A operadora de shoppings centers BR Malls registrou lucro líquido ajustado de R$ 84,2 milhões no primeiro trimestre de 2022, em alta de 10,8% sobre o lucro líquido de R$ 76 milhões registrado no primeiro trimestre de 2021.
A receita líquida atingiu R$ 341,798 milhões, incremento de 41,7%. A receita operacional líquida dos shoppings (NOI, na sigla em inglês) somou R$ 302,004 milhões, aumento de 46,5%.
Segundo a empresa, mesmo com o impacto da elevação dos casos da variante ômicron de Covid, em janeiro, o primeiro trimestre foi marcado pela “resposta consistente das vendas totais da companhia em fevereiro e em março”.
O ebitda – lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização – ajustado somou R$ 254,575 milhões, aumento de 48,8%, com uma margem ajustada de 74,5%, alta de 3,5 pontos porcentuais.
As vendas no trimestre mostraram evolução de 5% frente o 1º trimestre de 2019. Para o mês de abril, as prévias apontam para crescimento de 21,6% sobre 2019.
As despesas com vendas, gerais e administrativas somaram R$ 51,307 milhões, alta de 8,7%. Apenas as despesas com vendas, porém, reduziram-se 27,4% no 1º trimestre, sobretudo pela redução da indimplência.
As vendas mesmas lojas cresceram 50,7% no primeiro trimestre deste ano, após recuarem 25,3% no mesmo intervalo de 2021. Os alugueis mesmas lojas cresceram 52,5%, enquanto a ocupação média mensal ficou em 97,6%, ante 96,3% do ano passado.
O fluxo de caixa provenientes de operações (FFO, na sigla em inglês) atingiu R$ 103,611 milhões, alta de 21,5%, mas com retração de 5,1 pontos porcentuais na margem, para 30,3%.
Conforme a empresa, a alta dos juros tem impactado as despesas financeiras e, consequentemente, o FFO. “Visando reduzir a alavancagem e o custos médio das dívidas, realizamos em março a venda de 30% do Shopping Uberlândia”, destacou.
O resultado financeiro foi negativo em R$ 114,7 milhões, aumento de 68,6%, sobretudo pelo avanço da Selic, já que 77,5% das dívidas são atreladas ao CDI e ao crescimento da inflação, que elevou juros dos passivos indexados a índice de preços.
A empresa informou que área bruta locável (ABL) própria do portfólio core aumentou 2,5%, e a ABL ajustada subiu 5,5%. Frente à pré-pandemia, a ABL própria subiu 1,5% e a ajustada recuou 19,2%.
A inadimplência líquida ficou em 6,2% ante 14,3% de um ano antes, ao passo que os pagamentos em atraso (média mensal) ficaram em 13,6%, ante 20,5% de um antes. Assim, as provisões reduziram-se 45%, para R$ 9 milhões.
O tornouver das lojas ficou em 5,5%, ante 5,2% do primeiro trimestre de 2021.
Os resultados da BR Malls (BOV:BRML3) referente suas operações do primeiro trimestre de 2021 foram divulgados no dia 13/05/2022. Confira o Press Release completo!
* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Estadão, Reuters