O grupo de medicina diagnóstica Fleury registrou lucro líquido atribuído aos controladores de R$ 110,4 milhões no primeiro trimestre deste ano, queda de 7% em relação ao mesmo período de 2021.

A receita líquida registrada foi de R$ 1,089 bilhão entre janeiro e março, com avanço de 21,9% ante o mesmo intervalo de 2020. A empresa alcançou geração de caixa operacional de R$ 62,7 milhões no trimestre, com queda de 68,5% ante igual intervalo de 2021.

Segundo a Fleury, se deu devido a um “crescimento reflete o maior volume registrado nas unidades de atendimento, além do crescimento do atendimento móvel , de 27,6%, em função de expansão de rotas em todas as marcas”.

O Ebitda – juros, impostos, depreciação e amortização – foi de R$ 326,6 milhões entre janeiro e março, crescimento de 14,4% em relação ao mesmo período do ano passado. A margem Ebitda, porém, caiu 1,98 ponto percentual, para 30%.

No 1T22, o lucro bruto atingiu R$ 324,7 milhões com aumento de 13,1% e margem bruta de 29,8% com contração de 234 bps.

Os custos dos serviços prestados apresentaram nova alta anual de 26,2% no período, a R$ 765,2 milhões, embora tenha reduzido a participação no consumo da receita líquida de 70,2% para 67,9%.

Mais uma vez, pesou o crescimento das despesas com pessoal e serviços médicos, que avançou 28,5%, consequência principalmente da regularização de estrutura de pessoal para manutenção de nível de atendimento das unidades.

Além disso, o custo de material direto e intermediação de exames cresceu 33,5%, refletindo principalmente a mudança de mix pela incorporação do Centro de Infusões Pacaembu (CIP) e respectivo aumento dos custos com medicamentos.

“Estamos com bastante foco em gestão de custos, seja para otimização, redução ou negociações com fornecedores. Vimos até mesmo a melhora do porcentual da receita, porque eles aumentam de acordo com o crescimento da receita. Quando olhamos custo, elas aumentam por causa desses fatores”, aponta o CFO do Fleury, José Antonio de Filippo.

O número de atendimentos em geral atingiu 2 milhões no 1T22, com crescimento de 20,3% em relação ao ano anterior. “Excluindo o efeito das aquisições, o número de atendimentos totalizou 1,8 milhões, com crescimento de 8,8%”, ressalva a empresa.

No trimestre, o volume de exames totalizou 18,4 milhões, com crescimento de 25,6%, consequência da forte demanda registrada no período. Excluindo aquisições, o crescimento foi de 12,9%.

O volume de teleconsultas médicas realizadas no período totalizou 272 mil, um crescimento de 45,2% em relação ao 1T21, e a receita impulsionada totalizou R$ 7,3 milhões.

A dívida líquida do Fleury ao fim de março chegou a R$ 1,545 bilhão, crescimento de 9,5% ante o quarto trimestre de 2021. A alavancagem medida pela relação da dívida líquida sobre o Ebitda dos últimos 12 meses ficou em 1,4 vez, avanço de 0,1 vez. O capex somou R$ 66,5 milhões, crescimento anual de 29,6%.

“Havia ainda uma parte (dos investimentos) represada de 2020: ele cresceu um pouco na comparação, mas tem o mesmo perfil, com metade voltada para digital e TI, algo importante dentro da nossa estratégia de operação, enquanto a outra metade é para renovação de equipamentos e unidades”, afirma Filippo.

Os resultados da Fleury (BOV:FLRY3) referentes suas operações do primeiro trimestre de 2022 foram divulgados no dia 05/05/2022.

* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Estadão, Reuters