O mercado de carbono está entre os primeiros investimentos que o fundo de R$ 600 milhões de venture capital da B3, o L4 Venture Builder, pretende fazer. O segmento está na mira da B3 e para o qual a bolsa se prepara para receber quando esse mercado se tornar uma realidade. A intenção é que o fundo, anunciado na semana passada, realize pelo menos uma alocação até o fim de 2022.
Além do mercado de carbono, o L4 olha para oportunidades em energia, tokenização de ativos, finanças descentralizadas e outras várias teses de investimento que façam sentido aos novos negócios que a B3 (BOV:B3SA3) vem desenvolvendo, para rentabilizar sua robusta estrutura de dados e tecnologia.
Decreto dá início à abertura do mercado de carbono e metano
O presidente da B3, Gilson Finkelsztain, tem defendido a necessidade de uma legislação e regulação para esse mercado que, segundo ele, levará anos até a negociação efetiva de contratos. Um primeiro passo já foi tomado na semana passada, por meio de decreto que estabelece os procedimentos para a elaboração dos Planos Setoriais de Mitigação das Mudanças Climáticas e institui o Sistema Nacional de Redução de Emissões de Gases de Efeito Estufa (Sinare). O decreto dá início à abertura do mercado de carbono e metano, mas a formatação das transações de ativos precisará ser elaborada e passar pelo crivo do Congresso Nacional.
Nas startups que pretende alocar, o fundo tem duas estratégias. Investimentos de R$ 5 milhões a R$ 20 milhões, com entradas minoritárias nas empresas, ao estilo dos venture capital; e estratégias de venture building, quando há aquisição de uma participação societária de controle com alocações para financiar o crescimento da empresa. “Tenho cinco anos para investir em adjacências ao negócio da bolsa”, contou Pedro Meduna, que está à frente da L4 Venture Building como sócio e fundador.
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