As criptomoedas podem estar passando pelo inverno, mas a tecnologia blockchain no espaço da hospitalidade continua crescendo e evoluindo. Há um número crescente de oportunidades que a tecnologia blockchain oferece ao setor de hospitalidade – principalmente o mundo dos restaurantes.
Blockchain e NFTs podem revolucionar a transparência da cadeia de suprimentos. Existem empresas, como a EZ Labs, que se concentram apenas em soluções de blockchain – sem criptomoedas – que fornecem formas de rastrear a origem exata das peças originadas na cadeia de suprimentos para oferecer segurança no projeto finalizado. Isso é rastreado no blockchain para que não possa ser falsificado. A Penfolds já está usando essa tecnologia para exportar vinho para a China; Vinhos podem ser rastreados na plataforma blockchain VeChain. A EZ Labs é outro exemplo de empresa que utiliza rastreamento em blockchain de vinhos.
Quase como um certificado de autenticidade (mas que não pode ser falsificado), a tecnologia blockchain pode rastrear e monitorar cada parte do processo, desde quando é colhido, engarrafado, enviado até quando chega. Os pontos de contato pelos quais ele se move são todos seguidos no blockchain. Esta é uma maneira de realmente garantir que o processo seja seguro a cada passo do caminho. Com 25,8% das garrafas sugeridas como falsas, de acordo com o estudo global Euromonitor 2018 sobre álcool ilícito, é ainda mais importante do que nunca garantir que o produto seja genuíno. Mas acho que isso pode ir ainda mais longe.
Blockchain também pode ajudar a modernizar a coleta e comercialização de vinhos finos, abrindo-a para aqueles com menos capital como o que vimos no mundo dos investimentos com aplicativos. No momento, a maioria dos lugares em que você vai investir exige que você coloque entre US$ 5.000 e US$ 8.000 antes mesmo de começar a investir. Muitos deles se concentram apenas nas maiores marcas, muitos bem acima de US$ 1.000 por garrafa. Se garrafas e barris de vinho e destilados de ponta pudessem ser tokenizados como NFTs, as pessoas poderiam comprar e negociar muito mais livremente sem a necessidade de uma empresa de investimento em vinho. Eles poderiam negociar abertamente em plataformas digitais.
Para as marcas que vendem vinhos e destilados, isso é algo que pode realmente revolucionar o processo. Isso pode fornecer uma linha direta com os clientes capazes de soltar tokens para novos vinhos como recompensa. Isso pode ajudar na fidelidade à marca: pense nos airdrops que já vemos no espaço criptográfico. Poderia fornecer às marcas novas maneiras de levantar capital diretamente dos clientes que compram seus produtos.
Para restaurantes, os NFTs podem substituir a forma como as mesas são reservadas. Já vimos muitos restaurantes importantes como o Fat Duck (Bray, Berkshire, Inglaterra), Clove Club (Londres) e Alina (Chicago) venderem ingressos como assentos pré-pagos. No-shows (reservar e não ir) são atualmente um grande problema para os restaurantes. O restaurante em que trabalho, Restaurant Story, tem apenas 10 mesas; se dois não aparecerem, isso representa uma redução de 20%. Se os ingressos fossem digitais, NFTs seguros, eles poderiam ser vendidos e depois negociados com facilidade para que as pessoas que não podem fazer suas reservas possam vendê-los em um mercado aberto ou presenteá-los a amigos ou familiares.
A principal desvantagem aqui é que pode haver um prêmio com as pessoas que revendem. Mas, novamente, é aí que a função do percentual da revenda do NFT é paga ao restaurante. Isso significa que o restaurante não perde o benefício de ser tão procurado, ao ponto que as pessoas estão dispostas a pagar quatro vezes o valor da reserva do restaurante.
A combinação da tecnologia blockchain ao lado de produtos e serviços físicos tem toda uma gama de possibilidades que estão apenas sendo exploradas.
Com informações de RollingStone