ADVFN Logo ADVFN

Não encontramos resultados para:
Verifique se escreveu corretamente ou tente ampliar sua busca.

Tendências Agora

Rankings

Parece que você não está logado.
Clique no botão abaixo para fazer login e ver seu histórico recente.

Hot Features

Registration Strip Icon for charts Cadastre-se para gráficos em tempo real, ferramentas de análise e preços.

Neoenergia (NEOE3): lucro líquido de R$ 1,1 bilhão no 2T22, aumento de 7%

LinkedIn

A elétrica Neoenergia registrou lucro líquido de R$ 1,1 bilhão no segundo trimestre de 2022, aumento de 7% em relação a igual período no ano passado, informou a empresa. No acumulado dos seis primeiros meses do ano, o lucro da companhia somou R$ 2,3 bilhões, alta de 14% em base anual de comparação.

A receita líquida somou R$ 9,642 bilhões no 2T22, alta de 1% na comparação com igual etapa de 2021. O volume de energia injetada foi de 18.822 GWh no 2T22, um avanço de 0,8% na comparação com 2T21.

Ebitda – lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização – aumentou 40% no período, alcançando R$ 3,2 bilhões. No semestre, o Ebitda somou R$ 6,4 bilhões, também alta de 40%.

O segmento renováveis encerrou o 2T22 com margem bruta de R$ 321 milhões impactada, majoritariamente, pelas eólicas em função do aumento da geração no período, com destaque para entrada em operação de Chafariz no 4T21 e que agregou no 2T22, 464 GWh. A margem das hidros foi de R$ 120 milhões, explicada pelos reajustes dos contratos.

O segmento de redes encerrou o 2T22 com margem bruta de R$ 3,706 milhões, impulsionada pelos efeitos dos Reajustes Tarifários de 2022 de Neoenergia Coelba, Neoenergia Pernambuco e Neoenergia Cosern vigentes a partir do final de abril/22 (variação da parcela B: +14,14%, +14,82% e +14,75% respectivamente); do Reajuste Tarifário de 2021 da Neoenergia Elektro com variação da parcela B de +32,49%, Revisão Tarifária da Neoenergia Brasília em outubro de 2021; pelo maior VNR e melhor resultado em transmissão.

O resultado financeiro líquido foi negativo em R$ 1,156 bilhões no segundo trimestre de 2022, uma elevação de 171% na comparação com a mesma etapa de 2021.

A margem bruta atingiu a cifra de R$ 4,316 bilhões no segundo trimestre de 2022, um aumento de 34% na comparação com igual etapa de 2021.

Segundo a companhia, o desempenho foi impulsionado pelos efeitos dos reajustes tarifários de 2022, melhor resultado em transmissão e nos negócios Eólicos devido à entrada em operação do Complexo Eólico Chafariz.

As despesas operacionais somaram R$ 965 milhões no 2T22, abaixo do IPCA 12 meses que foi de 12%. Desconsiderando os valores da Neoenergia Brasília em janeiro e fevereiro de 2022, as despesas somaram R$ 1,806 milhões no 6M22, absorvendo a inflação, o maior número de clientes, maior headcount e novos negócios (entrada em operação dos projetos de transmissão – quatro e quinto trechos de Dourados, Santa Luzia, Jalapão e do Complexo Eólico de Chafariz).

Segundo a Neoenergia, no primeiro semestre os investimentos totalizaram R$ 4,6 bilhões, aumento de 30%. Deste montante, R$ 2,5 bilhões foram aportados no negócio de distribuição e R$ 909 milhões em transmissão, totalizando R$ 3,4 bilhões.

No segmento de geração de energia, foram aportados R$ 693,4 milhões nas usinas eólicas, principalmente nos 12 parques da Neoenergia Oitis. Em solar fotovoltaica foram empregados R$ 436,4 milhões e, em geração hídrica, R$ 39,6 milhões.

Em 30 de junho de 2022, a dívida líquida da companhia era de R$ 34,477 bilhões, um crescimento de 12% na comparação com a mesma etapa de 2021.

O indicador de alavancagem financeira, medido pela dívida líquida/Ebitda ajustado, ficou em 2,96 vezes em junho/22, queda de 0,16 vezes em relação ao mesmo período de 2021.

Os resultados da Neoenergia (BOV:NEOE3) referentes às suas operações do segundo trimestre de 2022 foram divulgados no dia 26/07/2022. Confira o Press release na íntegra!

Teleconferência

Em teleconferência realizada com investidores nesta quarta-feira, 27 de julho, Capelastegui destacou que o lucro líquido obtido no período mostrou o equilíbrio do EBTIDA e o resultado financeiro. O EBITDA da companhia atingiu os R$ 3,2 bilhões no trimestre e R$ 6,4 bilhões no primeiro semestre, sendo 40% acima na comparação com cada um dos períodos em 2021. Já o Capex no primeiro semestre de 2022 foi 30% maior do que o registrado entre janeiro e junho de 2021, atingindo R$ 4,6 bilhões. “O resultado consistente confirmou a contínua criação de valor para o acionista. EBITDA Caixa cresceu 78% e o lucro líquido 79%, desde o IPO”, explicou.

O executivo ainda destacou as 16 metas ESG aprovadas pelo conselho de administração para 2025 até 2030. “As metas reforçam o nosso compromisso com a agenda de sustentabilidade. Ainda destaco o financiamento da Neoenergia Coelba como IFC no valor de R$ 550 milhões num prazo de oito anos”, ressaltou Capelastegui. A companhia pretende aumentar a porcentagem de mulheres eletricistas e reduzir o índice das emissões de carbono.

O executivo adiantou ainda que eles estão avaliando realizar vendas de ativos não estratégicos da companhia. “Esperando ter novidades nos próximos 6 ou 12 meses. O projeto está em curso no mercado, mas não posso falar quais são”, salientou.

A Neoenergia pretende avançar em todos os projetos de redes (transmissão). Capelastegui destacou que o leilão de dezembro de 2019 que tem a expectativa de entrada em operação agora no segundo semestre de 2022. “Já o leilão de dezembro de 2020 tem 100% dos materiais e contratados e estamos avançando nos licenciamentos. E por último, o leilão de dezembro de 2021 já tem deferida a solicitação de dispensa de licenciamento ambiental”.

Ainda em Redes, a Neoenergia destinou nos primeiros seis meses do ano investimentos de R$ 2,5 bilhões para as cinco distribuidoras — Neoenergia Coelba (BA), Neoenergia Pernambuco (PE), Neoenergia Cosern (RN), Neoenergia Elektro (SP e MS) e Neoenergia Brasília (DF). Desse total, R$ 1,5 bilhão foi alocado na expansão de redes.

O executivo também lembrou que já deu início a operação dos complexos eólico Oitis e Solar Luzia. “O complexo Oitis (Piauí e Bahia possui 12 parques com capacidade de 566,5 MW. Já temos em teste 126 MW em operação comercial e a conclusão total do complexo deverá ocorrer ao longo do segundo semestre”, destacou Capelastegui.

Já o Complexo Luzia possui dois parques com capacidade de 149 MWp, tendo 124 MWp em operação teste e comercial. Vale lembrar que a operação comercial de 50 MWp foi iniciada a partir de julho de 2022 e a conclusão deverá ocorrer ao logo do segundo semestre.

No segmento de renováveis, a Companhia afirma que os resultados foram impulsionados pela entrada em operação, no segundo semestre de 2021, de Neoenergia Chafariz, complexo eólico na Paraíba com capacidade instalada de 471 MW. A geração de energia eólica apresentou um crescimento de 123,77% no segundo trimestre de 2022, em relação a igual período do ano passado, chegando a 917 GWh. Hoje, a companhia possui 32 parques em operação com capacidade instalada total de 987MW.

“O investimento em Renováveis é essencial para construirmos um futuro sustentável, com energias limpas que se tornarão cada vez mais acessíveis e indispensáveis. Em nossa estratégia precisamos garantir eficiência e planejamento para a consolidação de um sistema cada vez mais robusto rumo à transição energética”, ressaltou Capelastegui. A Neoenergia investiu R$ 693,4 milhões nos parques eólicos no primeiro semestre de 2022.

VISÃO DO MERCADO

BTG Pactual

A Neoenergia apresentou bons resultados no 2T, com EBITDA de R$ 3,2 bilhões, que quando ajustado pelo VNR (R$ 676 milhões) e pela contabilidade IFRS na transmissão (R$ 298 milhões) teria totalizado R$ 2,25 bilhões, em linha com nossos R$ 2,26 bilhões e +32% a/a, principalmente devido aos fortes resultados de distribuição e o início das operações do parque eólico Chafariz. Com resultados financeiros líquidos acima do esperado, o lucro líquido ajustado foi de R$ 432 milhões (vs. nossa estimativa R$ 487 milhões).

O segmento de distribuição registrou EBITDA ajustado de R$ 1,7 bilhão, em linha com o nosso número. Composição do EBITDA de distribuição: a Cosern nos superou em 6%, a CEB nos superou em 14%, enquanto Celpe, Elektro e Coelba corresponderam às nossas projeções. Os resultados da distribuição foram impulsionados por um forte desempenho operacional, com: crescimento de 0,7% a/a nos volumes faturados; bom trabalho nas perdas de energia, com reduções em 4 das 5 concessões (principalmente a Cosern, que reduziu suas perdas de energia em 49bps t/t); melhoria dos indicadores de qualidade DEC e FEC; e contenção de custos.

O segmento de geração apresentou EBITDA de R$ 258 milhões, em linha com nossa projeção (R$ 259 milhões) e um aumento de 74% a/a devido ao início do parque eólico Chafariz, que impulsionou um crescimento de 124% a/a na produção eólica. A Termope não foi despachada durante o trimestre, mas registrou EBITDA de R$ 247 milhões (vs. nossa expectativa de R$ 251 milhões), pois recebeu os pagamentos com o preço do PPA e adquiriu a energia não produzida a preços spot, que estavam próximos das mínimas no 2T22. O EBITDA (BR GAAP) do segmento de transmissão ficou em R$ 78 milhões, 16% abaixo de nossa projeção (R$ 93 milhões) devido aos custos relacionados aos estudos para o leilão de transmissão de Jun-22 e energização de novas linhas de transmissão.

No final de junho, a Neoenergia venceu os Blocos 2 e 11 do leilão de transmissão realizado pela ANEEL, totalizando R$ 5,4 bilhões de capex estimado. Com base no guidance da empresa para energização antecipada, economia de capex, margem EBITDA e alavancagem, estimamos uma TIR real de 7,5% para o Bloco 2 e 8,5% para o Bloco 11, e só atingimos os retornos de dois dígitos planejados pela administração quando a alavancagem é considerada.

A Neoenergia vem apresentando bons resultados operacionais, e o ciclo de capex dos ativos de transmissão e geração em construção terminará em 2023. Seria preferível ver a Neoenergia se tornando uma empresa de dividendos do que alocar capital com retornos tão inexpressivos. Essas novas concessões de transmissão aumentarão significativamente o capex a ser implantado nos próximos anos, comprometendo a desalavancagem (2,96x Dívida líquida/EBITDA no 2T22) e o espaço da empresa para o pagamento de dividendos.

BTG Pactual mantém recomendação de compra com preço-alvo de R$ 29,00…

* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Estadão, Reuters

Deixe um comentário