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Copel (CPLE6): prejuízo líquido de R$ 522,3 milhões no 2T22

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A Companhia Paranaense de Energia (Copel) registrou prejuízo líquido de R$ 522,3 milhões no segundo trimestre de 2022, revertendo em parte o lucro líquido de R$ 1,00 bilhão obtido no segundo trimestre de 2021.

O prejuízo foi ocasionado pelos efeitos da Lei 14.385/2022 com a provisão para destinação de créditos de PIS e Cofins com efeito líquido de R$ 1,2025 bilhão no resultado do trimestre. No acumulado do ano o lucro líquido da companhia foi de R$ 147,4 milhões. Se não houvesse o referido efeito, o lucro líquido no 2T22 seria de R$ 666,6 milhões e, para o acumulado de 2022, R$ 1,3364 bilhão, informou.

A lei disciplina a destinação de valores de tributos que eram de recolhimento obrigatório a maior pelas prestadoras do serviço público de distribuição de energia elétrica, em razão da cobrança de PIS/COFINS sobre o ICMS, reconhecida pelo poder judiciário como indevida.

“A referida provisão de R$ 1,2 bilhão, baseada na revisão de avaliação do risco realizada pela administração e suportada nas opiniões de assessores legais, refere-se ao período compreendido entre o 11º e o 16º ano da data do trânsito em julgado da ação, exacerbando o período prescricional e decadencial. A administração da Copel DIS avalia medidas cabíveis, inclusive judiciais, considerando a proteção conferida à coisa julgada, bem como os prazos de prescrição e decadência aplicáveis”, destacou a empresa.

Além destes itens, destaca-se o aumento de R$ 67,0 milhões na linha “depreciação e amortização” devido, basicamente, a entrada dos novos ativos (Complexo Eólico Vilas e PCH Bela Vista) e da adesão, em 2021, à repactuação do risco hidrológico (GSF). Os valores não consideram os efeitos da reclassificação contábil referentes a operação descontinuada da Copel Telecom. Dessa forma, incluindo os valores provenientes de operações descontinuadas, o lucro líquido registrado para o 2T21 foi de R$ 1,0047 bilhão.

A receita operacional líquida totalizou R$ 5.258,6 milhões no 2T22, redução de 3,1% em relação aos R$ 5.427,0 milhões registrados no 2T21.

Esse resultado é reflexo, principalmente da redução de R$ 274,1 com “suprimento de energia elétrica” devido, principalmente, a ausência de despacho da UTE Araucária no 2T22 ante 508 GWh despachados no 2T21, consequência da melhora das condições hidrológicas; da redução de R$ 205,8 milhões na receita de “disponibilidade de rede elétrica” em razão, sobretudo, da conta redutora de receita “Conta de Desenvolvimento Energético – CDE” da distribuidora, destinada ao custeio dos objetivos da CDE previstos em lei, e do efeito do reperfilamento da RBSE em 2021; e da redução de R$ 76,6 milhões no resultado de ativos e passivos financeiros setoriais (CVA), devido à redução na constituição de ativos financeiros, com a redução nos custos de energia, e outros componentes financeiros.

Os resultados foram parcialmente compensados pelo aumento de 9,4% na receita de “fornecimento de energia elétrica” (+R$ 160,7 milhões); o aumento de R$ 157,6 milhões na receita de “distribuição de gás canalizado” e o acréscimo de R$ 22,1 milhões na linha “outras receitas operacionais” em razão, principalmente, de arrendamento e aluguéis através da distribuidora.

Ebitda – lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização – ajustado (excluídos itens não recorrentes) foi de R$ 1,49 bilhão no segundo trimestre deste ano, em alta de 9,4% em relação ao Ebitda de R$ 1,37 bilhão de igual período do ano anterior.

O consenso Refinitiv com analistas apontava para um lucro de R$ 585,34 milhões no trimestre, Ebitda de R$ 1,17 bilhão e receita de R$ 4,24 bilhões.

Os custos e despesas operacionais, desconsiderando o efeito negativo de R$ 810,6 milhões referente a provisão da destinação de créditos de PIS e Cofins, totalizaram R$ 4.268,5 milhões ante R$ 4.233,5 milhões registrados no 2T21, aumento de R$ 35 milhões (+0,8%), devido, principalmente ao aumento de R$ 154,4 milhões na linha “provisões e reversões”, em virtude, basicamente, da reversão de impairment no valor de R$ 124,8 milhões realizado no 2T21 devido, essencialmente, a reversão de R$ 138,8 milhões da termelétrica UEGA naquele trimestre; do acréscimo de R$ 21,2 milhões nas provisões para litígios, sobretudo, ações trabalhistas e ações cíveis no âmbito da distribuidora e ações cíveis no âmbito da Copel GeT; e do registro de R$ 31 milhões na estimativa de perdas de créditos esperadas, ante R$ 27,0 milhões no 2T21; do registro de R$ 251 milhões na linha “gás natural e insumos para operação de gás”, ante R$ 123,4 milhões no 2T21, consequência do maior volume de venda e da aquisição de gás natural com custo mais elevado devido a variações cambiais e preço do petróleo.

O resultado financeiro foi negativo em R$ 267,4 milhões, ante R$ 9,4 milhões positivo registrado no 2T21, reflexo, sobretudo, dos juros mais elevados no período (CDI de 2,86% no 2T22 ante 0,77% no 2T21 e IPCA de 2,21% no 2T22 ante 1,68% no 2T21) e do maior saldo de empréstimos e financiamentos (R$ 12,9 bilhões vs R$ 9,6 bilhões no 2T21).

O total da dívida consolidada somava R$ 12.905,0 milhões em 30 de junho de 2022, variação de 9,1% em relação ao montante registrado em 31 de dezembro de 2021, de R$ 11.826,1 milhões. No final do 2T22, o endividamento bruto da Companhia representava 61,6% do patrimônio líquido consolidado, que era de R$ 20.945,7 milhões.

⇒ Operacional

O volume de energia vendida da Copel Geração e Transmissão (incluindo a energia oriunda de UHE Foz do Areia – FDA e PCH Bela Vista – BVE, mas excluindo UTE Araucária) atingiu 4.257 GWh no 2T22, um aumento de 5,2% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Para os parques eólicos, total de energia vendida foi de 709 GWh, um aumento de 27,1%, influenciado, principalmente, pelo Complexo Vilas, que desde dezembro/21 está no portfólio de energia da Companhia e representou neste trimestre 26,1% da geração própria das eólicas.

Os resultados da Copel (BOV:CPLE3) (BOV:CPLE6) referentes às suas operações do segundo trimestre de 2022 foram divulgados no dia 09/08/2022. Confira o Press release na íntegra!

* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Estadão, Reuters

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