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Copasa (CSMG3): lucro líquido de R$ 167,3 milhões no 1T22, recuo de 23,8%

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A Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) registrou lucro líquido de R$ 167,5 milhões no primeiro trimestre de 2022 (1T22), o que representa um recuo de 23,8% em relação ao mesmo trimestre de 2021.

A receita líquida ficou 4% acima do reportado de janeiro a março do ano anterior, somando R$ 1,43 bilhão.

Ebitda – lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização – caiu 14,4% no 1T22, totalizando R$ 445,3 milhões. Já a margem Ebitda atingiu 33,8% no período, baixa de 5,7 p.p. frente a margem rAegistrada em 1T21.

Segundo a empresa, os seguintes fatores influenciaram a queda:

  • aplicação de novas tarifas pela companhia, correspondentes um percentual negativo de 1,52%;
  • crescimento no número de economias (unidades consumidoras) de água em 1,2%;
  • queda no volume por economia em 4,2% (água) e 4,5% (esgoto), parcialmente afetados pela redução do
    número de dia de consumo em 1,5%;

O resultado financeiro líquido foi uma despesa de R$ 23,3 milhões no primeiro trimestre deste ano, baixa de 53,2% sobre as perdas financeiras do mesmo trimestre de 2021.

Os custos e despesas administráveis do 1T22 montaram a R$ 654,5 milhões, contra R$ 593,4 milhões no 1T21.

O número de economias de água — unidades consumidoras —, ao fim período subiu 1%, de 5,48 milhões para 5,54 milhões, enquanto o número de economias de esgoto atingiu 3,91 milhões, alta de 3,2% ante os 3,79 milhões ao fim do mesmo mês do ano passado.

A inadimplência, medida pela relação entre o saldo de contas a receber vencidas entre 90 e 359 dias e o valor total faturado nos últimos 12 meses, atingiu 3,56% em março de 2022

A dívida líquida passou de R$ 2,72 bilhões em março de 2021 para R$ 2,96 bilhões em março de 2022. Já o índice de alavancagem, medido pela relação Dívida Líquida/EBITDA dos últimos 12 meses, atingiu, em março de 2022, 2,0x (março/2021: 1,4x).

O endividamento em moeda estrangeira representava 5,3% da dívida bruta em março de 2022 e se referia à dívida junto ao banco alemão KfW e ao Banco Europeu de Investimento, cujos saldos acrescidos dos juros de curto prazo eram de € 27,7 milhões (equivalente a R$ 145,5 milhões em março de 2022) e €10,0 milhões (equivalente a R$ 52,6 milhões em março de 2022), respectivamente. Para essas operações não havia mecanismo de hedge contratado.

Os resultados da Copasa (BOV:CSMG3) referentes suas operações do primeiro trimestre de 2022 foram divulgados no dia 02/04/2022.

Teleconferência

O diretor financeiro e de relações com investidores da Copasa (CSMG3), Carlos Augusto Botrel Berto, disse nesta terça-feira que a companhia observou um incremento superior a 100% no preço de insumo essenciais, mostrando como a inflação vem atingindo os negócios.

“O segmento de PVC e derivados teve elevado aumento durante a pandemia. O tubo de esgoto, por exemplo, apresentou aumento de 125% em relação a contratações anteriores”, disse o executivo durante teleconferência de resultado para comentar o balanço do primeiro trimestre da Copasa, quando teve queda de 23% do lucro.

“Os gastos com materiais de tratamento tiveram choque de oferta na cadeia de produtos químicos, resultando na elevação dos preços. O exemplo do incremento acima de 100% foi do cálcio e outros químicos”, comentou ele sobre insumos utilizados no tratamento de água.

Nesta terça-feira, após a divulgação do balanço, as ações da companhia registraram queda, que foi de 5,49%, cotadas a R$ 12,40, enquanto o Ibovespa teve perdas de 0,10%.

Como consequência do processo inflacionário, Berto destacou que houve uma pressão sobre as margens no período.

A margem Ebitda no primeiro trimestre do ano foi de 33,8%. No mesmo período de 2021, a margem Ebitda foi de 39,5%. A queda, na comparação, foi de 5,7 p.p.

Copasa vê alta de custos com energia

Em energia elétrica, a empresa apontou um aumento no primeiro trimestre de 20,5% em relação ao mesmo período do ano passado. A elevação ocorreu, principalmente, pelo incremento nos gastos com bandeiras tarifárias.

Em material de tratamento, o crescimento foi de 32,6%, comparando com o 1T21. A Copasa relatou que o incremento se deu em função do aumento nos preços dos produtos, associada ao maior consumo dos principais produtos químicos utilizados no tratamento da água.

O combustível e lubrificantes a elevação foi de 48%, comparando-se o 1T22 com o 1T21. A empresa apontou pressão inflacionária e as chuvas no início do ano como principais fatores dos elevados custos no período.

VISÃO DO MERCADO

Credit Suisse

Para o Credit Suisse, a Copasa apresentou resultados ligeiramente melhores que as projeções do banco, principalmente devido a linhas de custo acima do previsto, que compensaram parcialmente os volumes abaixo do esperado e o impacto negativo da revisão tarifária.

Ainda assim, os resultados relatados foram mais fracos em uma base anual. Os resultados reportados também foram borrados por efeitos não recorrentes (reversão de provisões de processos judiciais e isenção de cobrança para clientes afetados por fortes chuvas).

Credit Suisse mantém recomendação de compra com preço-alvo de R$ 16,60.

XP Investimentos

Em análise dos resultados da Copasa (CSMG3), a XP ressaltou que a empresa registrou resultados mais fracos no 1T22 devido a volumes mais baixos e opex mais alto. O time de research da XP diz que os resultados da Copasa vieram abaixo das estimativas.

“Volumes menores, combinados com maiores preços de energia devido às bandeiras tarifárias implementadas durante o trimestre e aumento nos custos com combustíveis foram os principais responsáveis pela piora nos resultados”, destacaram os analistas.

XP mantém recomendação de venda com preço-alvo de R$ 15,00…

* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Reuters

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