A Iguatemi registrou um prejuízo líquido contábil de R$ 16,355 milhões no primeiro trimestre deste ano, revertendo lucro de R$ 38,945 milhões apurado um ano antes.
Conforme a empresa, o resultado financeiro líquido foi negativo em R$ 126,5 milhões no primeiro trimestre, aumento de 3906% sobre as perdas financeiras do mesmo trimestre de 2021, impactado negativamente pela marcação a mercado do investimento na Infracommerce no montante de R$ 86,9 milhões.
A receita líquida da Iguatemi cresceu 35,2% no comparativo anual, para R$ 225,7 milhões.
“A receita dos shoppings tiveram um avanço de 28,2% em relação ao 1T19, excluindo o efeito da linearização dos descontos, o crescimento foi de 26,6% versus ao 1T19”, comenta a empresa.
As vendas nas mesmas lojas (SSS, na sigla em inglês) cresceram 14,6% no primeiro trimestre de 2022 em relação ao mesmo período de 2019. O destaque foi o segmento de calçados e artigos de couro, com alta de 31,6% nesse intervalo.
As vendas mesmas áreas (SAS) cresceram 14,8% e o desempenho das vendas mesmas lojas (SSS) foi de 14,6% no 1T22 versus 1T19. Os aluguéis mesmas áreas (SAR) aumentaram 34,8%, e os aluguéis mesmas lojas (SSR) aumentaram 48,7%, se comparados ao 1T19.
Vale lembrar que os indicadores de aluguel são líquidos de descontos e provisões sobre aluguéis e, portanto, refletem, a decisão tomada pela Companhia de conceder descontos temporários sobre parte do repasse contratual do IGP-M.
O ebitda – lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização – atingiu R$ 147,8 milhões, aumento de 53,7% na mesma base de comparação anual. A margem Ebitda subiu 8,2 pontos porcentuais, para 64,7%.
“O múltiplo maior de dívida líquida sobre o Ebitda na Iguatemi é devido ao impacto das despesas administrativas no EBITDA dos últimos 3 trimestres de 2021, relacionadas à antiga administração da Jereissati Participações S.A. (Ex JPSA), que com a reorganização não existem mais”, explicou a empresa.
O FFO atingiu R$ 22,280 milhões, retração de 70%, com uma margem de 9,9%, 35,7 pontos porcentuais abaixo na comparação anual.
O resultado financeiro líquido no 1T22 foi de R$ 126,6 milhões negativos, 332% abaixo do valor apresentado no 1T19, impactado negativamente pela marcação a mercado do investimento na Infracommerce no montante de R$ 86,9 milhões. Além disso, temos também uma operação de recompra de ações via SWAP que teve um resultado positivo de R$ 18,6 milhões no trimestre. Excluindo esses dois efeitos, o resultado financeiro teria sido de R$ -58,3 milhões negativos, decorrente substancialmente pelo aumento do endividamento e da taxa Selic (10,3% no 1T22 versus 6,4% 1T19).
A dívida bruta chegou ao fim do primeiro trimestre de 2022 em R$ 3,250 bilhões, 1,5% abaixo do quarto trimestre de 2021. A companhia tinha em caixa R$ 1,752 bilhão, queda de 4,8% nesse mesmo período.
A dívida líquida ficou em R$ 1,453 bilhão, com alavancagem (relação entre dívida e Ebitda) de 2,43 vezes, ante 2,57 vezes no período imediatamente anterior.
A inadimplência líquida ficou em 5,3% nos três primeiros meses do ano, recuo de 6 pontos percentuais na comparação com igual etapa de 2021.
A Iguatemi continua otimista para a recuperação na economia neste ano pós pandemia; com o portfólio robusto e de alta qualidade coloca a Companhia numa posição privilegiada para se beneficiar desse crescimento. Além disso, continuaremos investindo na atualização do mix de lojas e no entorno dos nossos Shoppings buscando sempre o aumento da rentabilidade da empresa. Tudo isso aliado à estratégia digital que oferece uma plataforma 24/7 para os clientes Iguatemi, melhorando a sua jornada e experiência com os nossos Shoppings e a marca Iguatemi.
Os resultados da Iguatemi (BOV:IGTI11) referentes suas operações do primeiro trimestre de 2022 foram divulgados no dia 04/05/2022. Confira o Press Release!
* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Estadão, Reuters