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Itaú informa que comprou fatia de 11,36% da XP por R$ 8 bilhões

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A compra de mais 11,36% da XP pelo Itaú Unibanco por R$ 8 bilhões pode soar estranha, dado que investidor e investida protagonizaram um ruidoso divórcio em 2021. Entretanto, trata-se de uma das condições do contrato original de investimento, assinado em 2017. E o Itaú vem sinalizando que não vai manter os papéis consigo.

Em fato relevante divulgado nesta sexta-feira, o Itaú (BOV:ITUB3) (BOV:ITUB4) informou que pagou os R$ 8 bilhões em transação fechada hoje. O banco já havia adiantado o valor do investimento ontem, ao publicar o formulário 20F na SEC, a Comissão de Valores Mobiliários americana.

Pelo contrato de cinco anos atrás, o conglomerado pagaria 19 vezes o lucro da XP em 2021 pelas ações. Em fevereiro, o presidente do banco, Milton Maluhy, disse que o preço estava sendo negociado, e que o investimento não era estratégico – não mais.

A dúvida reside no quê o Itaú fará com esse novo bloco de ações. Em março, o banco afirmou ao Broadcast que pretendia aliená-las, sem dizer se isso ocorreria em uma venda ou em uma cisão. Procurado nesta sexta-feira, disse que não daria novas informações além das que publicou na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

O acordo original fora desenhado para que fundos que investiram na XP, como o General Atlantic, saíssem da empresa, e para que, ao longo do tempo, o Itaú ganhasse espaço e eventualmente assumisse o controle. Era a receita perfeita: o maior banco da América Latina ganhava um lugar de destaque à mesa de uma de suas maiores desafiantes independentes.

Mas a receita desandou em 2018, quando o Banco Central vetou que o Itaú assumisse o comando efetivo da XP. Desde então, a empresa criada por Guilherme Benchimol abriu capital, posicionou-se como uma rival cada vez maior dos bancões tradicionais – o Itaú como símbolo destes – e a briga chegou a público quando, em 2020, o banco lançou uma série de comerciais na televisão questionando o modelo de remuneração dos agentes autônomos de investimento, um dos pilares do crescimento da XP.

Naquele mesmo ano, o Itaú decidiu entregar a seus acionistas os papéis que possuía da XP, através de uma cisão do ativo em uma nova empresa. A operação foi concluída em 2021, e a XP fundiu-se à XPart, criada a partir da cisão do Itaú. Com isso, a Itaúsa passou a ser acionista direta da XP, mas tem ela própria vendido ações da companhia, de tempos em tempos.

Fato é que a transação reata, ainda que de maneira transitória, um casamento de rivais. No mesmo 20F em que tratou da compra de ações, o Itaú ressaltou que a XP concorre com ele no mercado de investimentos. Integram o mesmo grupo um amplo leque de empresas, do Nubank à Stone.

Procurada, a XP não se pronunciou.

Informações Broadcast

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