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MRV (MRVE3): lucro líquido de R$ 71 milhões no 1T22, queda de 47,8%

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O grupo MRV&CO, que abrange os negócios imobiliários de MRV, Sensia, Urba, Luggo e AHS, reportou lucro líquido de R$ 71 milhões no primeiro trimestre de 2022, uma queda de 47,8% em relação ao mesmo período de 2021.

A MRV, que opera dentro do Casa Verde e Amarela (CVA), gerou lucro de R$ 27,087 milhões. Já a maior parte do lucro veio da subsidiária norte-americana AHS, que contribuiu com R$ 60,553 milhões. A Urba, de loteamentos, e a Luggo, de locação residencial, geraram prejuízos de R$ 14,2 milhões e R$ 2,2 milhões, respectivamente.

Parte da queda no lucro consolidado é explicada pelo aumentos nos custos de construção, que levaram a companhia a aumentar o orçamento previsto para seus projetos em andamento. Isso fez a margem bruta recuar 8 pontos porcentuais, passando de 27,8% para 19,8% na mesma base de comparação anual.

O grupo informou que “eventos como o conflito entre a Rússia e a Ucrânia, e a intensificação da inflação de energia e de commodities demonstraram que as projeções inflacionárias de 4,5% ao ano, consideradas nos orçamentos anteriores, seriam insuficientes. Com isso, a companhia atualizou as projeções de INCC em seus orçamentos para 7%, o que resultou na compressão da margem bruta no trimestre”.

O lucro também sofreu um efeito negativo de R$ 19 milhões no resultado financeiro com a venda das carteiras de recebíveis das operações de MRV e da Urba. O resultado financeiro apurou ainda um efeito positivo na operação de swap de recompra de ações da MRV e outro efeito negativo com a marcação à mercado dos swaps de dívidas, de IPCA para CDI.

Sem contar as oscilações no resultado financeiro, de caráter não operacional, o lucro líquido consolidado da MRV&Co teria sido de R$ 101 milhões.

A receita líquida atingiu R$ 1,675 bilhão, crescimento de 4,8%.

Ebitda – lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização – consolidado foi a R$ 199 milhões, queda de 5,8%. A margem Ebitda recuou 1,3 ponto porcentual, para 11,9%.

O resultado financeiro (saldo entre receitas e despesas financeiras) ficou positivo em R$ 16 milhões, recuo de 53,8%.

As despesas comerciais cresceram 4,1%, para R$ 158 milhões. Por sua vez, as despesas gerais e administrativas subiram 17,8%, para R$ 137 milhões.

A MRV&Co encerrou o primeiro trimestre com dívida líquida de R$ 3,240 bilhões. O montante é 30,7% maior na comparação anual. A dívida total cresceu 23,1%, para R$ 6,170 bilhões, e a disponibilidade de caixa subiu 21,5%, para R$ 3,024 bilhões.

A alavancagem (medida pela relação entre dívida líquida e patrimônio líquido) aumentou de 40,9% para 49,3%. O grupo tem R$ 592 milhões de dívidas com vencimento nos próximos 12 meses.

Conforme já reportado em relatório preliminar da MRV, houve queima de caixa de R$ 817,1 milhões. O desembolso resultou da antecipação da compra de materiais para contornar aumentos futuros nos custos, e a maior parte veio com a expansão das operações da AHS nos Estados Unidos.

As vendas líquidas totalizaram R$ 1,743 bilhão no trimestre, um crescimento de 7,6% em relação ao 1T21 e de 4,2% frente ao 1T20. O resultado é o maior volume de vendas líquidas em um primeiro trimestre da história da MRV&Co.

Foram vendidas 8.930 unidades nos três primeiros meses de 2022, uma redução de 8,1% em relação ao 1T21 e de 12% na comparação com o 4T21.

A construtora encerrou o trimestre com a produção de 8.681 unidades, uma retração de 5,5% em relação ao 1T21 e de 10,7% frente ao 4T21.

Os lançamentos atingiram valor geral de vendas (VGV) de R$ 1,735 bilhão entre janeiro e março deste ano, aumento de 1,4% na comparação com igual etapa de 2021, mas recuo de 46,5% frente ao 4T21.

A MRV&Co destaca que segue expandindo suas diversas linhas de negócios e, no 1T22, alcançou 47,7% de suas vendas (visão LTM) fora do Programa Casa Verde e Amarela (CVA).

A companhia vendeu mais um empreendimento da AHS, o Coral Reef, na Flórida, EUA, por um valor total de R$ 221 milhões (US$ 50,4milhões).

O banco de terrenos (landback) da companhia encerrou março de 2022 avaliado em R$ 73,5 bilhões, um aumento de 10,9% frente ao mesmo período de 2021.

Os resultados da MRV (BOV:MRVE3) referentes suas operações do primeiro trimestre de 2022 foram divulgados no dia 12/05/2022.

VISÃO DO MERCADO

Bradesco BBI

O Bradesco BBI também apontou que a MRV mostrou dados fracos, com grande consumo de caixa, pontua BBI

Apesar dos resultados fracos devido ao trimestre sazonalmente mais fraco e aguardando o início das reformas do programa Casa Verde Amarela, o banco ainda mantém a MRV como sua principal escolha no segmento imobiliário.

O banco reconhece que a operação brasileira de baixa renda está lutando mais do que alguns de seus pares em termos de margens (devido aos custos de construção), embora o crescimento deva ser suportado por outras linhas de negócios da empresa – especialmente AHS e Luggo (plataforma multifamiliar que recentemente assinou um acordo com a Brookfield que quase garante a venda de R$ 1 bilhão em VGV nos próximos 3-4 anos).

A ação é negociada abaixo do valor patrimonial (0,8x), em linha com a média dos pares e abaixo de sua média histórica de 1,2x, o que analistas consideram uma avaliação justa.

Bradesco BBI mantém recomendação de compra com preço-alvo de R$ 21,00…

Credit Suisse

O Credit Suisse aponta que a MRV divulga números ligeiramente fracos em relação às operações e negativo em relação à queima de caixa.

A equipe de análise do banco destaca que a empresa continua com sucesso o ramp up de suas operações fora do programa Casa Verde e Amarela (CVA) e, atualmente, a AHS tem praticamente o mesmo volume de valor geral de vendas (VGV) em desenvolvimento que o core business da MRV.

Além disso, a AHS tem U$ 300 milhões em projetos em negociação e espera concluir essas vendas em 2022, o que é positivo. No entanto, o Credit Suisse mantém uma visão cautelosa sobre a queima de caixa da empresa. Apesar da expectativa de queima de caixa da MRV&Co devido à expansão de suas operações e à aquisição antecipada de insumos, o valor queimado no trimestre foi superior às estimativas do banco.

Credit Suisse mantém recomendação neutra com preço-alvo de R$ 15,00…

* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Infomoney, Estadão

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