldo do ágio.

O índice de inadimplência (acima de 90 dias) atingiu 2,9% no primeiro trimestre, alta de 0,77 ponto percentual na comparação com igual etapa de 2021.

Os resultados do Santander (BOV:SANB3) (BOV:SANB4) (BOV:SANB11) referente a suas operações do primeiro trimestre de 2022, foram divulgados no dia 26/04/2022. Confira a apresentação oficial dos resultados!

Teleconferência

Segundo o diretor vice-presidente financeiro do Santander, Angel Santodomingo, algumas dessas iniciativas envolvem limitar o crescimento da carteira de crédito.

“Dado o crescimento do PIB, vemos a carteira subindo dois dígitos baixos ou um dígito alto neste ano. O aumento da inflação e dos juros desacelerou o crescimento do portfólio”, disse.

O aumento das provisões e a inadimplência foram temas recorrentes na teleconferência de resultados do banco com analistas.

Questionada sobre o assunto, diretoria do Santander afirmou que já adotou as medidas que achava necessárias e corretas há entre seis ou oito meses. No quarto trimestre, a empresa viu crescimento na carteira de crédito.

No momento, o Santander afirma que as provisões refletem a realidade anterior, e a carteira cresce em um ritmo mais lento. Nos próximos trimestres, a diretoria diz que espera uma recuperação, como um reflexo das decisões já tomada. Os custos do risco e do crédito devem refletir essas medidas no segundo semestre do ano.

Sobre a perspectiva de fechamento de agências, a diretoria do Santander afirmou que a independência dos canais físicos é um de seus objetivos. Isso será buscado com a possibilidade de unir algumas agências e redirecioná-las para mais próximo do fluxo de pessoas. Isso implica uma redução de códigos de agências pequenas registrados junto ao Banco Central, em um patamar maior do que a de pontos de lojas físicas.

VISÃO DO MERCADO

Ativa Investimentos

Para a Ativa Investimentos, os números reportados foram mistos. De positivo, destacam o crescimento de 12,9% em relação ao trimestre anterior na margem financeira com clientes, em função de maiores spreads e aumento no volume, a expansão de 5,7% anual na receita com serviços, impulsionada pelas operações de cartões, e menores despesas operacionais, em função da queda de 30,2% na linha “Outras Receitas/Despesas Operacionais”.

Por outro lado, houve queda expressiva na receita com operações com o mercado, aumento no custo de crédito acima das projeções e deterioração nos indicadores de qualidade de crédito.

BB Investimentos

O Santander Brasil entregou um resultado que consideramos negativo no 1T22, com lucro líquido recorrente de R$ 4,0 bilhões, equivalente a um ROAE recorrente de 20,3%. Na abertura, vimos destaque na margem financeira com clientes, turbinada por maior spread, apesar da menor carteira de crédito por efeito sazonal.

Os contrapontos ficaram por conta do recuo da margem financeira com o mercado e das maiores despesas com provisões, sinalizando uma deterioração mais íngreme dos ativos, com elevação significativa no custo do crédito.

O Santander Brasil abre a temporada de balanços ecoando de certa forma o resultado menos que estelar visto no trimestre anterior e personificando talvez de forma mais emblemática o cenário mais desafiador previsto para os bancos para 2022. Devido a um mix entre novo ambiente de juros, cenário inflacionário e endividamento das famílias, o ímpeto de crescimento em modalidades de crédito mais arrojadas ao longo dos últimos anos começa a cobrar seu preço quando olhamos para a deterioração de ativos – ainda que esta se dê de forma controlada.

A inadimplência e o índice de cobertura do Santander já se encontram praticamente nos níveis pré-pandemia, e vimos a formação da inadimplência (NPL formation) escalando de forma significativa quando incluída a carteira renegociada.

Excluindo pressões do lado da qualidade de crédito e impactos sazonais no resultado do 1T, mais especificamente sobre o volume da carteira de crédito, ainda vemos o Santander apresentando um bom desempenho operacional frente ao endurecimento das condições mercadológicas, sendo capaz de expandir margem e comissões em bom ritmo no comparativo anual, além de manter despesas ligeiramente abaixo da inflação, o que o mantém com excelente índice de eficiência.

No fim do dia, o ROE acima de 20% também traz alento ao investidor.

BB Investimentos mantém recomendação de compra com preço-alvo de R$ 44,00…

Bradesco BBI

Também para os analistas do Bradesco BBI, foi apresentado um conjunto fraco de resultados, destacaram em relatório entitulado “qualidade dos ativos deteriorou significativamente”.

O BBI deu destaque para os índices de inadimplência sofreram uma deterioração significativa, além das expectativas, com uma alta de 0,7 ponto percentual do índice no trimestre sugerindo, para 4,2%, ainda uma deterioração adicional nos próximos trimestres.

Além disso, o banco se beneficiou do efeito de valor agregado CIP e de outras linhas de receita/despesa, que analistas do BBI consideram de menor qualidade. De fato, o mix mais arriscado trouxe maior margem com os clientes, mas as provisões também aumentaram e devem continuar se expandindo caso a qualidade dos ativos se deteriore.

Bradesco BBI mantém recomendação neutra com preço-alvo de R$ 40,00…

Credit Suisse

Analistas do Credit Suisse apontam que os resultados do Santander podem gerar uma leitura negativa para o Bradesco, pois fortalecem a percepção de que as projeções para o custo de risco da instituição está excessivamente otimista.

Goldman Sachs 

O Goldman Sachs destacou esperar reação negativa das ações aos resultados. Na avaliação dos analistas do banco, o lucro líquido recorrente, de R$ 4,0 bilhões, foi 3% acima das estimativas do banco, enquanto o retorno sobre patrimônio líquido (ROE) recorrente subiu para 20,5%, de 19,7% em 4T21 e 20,2% no 1T21. Contudo, isso se deveu principalmente a uma alíquota efetiva mais baixa, que compensaram o aumento do custo do risco enquanto os índices de inadimplência (NPLs, na sigla em inglês) voltaram aos níveis pré-pandemia.

De fato, o lucro antes de impostos caiu 14% abaixo das projeções do banco, com baixa de 3% na base trimestral e de 12% na base anual. Também destaca uma desaceleração na originação de crédito, uma vez que os volumes cresceram apenas 6% na base anual, ante 12% no quarto trimestre de 2021 na mesma comparação.

Goldman Sachs tem recomendação neutra com preço-alvo de R$ 36,00…

UBS

O UBS destaca que “as tendências operacionais do banco nos decepcionaram devido a uma ligeira contração sequencial nos empréstimos e aos aumentos no índice de inadimplência e no custo do risco, juntamente com uma receita de serviços mais fraca. A margem com clientes foi boa, mas com resultados comerciais muito fracos”.

XP Investimentos 

A XP vê os resultados do Santander Brasil como ligeiramente negativos no 1T22. Apesar dos resultados financeiros aparentemente saudáveis ​​no período, vemos uma deterioração marginal na qualidade geral com um índice de cobertura decrescendo para 215%, mesmo com o aumento das provisões para perdas com empréstimos e com o aumento gradual da inadimplência (NPL) para 2,9%.

Com isso, esperamos uma reação levemente negativa das ações e mantemos nossa visão cautelosa para a empresa.

* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Estadão, Reuters

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