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Vale (VALE3): lucro líquido de US$ 6,2 bilhões no 2T22, recuo de 18%

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A mineradora Vale registrou um lucro líquido de US$ 6,2 bilhões no segundo trimestre de 2022, informou a mineradora ao mercado.

O número representa um recuo de 18% no ano, mas ficou acima do consenso Refinitiv, que previa um lucro de US$ 3,88 bilhões. O lucro de operações continuadas atribuídos aos acionistas da Vale, no entanto, ficou em US$ 4,09 bilhões.

Em real, o lucro líquido das operações ficou em R$ 20,221 bilhões no segundo trimestre deste ano, queda de 52,9% na base anual.

A receita líquida da empresa também recuou, totalizando US$ 11.157 bilhões, uma queda de 32,4% ante o registrado no período analisado.

Em relação à receita, a companhia diz que a queda no 2T22 foi impulsionada pelo recuo na cotação internacional do minério de ferro, que resultou na queda de 26,7% no preço médio por tonelada realizado pela companhia na base anual comparada.

O Ebitda – juros, impostos, depreciação e amortização – ajustado no trimestre atingiu US$ 5,534 bilhões, ante US$ 11,403 bilhões no mesmo período de 2021. Também foram divulgados os valores em reais, sendo que o Ebitda ajustado proforma das operações continuadas ficou em R$ 25,8 bilhões. A margem Ebitda ficou em 47%, aquém dos 68% registrados no segundo trimestre do ano passado e caindo 10 pontos percentuais frente aquilo registrado entre janeiro e março de 2022.

A redução do Ebitda é atribuída à menor realização de preços de finos de minério de ferro, devido ao “efeito negativo de mecanismos de preço e menores prêmios de finos de minério de ferro”.

“A Vale reportou um Ebitda ajustado refletindo a queda nos preços de minério e do cobre no final do trimestre, mas parcialmente compensado por maiores volumes de vendas”, explica a companhia no documento publicado na noite desta quinta-feira (28). A mineradora, anteriormente, divulgou que produziu 74,1 milhões de toneladas de minério de ferro, número 17% maior do que aquilo registrado. no três primeiros meses do ano.

Na frente de ferrosos, o Ebitda foi de US$ 5,1 bilhões, caindo US$ 655 milhões na base trimestral – com o preço médio realizado de US$ 113,3 por tonelada, recuo de US$ 28,1 por tonelada na nesna base, e com o custo por caixa subindo para US$ 20,9, número US$ 2,2 acima do que a média do intervalo de janeiro a março. No frete, o salto dos gastos foi de US$ 3,2 por tonelada, para US$ 21,3, com maiores custos de bunker.

Em metais básicos, o Ebitda ficou em US$ 580 milhões, caindo US$ 148 milhões – principalmente por conta do recuo de US$ 203 milhões dos ganhos operacionais com o cobre.

Além da queda do minério, a companhia também viu suas despesas operacionais saltarem de US$ 662 milhões no primeiro trimestre para US$ 834 milhões.

A mineradora teve ainda um resultado financeiro positivo de US$ 821 milhões, frente impacto negativo de US$ 242 milhões no segundo trimestre de 2021, com um “impacto positivo da marcação de mercado de debêntures participativas”.

O fluxo de caixa livre das operações aumentou US$ 1,066 bilhão t/t, atingindo US$ 2,295 bilhões, apesar da redução de US$ 840 milhões no EBITDA Proforma, principalmente devido ao impacto positivo do capital de giro, e ao imposto de renda sazonalmente mais alto pago no 1T22.

A Vale explica que apesar do pior desempenho operacional seu resultado foi impulsionado por um melhor fluxo de caixa livre, que chegou a US$ 2,29 bilhões.

“Isso se deu principalmente pelo impacto positivo do capital de giro pelo o imposto de renda sazonalmente mais alto pago no primeiro trimestre de 2022”, diz. “A melhora no capital de giro é explicada pela redução de US$ 902 milhões do contas a receber, seguindo as vendas com preços mais altos entre janeiro e março”.

O preço médio realizado pela Vale na venda de finos de minério de ferro no segundo trimestre desse ano ficou em US$ 113,3 por tonelada. O valor foi US$ 28,1 menor, e foi afetado por “prêmios menores”, ou seja, adicional por qualidade, que foi em menor intensidade — como consequência da maior participação de produtos com alto teor de sílica no mix de vendas.
O custo C1, excluindo compras de terceiros, foi de US$ 20,9/t, US$ 2,2/t maior t/t, principalmente devido ao impacto negativo da valorização média do real, venda de estoques de maior custo construídos no 1T, e maiores custos de serviços e combustível, parcialmente compensados pela diluição dos custos fixos.
As despesas de vendas e outras despesas totalizaram US$ 3 milhões. As despesas pré-operacionais e de parada totalizaram US$ 3 milhões no 2T22. Despesas com P&D foram de US$ 31 milhões no 2T22, com as despesas relacionadas a Hu’u somando US$ 22 milhões e as despesas relacionadas a Sossego correspondendo a US$ 8 milhões.
A posição de caixa da companhia, no entanto, caiu US$ 1,45 bilhão, motivado, principalmente, pela gasto de US$ 2,5 bilhões na recompra de ações e pelo US$ 1,2 bilhão utilizado na aquisição de títulos de dívidas – a Vale fechou junho com uma dívida líquida de US$ 18,5 bilhões, caindo 4,14% na base sequencial mas crescendo 69,2% no ano.
Por outro lado, a empresa afirmou que sua dívida bruta, assim como os arrendamentos, registraram um total de US$ 12,608 bilhões até o mês anterior, sendo US$ 1,407 bilhão menor. Isto se deve, de acordo com a companhia, à oferta pública de compra dos títulos da Vale.

“A dívida líquida expandida diminuiu para US$ 18,558 bilhões, atribuída principalmente ao efeito da depreciação do real sobre os compromissos denominados em moeda local, parcialmente compensado pelas perdas de marcação a mercado nas posições de hedge cambial”, diz o relatório.

No relatório financeiro divulgado nesta noite, a Vale informou ainda que o valor agregado das provisões relacionadas a Brumadinho reduziu em US$ 1,043 bilhão no segundo trimestre, para US$ 7,224 bilhões, principalmente devido ao efeito da depreciação de 11% do real brasileiro no período.

 Os resultados da Vale (BOV:VALE3) referentes suas operações do segundo trimestre de 2022 foram divulgados no dia 28/07/2022. Confira o Press Release completo!
* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Estadão, Suno

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