A JBS, companhia da família Batista, reportou lucro líquido de R$ 5,1 bilhões no primeiro trimestre de 2022, um crescimento de 151,4% em relação ao mesmo trimestre de 2021.

O aumento do lucro pode ser atribuído ao crescimento da receita e a diminuição das perdas financeiras no período.

A receita líquida foi recorde em R$ 90,866 bilhões, aumento de 20,8% em relação aos R$ 75,251 bilhões do primeiro trimestre do ano passado.

No período, cerca de 75% das vendas globais da JBS foram realizadas nos mercados domésticos em que a Companhia atua e 25% por meio de exportações. Nos últimos 12 meses, a receita líquida atingiu o recorde de R$ 366,3 bilhões (US$ 68,7 bilhões).

ebitda – lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização – ajustado (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) cresceu 46,7%, de R$ 6,876 bilhões para R$ 10,084 bilhões. A margem ficou em 11,1%.

Por unidade de negócio, o maior crescimento no Ebitda ajustado foi da JBS Austrália, com alta de 398%, seguido pela JBS Brasil, com avanço de 85,4%, pela Pilgrim’s Pride, que teve aumento de 67,4%, pela JBS USA Beef, que teve aumento de 55,7%, e pela JBS USA Pork, com alta de 20,1%. O Ebitda ajustado da Seara caiu 33,9%.

O resultado financeiro líquido foi negativo em R$ 210,1 milhões no primeiro trimestre de 2022, uma redução de 82,1% sobre as perdas financeiras da mesma etapa de 2021.

O lucro bruto atingiu a cifra de R$ 16,365 bilhões no primeiro trimestre de 2022, um aumento de 47,3% na comparação com igual etapa de 2021.

As despesas gerais e administrativas somaram R$ 3,176 bilhões no 1T22, um crescimento de 27,1% em relação ao mesmo período de 2021.

No 1T22, o fluxo de caixa das atividades operacionais foi de R$ 344 milhões, versus um consumo de caixa de R$ 629 milhões no 1T21, explicado pela melhora na performance operacional.

O fluxo de caixa livre, após adição de ativo imobilizado, juros pagos e recebidos, foi negativo em R$ 2,8 bilhões, sendo R$ 857 milhões relacionados a itens não recorrentes.

Em relação à marca brasileira Seara, em comunicado enviado à imprensa, a companhia ressalta que os custos de produção permaneceram desafiadores, em especial farelo de soja e milho. “Estes aumentos vêm sendo parcialmente mitigados graças ao aumento de preços de venda, bem como um melhor mix de mercados, canais e produtos”, afirma.

No primeiro trimestre do ano, a Seara teve receita líquida 21% maior do que em igual período do ano anterior, para R$ 9,487 bilhões. A companhia atribui o resultado a um aumento de 6,3% no volume vendido e de 13,8% no preço médio de venda. As vendas no mercado interno, que responderam por 48% da receita da unidade, totalizaram R$ 4,6 bilhões, aumento de 17% ante igual período de 2021. No mercado externo, a receita líquida da Seara foi de R$ 4,9 bilhões, um crescimento de 24,9% em relação ao primeiro trimestre de 2021.

No segmento de congelados, a marca Seara manteve a liderança com 28,6% de market share valor, vantagem de 8,8 p.p. em relação à segunda colocada. No segmento de pizzas, é líder com 36% de market share valor

A JBS Brasil apresentou aumento nas margens de lucros, apesar da redução de 5% no número de bovinos processados no período, em razão das suspensões temporárias de algumas plantas brasileiras para exportar para a China. Em receita, contudo, houve crescimento de 24,2%, para R$ 14,3 bilhões. A JBS disse que o mercado doméstico o cenário macroeconômico continua bastante desafiador, pressionando o consumo de carne bovina.

O mercado externo foi o destaque do trimestre, com a receita líquida registrando aumento expressivo de 45,2% quando comparado ao 1T21, em função principalmente do crescimento de 17,3% no volume e de 20% no preço médio de venda de carne bovina in natura, impulsionado principalmente pela retomada das exportações brasileiras para a China no final de 2021.

“A companhia seguiu sua estratégia de impulsionar o portfólio de valor agregado e trabalhar as marcas junto aos consumidores”, aponta a empresa, no comunicado.

No 1T22, o valor total das atividades de investimentos da JBS foi de R$ 2,8 bilhões. A linha de adição de ativos imobilizados (CAPEX) totalizou R$ 2,2 bilhões no trimestre e a linha de aquisição de controladas, líquido do caixa obtido na aquisição totalizou R$ 720 milhões.

A dívida líquida da companhia ficou em R$ 66,488 bilhões no final de março de 2022, uma elevação de 16,3% em relação ao mesmo período de 2021.

O indicador de alavancagem financeira, medido pela dívida líquida/Ebitda ajustado, ficou em 1,36 vezes em março/22, queda de 0,40 vez em relação ao mesmo período de 2021.

Os resultados da JBS (BOV:JBSS3) referentes suas operações do primeiro trimestre de 2022 foram divulgados no dia 12/05/2022. Confira o Press Release completo!

* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Estadão