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BRF (BRFS3): prejuízo líquido de R$ 468 milhões no 2T22, aumento de 94,9%

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A BRF, dona de Sadia e Perdigão registrou prejuízo líquido de R$ 468 milhões no segundo trimestre de 2022, contra os R$ 240 milhões reportados no mesmo intervalo em 2021- aumento de 94,9% -, informou a companhia.

A receita líquida proveniente das vendas no período somou R$ 12,939 bilhões, aumento de 11,2% sobre os R$ 11,637 bilhões de igual trimestre de 2021.

A receita líquida foi impulsionada na comparação anual por avanço dos preços nos mercados internacionais, com destaque para os segmentos Halal DDP e Exportações Diretas, repasses de preços no mercado interno e aumento do faturamento do segmento Ingredientes e PET food. Eliminando os efeitos da dívida designada como hedge accounting e da hiperinflação da Turquia, a receita líquida consolidada proforma seria R$ 13.330 milhões no período.

O ebtida – lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização – ajustado alcançou R$ 1,368 bilhão de abril a junho deste ano, alta de 7,7% ante o R$ 1,271 bilhão do igual intervalo do ano anterior. A margem Ebitda ajustada foi de 10,6%, ante 10,9% na mesma base comparativa. O Ebitda consolidado ficou em R$ 897 milhões, alta de 10% ante R$ 1,294 bilhão reportado no ano passado.

No segundo trimestre do ano a BRF comercializou 1,157 milhão de toneladas de produtos, uma alta de 0,8% em comparação com as 1,148 milhão de toneladas de um ano antes. A empresa disse ainda que gerou R$ 961 milhões em fluxo de caixa operacional no período. Entretanto, o fluxo de caixa livre apontou consumo de R$ 12 milhões.

As despesas operacionais, por sua vez, saltaram de R$ 1,63 bilhão para R$ 1,84 bilhão, com maiores gastos das despesas com vendas.

A BRF teve seu faturamento impactado também por um resultado financeiro líquido negativo em R$ 610 milhões, pouco menor do que R$ 759 milhões do fechamento de junho anterior – as despesas financeiras saltaram 12,7%, para R$ 894 milhões, mas as receitas cresceram 118,6%, para R$ 183 milhões.

O lucro bruto da BRF totalizou R$ 1,9 bilhão, caiu 6,2%.

O custo dos produtos vendidos chegaram a R$ 10,9 bilhões, subindo 15% na base anual. “Na comparação com o segundo trimestre de 2021, observamos aumento do custo unitário principalmente pelo aumento do preço dos grãos, do custo da mão de obra, dos preços dos combustíveis e dos preços das embalagens”, comenta a companhia.

No Brasil, o crescimento foi de 12,4% na receita líquida, que passou de R$ 5,817 bilhões para R$ 6,536 bilhões de um ano para o outro. O maior faturamento foi impulsionado pelo volume comercializado de carne de aves e suínos in natura e produtos processados, de 21,9% e 19,2%, respectivamente, mas com queda de 14,8% do preço médio de suínos, ainda reflexo do desequilíbrio de oferta de animais provocado pela redução das importações chinesas, segundo a companhia. “Os volumes ficaram abaixo do ano anterior, porém observamos uma normalização das vendas ao longo do trimestre, mesmo diante de um cenário macroeconômico ainda desafiador”, diz a BRF. O preço médio dos produtos subiu 17,1% mesmo em uma conjuntura de crise econômica, para cerca de R$ 11,95 quilo.

Já no segmento internacional, a receita líquida foi de R$ 6,116 bilhões, alta de 12,7% sobre o período encerrado. O volume de vendas chegou a 478 mil toneladas, queda de 4,2% em relação às 499 mil toneladas comercializadas um ano antes. O preço médio dos produtos em reais cresceu 17,6%, para R$ 12,80 o quilo. O principal destaque é a operação para o mercado halal, cuja demanda continua aquecida para aves. A receita proveniente do mercado aumentou 27,9% no segundo trimestre do ano, para R$ 2,687 bilhões. Segundo a BRF, o cenário positivo de preços de exportação de frango brasileira para a região atingiu picos históricos, expandindo o resultado do segmento.

“Destacamos o crescimento do volume de 13,4% na comparação anual e aumento de 21,4% dos preços médios em dólares na mesma base. Houve queda de volume versus o trimestre anterior que é explicada pelo efeito sazonal positivo do pré Ramadã, quando aumentamos as vendas a nossos clientes, que antecipam o movimento de maior consumo da população durante o Ramadã, que ocorreu entre abril e maio”, disse a empresa, em nota.

Além disso, as exportações diretas da BRF somaram 162 mil toneladas, queda de 8%, com receita de R$ 1,943 bilhão, alta de 25,3%, na comparação anual. Segundo a empresa, isso é reflexo do avanço do preço da carne de frango com a redução da oferta global de carne, causada pelo o conflito entre Ucrânia e Rússia e temores com o avanço do surto de gripe aviária nos Estados Unidos, “observou-se a evolução progressiva dos preços em dólares principalmente nos mercados Halal e Américas”.

Para o restante do ano fiscal de 2022, a BRF vê que a Copa do Mundo, que terá sede no Catar, ocorrerá em novembro, coincidirá com as tradicionais campanhas comemorativas do final do ano, o que deve impulsionar a marca no mercado brasileiro e no mercado Halal. “Cabe nossa cautela e prudência com relação às variáveis que impactam nossa cadeia e a dinâmica dos diferentes mercados. Câmbio, renda, frete internacional, relações diplomáticas entre nações, entre outros, podem afetar nosso negócio”, disse a companhia.

O Capex realizado no trimestre totalizou R$ 989 milhões, representando um aumento de 6% em relação ao 2T21. A diferença resulta principalmente de iniciativas para automação e modernização de unidades produtivas, projetos de eficiência operacional e avanços em programas relacionados à Jornada Digital.

O endividamento líquido totalizou R$ 14.266 milhões no 2T22, aumento de R$ 1.678 milhões quando comparado ao 1T22, devido sobretudo ao impacto da desvalorização cambial na dívida líquida, de -R$848 milhões.

A alavancagem líquida da Companhia, medida pela razão entre o endividamento líquido e o EBITDA Ajustado dos últimos doze meses, atingiu 3,14x no 2T22, vs. 2,83x no 1T22 (alavancagem equivalente em USD atingiu 3,15, vs. 3,18 no 1T22).

Os resultados da BRF (BOV:BRFS3) referentes suas operações do segundo trimestre de 2022 foram divulgados no dia 11/08/2022. Confira o Press Release completo!

* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Estadão, Reuters

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