A abordagem do Brasil para blockchain e moeda digital foi além de simplesmente regular as criptomoedas.

Na quinta-feira, o Brasil lançou sua nova rede blockchain depois que o Tribunal de Contas da União (TCU) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) chegaram a um acordo para cooperar juntos.

O desenvolvimento da rede começou em 2018. O objetivo era migrar todos os gastos públicos para a rede para aumentar a transparência e rastreabilidade dos gastos. Consequentemente, a rede foi projetada no Hyperledger Besu 2.0 que opera no mecanismo de consenso de prova de autoridade. A prova de autoridade permitirá que os atores estatais mantenham o controle da rede.

No início de março, o chefe de iniciativas de blockchain do Banco de Desenvolvimento do Brasil (BNDES), Gladstone Arantes deu insights no projeto. Ela explicou que a infraestrutura construída fornecerá uma plataforma confiável na qual as instituições podem construir seus aplicativos.

Rede Blockchain pode ajudar a combater a corrupção

A abordagem do Brasil para blockchain e moeda digital foi além de simplesmente regular as criptomoedas. Agora, o país está aproveitando a rede blockchain para ajudar na luta contra o desfalque e todas as formas de corrupção.

Ana Arraes, presidente do TCU, explicou que a rede ofereceu vantagens na auditoria dos dados fornecidos para os gastos públicos. Ela disse: “O uso da tecnologia Blockchain passa a ser amplamente discutido porque permite maior proteção, transparência e integridade no armazenamento de informações em bancos de dados públicos.”

A tecnologia Blockchain foi implantada para uso de maneira semelhante em outras nações latino-americanas. Por exemplo, a Colômbia realizou um projeto piloto em 2021 para testar o uso de blockchain no combate à corrupção. O projeto durou 3 meses. Além disso, o Peru fez parceria com a LACCain para desenvolver soluções de rastreabilidade. Projetos semelhantes também estão sendo desenvolvidos na Europa.

O gerente da Área de Tecnologia da Informação do BNDES, João Alexandre Lopes, destacou que o projeto receberá parceiros assim que for formalizado. O que isso significa é que os parceiros poderão usufruir da infraestrutura e compartilhar os benefícios para o interesse geral do interesse público.

Além disso, o Brasil está atualmente avaliando a viabilidade de um Real Digital. No início do ano, escolheu nove parceiros, incluindo Mercado Bitcoin, para desenvolver a moeda digital do banco central do país (CBDC). Segundo o Banco Central, vai introduzir um programa piloto este ano e até 2024.

Com informações de Coinspeaker